tag:blogger.com,1999:blog-51692921857521403722024-03-01T17:06:33.731-08:00Panorama Cultural da Serra do Mocómarcossertaniohttp://www.blogger.com/profile/12821047707886947649noreply@blogger.comBlogger40125tag:blogger.com,1999:blog-5169292185752140372.post-18293305343856544722023-12-19T16:32:00.000-08:002023-12-19T16:32:25.999-08:00<p> </p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">O
PRIMEIRO PLANO E SUAS IMPLICAÇÕES ESTÉTICAS EM NA TERRA DO SOL, 2005, DE LULA
OLIVEIRA<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><o:p> </o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 36.0pt; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"><span style="mso-list: Ignore;">1.<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Cinema
e Filosofia: dois universos em diálogo<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O
filme Na Terra do Sol, 2005, dirigido pelo cineasta baiano Lula Oliveira, um
canto agônico (SETARO. s/d) é uma releitura de um episódio da conhecida Guerra
de Canudos – 1897 a partir do texto de Os Sertões, 1902, do escritor carioca
Euclides da Cunha. Trata-se de um curta metragem disponível em dois canais na
plataforma de vídeos You Tube, Lula Oliveira e Denisson Padilha.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A
diegese fílmica trata de um episódio da guerra, denominada pelo escritor como Últimos
dias, no trecho em que narra a resistência de 04(quatro) últimos defensores da
cidade ante a ofensiva do Exército Brasileiro, que exterminara toda a população
que resistira. No entanto o diretor do filme traduziu esse trecho do livro e da
luta, revestindo-o de objetividade e realismo, sem ser fiel à narrativa
clássica, mas apoiando-se em um estética visual que explora a expressão
fisionômica dos atores a fim de que as imagens traduzissem conceitos
universais.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Sobre
a objetividade e a subjetividade do filme neo-realista, beleza é assim se
manifesta, a citação é longa, mas necessária, <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-left: 106.2pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 10.0pt;">Quanto
à distinção entre os subjetivo e o objetivo, ela também tende a perder
importância, a medida que a situação óptica ou a descrição visual substituem a
ação motora. Pois acabamos caindo no princípio de indeterminabilidade, ou
indecernibilidade: não se sabe mais o que é imaginário ou real, físico ou
mental na situação, não que sejam confundidas, mas porque não é preciso saber,
e nem mesmo alugar para a pergunta. É como se o real eu imaginário corressem um
atrás do outro, se refletisse um no outro, em torno de um ponto de
intersenabilidade. (DELEUZE, 2005. p.16)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Nosso
interlocutor traz uma afirmativa elucidativa que nós poderemos transferir para
o filme na Terra do Sol, uma vez que sendo oriundo de uma dupla visão, quais
sejam, a de um jornalista que foi designado para cobrir um evento um conflito
bélico, que chegou muito tempo depois e foi embora um pouco antes do final
desta guerra, em seguida transformou em livro e é a partir desta segunda visão
que temos o filme Na Terra do Sol. A duplicidade de quem vê o filme entre a
objetividade e a subjetividade que a película promove: onde está a objetividade?
Na informação inicial de que o filme se baseia em um livro que trouxe um evento
histórico. E a subjetividade exatamente nesta consciência que o indivíduo tem,
isto é, no seu conhecimento a partir confronto entre este saber e o momento da
exibição do filme que ele ou ela está sendo submetida.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Outro
momento, a seguir, que nos provoca a reflexão sobre o filme na Terra do Sol em
face de sua riqueza visual e sonora beleza assim nos aponta<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 12.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">"Em suma, as situações óticas e
sonoras puras podem ter dois pólos, objetivo e subjetivo, real e imaginário,
físico e mental. Mas elas dão lugar a opsignos e sonsignos, que estão sempre
fazendo com que os polos se comuniquem, e num sentido ou no outro asseguram as
passagens e as conversões, tendendo para um ponto de indiscernibilidade (e não
de confusão). (DELEUZE, 2005. p. 18)<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 12.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"></span></p><p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin-top: 12.0pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"><span style="mso-list: Ignore;">1.<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A
poética fílmica em Na Terra do Sol<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 12.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A câmera para além do registro visual, <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 106.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 10.0pt;">Cumpre
o pressentimento de Hitchcock: uma consciência- câmera que não se definiria
mais pelos movimentos que é capaz de seguir ou realizar, mas pelas relações
mentais nas quais é capaz de entrar. E ela se torna questionante, respondente,
objetante, provocante, teorematizante, hipotetizante, experimentante, conforme
a lista aberta das conjunções lógicas ("ou", "portanto",
"se", "pois", "com efeito",
"embora"...), ou conforme as funções de pensamento de um
cinema-verdade que, como diz Rouch, na verdade significa verdade do
cinema." (DELEUZE, 2005.p. 34)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 12.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 12.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Em Na Terra do Sol nós temos, do início ao
fim da diegese, o foco, o plano principal, no rosto dos personagens, portanto,
em primeiro plano. É a partir deles que a diegese acontece com as demonstrações
de sofrimento, dor, sede, angústia, desespero, mas também coragem, determinação,
enfim é um momento de encerramento de um conflito e eles, os personagens, estão
na iminência da autodestruição. Seus rostos que nos sensibilizam, nos arrebatam,
nos provocam, nos desestabilizam enfim, para usar uma expressão cara os nossos
tempos, nos tira da zona de conforto. Sobre afecção/primeiro plano/rosto e
imagem-afecção é o primeiro plano e o primeiro plano é o rosto e Deleuze assim
conceitua <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 106.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 10.0pt;">É
este conjunto de uma unidade refletora imóvel e de movimentos intensos
expressivos que constituem o afeto. Mas não é a mesma coisa que um Rosto em
pessoa? o rosto é esta placa nervosa porta-órgãos que sacrificou o essencial e
sua mobilidade global e que recolhe ou exprime ao ar livre todo tipo de
pequenos movimentos locais que o resto do corpo mantém comumente soterrados.
(DELEUZE, 1983. p. NC)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 12.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Entretanto em outro momento ele mesmo vai
afirmar que o rosto, em primeiro plano, não isola o corpo da diegese, torna-se
a síntese de todas emoções, afecções <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 106.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 10.0pt;">Tal
espaço conserva o poder de refletir a luz, mas adquire também um outro poder,
que é o de refratá-la, desviando os raios que o atravessam. O rosto que se
posta nesse espaço, reflete, portanto, uma parte da luz, mas refrata uma outra
parte. De reflexivo, torna-se intensivo. (DELEUZE, 1983. p. NC)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 12.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O filósofo aqui nos lembra desse rosto que
consegue traduzir e provocar afecções de sensações diferentes sem perder
nenhuma das duas ou mais que possa apresentar.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 12.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Contradizendo a respeito do primeiro plano,
que é um deslocamento da visão da totalidade, Deleuze toma emprestado as
palavras de Bela Balázs<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 106.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 10.0pt;">Como
Balázs já mostrava com muita precisão, em primeiro plano não arranca de modo
nenhum seu objeto de um conjunto do qual faria parte, do qual seria uma parte,
mas sim o que é completamente diferente o abstrato de todas as coordenadas
espaços temporais, estiver, ao estado de entidade. (DELEUZE, 1983. p. NC)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 12.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Quem vê um rosto em primeiro plano em Na
Terra do Sol tem a certeza do que rodeia esse corpo do qual esse rosto faz
parte, do universo social, do universo da luta, seja ela a própria guerra, seja
contra sede, de qualquer tipo ou necessidade, seja contra todas as intempéries
que aquela situação promove.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 12.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Na Terra do Sol é um filme em
curta-metragem, mas nem por isso deixa de permitir ao analista explorar uma
riqueza de usos e recursos cinematográficos. Fizemos uso somente do primeiro
plano e profundidade de campo, mas outros elementos como o som, a cor são muito
presentes e fundamentais para a diegese, entretanto, para fins de exploração
concentramos somente naquele recurso, mas os demais poderão ser inseridos em
estudos posteriores.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Deleuze
traz a relação dos seis tipos de imagens sensíveis aparentes, a
imagem-percepção, a imagem-afecção, a imagem-pulsão (intermediária entre a
infecção e ação), a imagem-ação, a imagem-reflexão entre (intermediária entre a
ação e a relação), a imagem-relação os quais relaciona a rostos como, por
exemplo, rosto intensivo, rosto reflexão, rosto estriado, rosto vaporoso, entre
outros os quais, dentre estes e outros não citados, podendo ser vistos no nosso
filme aqui em análise. (DELEUZE, 2005. p. 46 cap. 2)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 12.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Após rever, somente para a confecção desse
texto, pela 3ª vez, elencamos os primeiros planos e alguns primeiríssimos
planos, quando a câmera destaca uma parte do rosto, de um objeto, enfim, fixa o
nosso olhar em um detalhe. A ordem de exposição dos frames será por personagem,
a fim de que tenhamos uma linha evolutiva deles. Vamos nomeá-los, os humanos, como
sertanejo1, o homem de chapéu de couro; sertanejo 2, o sertanejo com o olho
ferido; sertanejo idoso e sertanejo menino; soldado; o mandacaru, a cabaça, os
escombros, a indígena, a santa e a rezadeira.<o:p></o:p></span></p><br /><p></p>marcossertaniohttp://www.blogger.com/profile/12821047707886947649noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5169292185752140372.post-80558761731272997872023-12-05T15:48:00.000-08:002023-12-05T15:48:57.526-08:00<p> </p><p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;"><b><span style="color: black; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hansi-font-family: Calibri;">Propostas para o currículo do ensino médio e
criação de programas de pós-graduação vinculados à Secretaria de Educação do
Estado.<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;"><span style="color: black; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hansi-font-family: Calibri;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;"><b><span style="color: black; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hansi-font-family: Calibri;">Proposta 1 </span></b><span style="color: black; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hansi-font-family: Calibri;">- Em face do declínio da busca pelo
Magistério como profissão, a SEC resgataria o Ensino Médio Normal nos moldes
que a própria SEC-BA, reformulou este curso profissionalizante em 2010, com uma
equipe da qual participei sob o comando da professora Alba Guedes-UNEB-SSA;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;"><span style="color: black; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hansi-font-family: Calibri;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;"><b><span style="color: black; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hansi-font-family: Calibri;">Proposta 2</span></b><span style="color: black; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hansi-font-family: Calibri;"> - Estabelecer o ENEM <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>como avaliação obrigatória para a aquisição do
certificado de Ensino Médio, mantendo-se o cotidiano escolar normal, entretanto
com as avaliações conceituais, somente; como o Exame ocorre antes do
encerramento das aulas, os dias após a realização ficariam para as de
recuperação final, uma vez que o gabarito é divulgado antes e o resultado
escolar independeria do usado para o SISU; a avaliação SAEB também passaria a
ser obrigatória.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;"><span style="color: black; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hansi-font-family: Calibri;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;"><b><span style="color: black; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hansi-font-family: Calibri;">Proposta 3</span></b><span style="color: black; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hansi-font-family: Calibri;"> - Criação de programas de pós-graduação para
professores e professoras da rede, vinculados às IPES - Instituições Públicas de
Ensino Superior, não somente para a aquisição de titulação, mas, principalmente
para a manutenção majoritariamente de laboratório científico de práticas
educativas, entre outras temáticas;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;"><span style="color: black; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hansi-font-family: Calibri;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;"><b><span style="color: black; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hansi-font-family: Calibri;">Proposta 4 – </span></b><span style="color: black; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hansi-font-family: Calibri;">Ensino por temas, baseado nas
Diretrizes Curriculares Nacionais. O ensino por temas dinamiza o currículo, o
conteúdo e o ensino, o cotidiano e a avaliação que será processual e
conceitual. Dá-se assim: no período de preparatório do ano letivo, os
professores e as professoras, individualmente ou em duplas, trios, quartetos ou
qualquer outra formação, produzirão minicursos, com carga horária livre de
quantidade, para ministrarem “no lugar” das aulas. O total de todos os
minicursos deve ser o equivalente ao total de horas que a série deve oferecer,
conforme dispositivo legal do Ministério da Educação.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;"><span style="color: black; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hansi-font-family: Calibri;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;"><b><span style="color: black; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hansi-font-family: Calibri;">Proposta 5 – </span></b><span style="color: black; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hansi-font-family: Calibri;">Criação da semana temática de cinema.
Nela, na semana, somente serão exibidos filmes temáticos para a semana inteira,
sendo um para cada dia da semana. O procedimento é o seguinte: todas as salas
exibirão o mesmo filme e devem iniciar no mesmo momento com um intervalo,
somente, para todas as turmas. Os filmes devem ser objeto de debate na classe,
mas sem a obrigatoriedade de serem inseridos como objeto de estudo pelo
professor, pois a ideia inicial é que a exibição do filme seja um momento de
lazer. Após uma ou duas semanas de prática, a Unidade Escolar poderá rever o
uso do filme para outros fins como o avaliativo, dentro dos moldes processuais
e conceituais.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;"><span style="color: black; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hansi-font-family: Calibri;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;"><span style="color: black; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hansi-font-family: Calibri;">Prof Marcos José de Souza<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">Fátima-Bahia<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>marcossertaniohttp://www.blogger.com/profile/12821047707886947649noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5169292185752140372.post-48902574880169158122023-10-15T06:20:00.001-07:002023-10-15T06:20:19.107-07:00<p> </p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<h1 style="text-align: center;"><i><u>Um olhar revisitado sobre
Rashomon<br /></u></i><br /></h1>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Após profícuo
debate sobre Rashomon, 1950, Akira Kurosawa, sob a coordenação do prof. Dr.
Hamílcar Silveira Dantas Junior, no âmbito da disciplina Cinema e Narrativas do
Contemporâneo, junto ao Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Cinema –
PPGCINE, vinculado à Universidade Federal de Sergipe e nele, debate, observarmos
diversos momentos e aspectos do filme, decidi fazer um texto do tipo ensaio com
a predominância de frames desse longa japonês, inicialmente considerado por
este povo como um filme ocidentalizado.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">O filme tem como
mote a busca da verdade através do testemunho de 05(cinco) pessoas/personagens
sobre um estupro e um assassinato. Há uma espécie de tribunal do júri e
inclusive o testemunho do falecido dá-se através de um médium. O filme traz a fábula
como narrativa, isto é, algo que se conta em busca de ensinar algo e prende a
nossa atenção como a verdade existe e ao mesmo tempo não existe.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Faço votos que
assistam a esse filme, em preto e branco, com recursos simples, mas que com paciência
teremos ótimos desempenhos cênicos dos artistas, inclusive com a simplicidade
do cenário, isto é, minimalista, o que conferem ao diretor, o seu brilhantismo.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Boas sessões!!!!<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Os frames, com seus respectivos
temas do momento, não estão na ordem de aparição do filme, mas obedecem a uma
possível valorização temática do autor:<o:p></o:p></p>
<p class="MsoListParagraph" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="mso-list: Ignore;">1.<span style="font: 7pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]-->Camponês
e religioso conversam sobre ética e a guarda de um bebê representantes do
eterno recomeço da vida e fazem parte das últimas cenas do filme<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><span style="mso-no-proof: yes;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHAatsVnzWl_on9jPKd_Jl8pRvpzUwTXHKXhrt1sLYj0h_95RV-9GvYQM-N2sDRSC04ayBBQ8cyXYQceZ84p34ScmgH-YcYBDoDLOCt_QfBAJe_KsR5-ljo-tRchf_6mm9LOt0kAokhwiJ71aV5z40PNVLABQIGY_ecVmhRlC4Bkn9l01Xq4z3bmTV2j_O/s1054/1.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="770" data-original-width="1054" height="201" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHAatsVnzWl_on9jPKd_Jl8pRvpzUwTXHKXhrt1sLYj0h_95RV-9GvYQM-N2sDRSC04ayBBQ8cyXYQceZ84p34ScmgH-YcYBDoDLOCt_QfBAJe_KsR5-ljo-tRchf_6mm9LOt0kAokhwiJ71aV5z40PNVLABQIGY_ecVmhRlC4Bkn9l01Xq4z3bmTV2j_O/w275-h201/1.jpeg" width="275" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfqpaJ608nk9zQJJywmcZx5S5mXu5RaC1nCPrgs5oxJ13x9Kqc_FrTRwjrnuG9xTcM4e7Ie8TAXWZNV1LrXkHRJkrpubYDdwsluz5zTc2RaZOLUqC9gSrKCyikEAgX1xf4FNY_9tOAuXN9oYgGW1jzAdIQCOIPruFTYvFdKlt8xZK67rEY58e5kgGthXGX/s1001/02.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="746" data-original-width="1001" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfqpaJ608nk9zQJJywmcZx5S5mXu5RaC1nCPrgs5oxJ13x9Kqc_FrTRwjrnuG9xTcM4e7Ie8TAXWZNV1LrXkHRJkrpubYDdwsluz5zTc2RaZOLUqC9gSrKCyikEAgX1xf4FNY_9tOAuXN9oYgGW1jzAdIQCOIPruFTYvFdKlt8xZK67rEY58e5kgGthXGX/w269-h200/02.jpeg" width="269" /></a></p><span style="mso-no-proof: yes;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: right;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"> </div></div><span> </span><span> </span><img border="0" data-original-height="1012" data-original-width="1305" height="204" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhko9RvWNOm2U-BiTsalY4Mr0JANU3ZQsYVKX0_o8wWC4l_59ZdXGiBXA-IDU80UFUQ0S78krG1K2eZN-wx9pMpXlaq-RfnhvRY1XebwG8VWpWymmW0hGHXXowIMR-V3mVxBHSN9mLmo7WLaccAzmwpZW7EjlElkSIv_T1Q3-0kwsbFFROos7sz9v0q0yAP/w264-h204/3.jpeg" style="color: #0000ee; text-align: center;" width="264" /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsYZJz4Z1vK4c2vgHPjJ-oZswTtG7MUl7rv8lJgsmqcCmsn2K_Fa1ubPoOlrZMwTmFwjN1ZhnLOhAPA0dhWktM2aNsZGb9WmbJw1WblKHK9XKn0Ogpe1K3mmV-jsCs5fdRlFWSA2QpD_dsaaj_2To-l9PRGOWstQM8_usq4dUykZMxlIvmb2ZZkX_gUAcx/s1265/04.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="946" data-original-width="1265" height="208" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsYZJz4Z1vK4c2vgHPjJ-oZswTtG7MUl7rv8lJgsmqcCmsn2K_Fa1ubPoOlrZMwTmFwjN1ZhnLOhAPA0dhWktM2aNsZGb9WmbJw1WblKHK9XKn0Ogpe1K3mmV-jsCs5fdRlFWSA2QpD_dsaaj_2To-l9PRGOWstQM8_usq4dUykZMxlIvmb2ZZkX_gUAcx/w279-h208/04.jpeg" width="279" /></a><br /></span><div><div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjEhU_grEE7ChQdJ4dmVm1NpYxEnLbuHpLWx1wQibAwxRgMG4oUKOG_pSw_-GYxCL4iuTJOGKyG4Y2mQwELwz4X6D5_4DU-X-pCnIjFQYoJ9HhOtzsBpu8kNaqLILtF_siEHt1R78ePVScx8_1qQ0JFC9Z9gr-nw9OowrR01pxfFK3WofzkaQ2BMmN12XLG/s1222/06.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="905" data-original-width="1222" height="204" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjEhU_grEE7ChQdJ4dmVm1NpYxEnLbuHpLWx1wQibAwxRgMG4oUKOG_pSw_-GYxCL4iuTJOGKyG4Y2mQwELwz4X6D5_4DU-X-pCnIjFQYoJ9HhOtzsBpu8kNaqLILtF_siEHt1R78ePVScx8_1qQ0JFC9Z9gr-nw9OowrR01pxfFK3WofzkaQ2BMmN12XLG/w276-h204/06.jpeg" width="276" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYMSzWWvHecjMr9j_NkufSj5bgS2XgWQsCaD32AYqJ3hNrFE80Jtmpuj878fA8LK6FHhYGnv4OL1ftZG4mWbQSleiELrSURJLTLkG8WGp2kGsideIM9eQOga927vZDLWGJPBp78els6eMYHdcTWSXgOi1OyfEUngUK6WQpG8iuAsNXU8W6Adk2GlQeuaZ8/s1222/5.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="911" data-original-width="1222" height="204" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYMSzWWvHecjMr9j_NkufSj5bgS2XgWQsCaD32AYqJ3hNrFE80Jtmpuj878fA8LK6FHhYGnv4OL1ftZG4mWbQSleiELrSURJLTLkG8WGp2kGsideIM9eQOga927vZDLWGJPBp78els6eMYHdcTWSXgOi1OyfEUngUK6WQpG8iuAsNXU8W6Adk2GlQeuaZ8/w273-h204/5.jpeg" width="273" /></a></div><div style="text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: right;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbXj_E5p4hsjo43cSc64Tt4pB2pu0FbAC40x7pAttg5JBT7sJurQeF_iiaSh_5on1mIAcAdhGIBmzgHFHdOYvfJb0SuKcMIUmdQ1p6CwRSwA62_kvEGLVav4kyhqqQi4fnyjVBMkn-OqLPA_RgxTGw_pW_4QkFVeeP5wPpXsy2I1eMhTKCMyM9oNtdh1y9/s987/07.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="731" data-original-width="987" height="214" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbXj_E5p4hsjo43cSc64Tt4pB2pu0FbAC40x7pAttg5JBT7sJurQeF_iiaSh_5on1mIAcAdhGIBmzgHFHdOYvfJb0SuKcMIUmdQ1p6CwRSwA62_kvEGLVav4kyhqqQi4fnyjVBMkn-OqLPA_RgxTGw_pW_4QkFVeeP5wPpXsy2I1eMhTKCMyM9oNtdh1y9/w289-h214/07.jpeg" width="289" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuMlayNgDKs2rb8gjKQ6y_3ezpEXcbAo7lk_4ptvIS-F9x1UmtlgyNUVehErCfrBURIZi-w1K4ge3dG2AYO0HQV_OBKt23nUWt3F-Y6cANJ2kdiEr8IO6XnqnxgReOwCIzXrculwC2i06DVKLMR34ueP7BxexkwDJEaYKxnrEn_HdGhDXBy-av1RJ5dA2l/s987/08.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="735" data-original-width="987" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuMlayNgDKs2rb8gjKQ6y_3ezpEXcbAo7lk_4ptvIS-F9x1UmtlgyNUVehErCfrBURIZi-w1K4ge3dG2AYO0HQV_OBKt23nUWt3F-Y6cANJ2kdiEr8IO6XnqnxgReOwCIzXrculwC2i06DVKLMR34ueP7BxexkwDJEaYKxnrEn_HdGhDXBy-av1RJ5dA2l/w286-h213/08.jpeg" width="286" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: right;"><br /></div></div><br /><br /><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;"><br /></div>
<span> </span><span> </span><br />
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p><span> </span><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIjWdepgU8GuKtO8TS2lmJq_BKTgkN3N32PEksVTctX3_92w859fumDJ07T8N9YMTTBNroCNZARKFMAoXH1df9_OWQMTLJOaFmES2Tj876MVsU-XJywXDH7YJsFd4_nxl_9JCK5ud2lPRhap7icL4ms6aToqCuD9SBZKfC68D03CeTmEk6JOIgW1awNXEy/s1222/09.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><span> </span><span> </span><img border="0" data-original-height="911" data-original-width="1222" height="239" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIjWdepgU8GuKtO8TS2lmJq_BKTgkN3N32PEksVTctX3_92w859fumDJ07T8N9YMTTBNroCNZARKFMAoXH1df9_OWQMTLJOaFmES2Tj876MVsU-XJywXDH7YJsFd4_nxl_9JCK5ud2lPRhap7icL4ms6aToqCuD9SBZKfC68D03CeTmEk6JOIgW1awNXEy/w482-h239/09.jpeg" width="482" /></a></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<br />
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: right;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIgYGJaPjeruSELCEtiTF_vrEuicq5AdwGI7FcD-Vz7XEcNv83V4uyneCT_x2pgate3LF1UYWVJx-qSwxRf32soRNUWsFqjWSjW-SU3beWXR2UHIvyXcHTyxkSNgc4f9BaM5d4sP3IqDbDHgQAA1P1ynSaEwbgjlUUDoJwmR57hYCKh2u-zNitwmXi9igT/s1036/10.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="766" data-original-width="1036" height="208" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIgYGJaPjeruSELCEtiTF_vrEuicq5AdwGI7FcD-Vz7XEcNv83V4uyneCT_x2pgate3LF1UYWVJx-qSwxRf32soRNUWsFqjWSjW-SU3beWXR2UHIvyXcHTyxkSNgc4f9BaM5d4sP3IqDbDHgQAA1P1ynSaEwbgjlUUDoJwmR57hYCKh2u-zNitwmXi9igT/w280-h208/10.jpeg" width="280" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWwnt2nMjkZPJYJ6kn7OlKFxANBeFi8e7rzq6FAvtZMTM602CxhKebaZomSSmacANZtGFMxwXxNaxGQ-je5AXYxQBy1C3lNzjQNz4a6s2e4EXdu80HqysPF6LhUK9-_Sv3UUehNSgpJsXj-CLRXo0hzEE5rWYinZhHqQuSg_p2e2K5fxDjc8rBmeje6SBd/s1002/11.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="740" data-original-width="1002" height="192" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWwnt2nMjkZPJYJ6kn7OlKFxANBeFi8e7rzq6FAvtZMTM602CxhKebaZomSSmacANZtGFMxwXxNaxGQ-je5AXYxQBy1C3lNzjQNz4a6s2e4EXdu80HqysPF6LhUK9-_Sv3UUehNSgpJsXj-CLRXo0hzEE5rWYinZhHqQuSg_p2e2K5fxDjc8rBmeje6SBd/w261-h192/11.jpeg" width="261" /></a></div><o:p> </o:p><br /><p></p>
<br />
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoListParagraph" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="mso-list: Ignore;">2.<span style="font: 7pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]-->Kurosawa
um cineasta do ocidental do oriente<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">O frame seguinte passou
despercebido do debate e também pelo meu campo de visão, visto somente agora
com a terceira vez que vi o filme. Para mim revela a cristianização de
Kurosawa, indício de sua ocidentalização, como seus críticos japoneses
julgavam. Trata-se da imagem de uma cruz provocada pela luz do lugar onde passa
a parte principal da narrativa fílmica, o relato sobre o estupro da moça e do
assassinato do marido dela. A mão que se vê é do fotógrafo autor do texto e por
isso peço desculpas.<o:p></o:p></p>
<br />
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpTexK93-evfrHb0WDHiSpMp5lAZtMbHErwpRYx1KYrMKYFw8SY6D4lujwnemKUM5hE50yqV9Blo99kyjD6_x0tgGlrbvNjlEJ6hh3hS1Wu1vANmy3Y1jPcDCpuY5uBMGpyr46ZzQ_4UQts9oe840UpYEnW1cCw4UE8_RhrJRWBUC_4AZe5Sffdnw9bwfO/s1016/12.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="783" data-original-width="1016" height="247" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpTexK93-evfrHb0WDHiSpMp5lAZtMbHErwpRYx1KYrMKYFw8SY6D4lujwnemKUM5hE50yqV9Blo99kyjD6_x0tgGlrbvNjlEJ6hh3hS1Wu1vANmy3Y1jPcDCpuY5uBMGpyr46ZzQ_4UQts9oe840UpYEnW1cCw4UE8_RhrJRWBUC_4AZe5Sffdnw9bwfO/s320/12.jpeg" width="320" /></a></div><br /><p></p>
<p class="MsoListParagraph" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="mso-list: Ignore;">3.<span style="font: 7pt "Times New Roman";">
</span></span></span><!--[endif]-->O tempo transcorrido entre o episódio do estupro
e do assassinato<o:p></o:p></p><p class="MsoListParagraph" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18pt;"><br /></p>
<br />
<p class="MsoNormal"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXqpS1N58El95rt-vBmxuQ6IHT3NMSrLmCjR6G8yUvP7WlNg8Gnb5DNOZY5jOxtoBXAsejabCRUkkpqqa86Ubzt6nZwqSWUPSKw4GD-P-1MTWyRsSWtFY0lWBORckYXDNM0VtPUb3p6EOjgZPTYtZH9tyA7BR2MrXsYDxP4YYxRO_8UiVnNrimA_r8_2X1/s1112/17.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><span> </span><span> </span><span> </span><span> </span><img border="0" data-original-height="747" data-original-width="1112" height="215" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXqpS1N58El95rt-vBmxuQ6IHT3NMSrLmCjR6G8yUvP7WlNg8Gnb5DNOZY5jOxtoBXAsejabCRUkkpqqa86Ubzt6nZwqSWUPSKw4GD-P-1MTWyRsSWtFY0lWBORckYXDNM0VtPUb3p6EOjgZPTYtZH9tyA7BR2MrXsYDxP4YYxRO_8UiVnNrimA_r8_2X1/w414-h215/17.jpeg" width="414" /></a><o:p> </o:p></p><p class="MsoNormal"><br /></p><p class="MsoNormal"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMt2OEJFRNBHDtpnkENHVqAFtWkmoF1fMxgULMNeYpyyYrWe92rA_2cxJP8GL6s_T91nYdZHTxPIcGdrPIosIFFGNN48se7rNYT01q3N5q0l2NIlqirvAJOAbGiCxslJTiNlLmCAn48CITxzCmjcwFfuKeHlGVzIMsLOjX-YoPsqs1k5WGT0ZBBrdPRoxn/s1506/14.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="1015" data-original-width="1506" height="192" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMt2OEJFRNBHDtpnkENHVqAFtWkmoF1fMxgULMNeYpyyYrWe92rA_2cxJP8GL6s_T91nYdZHTxPIcGdrPIosIFFGNN48se7rNYT01q3N5q0l2NIlqirvAJOAbGiCxslJTiNlLmCAn48CITxzCmjcwFfuKeHlGVzIMsLOjX-YoPsqs1k5WGT0ZBBrdPRoxn/w284-h192/14.jpeg" width="284" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIlFE18qJDJaukWL66fuCFnjuzqrM96TiJYuqpMC1zylD2haqyI32g1rKOyZy2mbQOOopAFk_2jMBkDg_aZyHm4oz_6NXhH4yl9RWRrsn5bWHd4NB5ErMEnFFXULpYnU3PXiQAXv2PQuCyz8oqbMku2kR-Wv-Q2FD-O0AEyI7HaEb5hn7lO6FecY-o0Ryy/s1306/13.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="945" data-original-width="1306" height="185" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIlFE18qJDJaukWL66fuCFnjuzqrM96TiJYuqpMC1zylD2haqyI32g1rKOyZy2mbQOOopAFk_2jMBkDg_aZyHm4oz_6NXhH4yl9RWRrsn5bWHd4NB5ErMEnFFXULpYnU3PXiQAXv2PQuCyz8oqbMku2kR-Wv-Q2FD-O0AEyI7HaEb5hn7lO6FecY-o0Ryy/w256-h185/13.jpeg" width="256" /></a></p>
<div><br /></div><br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3te2mQwg1N3_BEzhzUOjj4fWBFce3hgJ2KH2dqH57Ft8LzXXnV3BgctLChfSgd5ynM355Pt_ixNYJa3rP4fDCDUmpwQaBmdytokM6Ff2JA0HYH6qMsvNaKenLqLRlCq64wXT8ygUYZzLwJ3a81k-B7yyxowwWq_1mSrQ94r1yJJioEjSmFWhRh1UdVvsN/s1297/16.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="951" data-original-width="1297" height="205" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3te2mQwg1N3_BEzhzUOjj4fWBFce3hgJ2KH2dqH57Ft8LzXXnV3BgctLChfSgd5ynM355Pt_ixNYJa3rP4fDCDUmpwQaBmdytokM6Ff2JA0HYH6qMsvNaKenLqLRlCq64wXT8ygUYZzLwJ3a81k-B7yyxowwWq_1mSrQ94r1yJJioEjSmFWhRh1UdVvsN/w279-h205/16.jpeg" width="279" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiN7WZqJ6jdAsDCpxoU1XNg3Pass_JPNXA8JLDx8vucLz1KsoA0li_FDhIyLq61XvXLa0yRxXz2ad8thwp2efENHTlXaCy2lq1PzteU1ULAODpXEVEWuQ2wGw75EUQZr3DN4GcxZ62rIgc5x-CimJX4-9OwxS-9XXcv-x6x2A3SZ9bA1sXuuKR754KISCed/s1250/15.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="902" data-original-width="1250" height="201" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiN7WZqJ6jdAsDCpxoU1XNg3Pass_JPNXA8JLDx8vucLz1KsoA0li_FDhIyLq61XvXLa0yRxXz2ad8thwp2efENHTlXaCy2lq1PzteU1ULAODpXEVEWuQ2wGw75EUQZr3DN4GcxZ62rIgc5x-CimJX4-9OwxS-9XXcv-x6x2A3SZ9bA1sXuuKR754KISCed/w278-h201/15.jpeg" width="278" /></a><br />
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoListParagraph" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="mso-list: Ignore;">4.<span style="font: 7pt "Times New Roman";">
</span></span></span><!--[endif]-->A vida pregressa de Tajomaru e as histórias
sobre a vida dele contado por outros<o:p></o:p></p>
<br />
<br />
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: right;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMoh5yTw0SnrqVC1igYCFnuYTk1br3GqO4NW4W_VxXgl1lZrz6POFkQkrMSBlRgjYFx3gzmiDTJsYAs52xyWGsXDdMLowfIaJAO-odH_q4oIFNXPTn-LB5vAllh6YjcOuhX0e0-BkpGj3GeIVmz_f9i-ykMH_uImOwiuj3s5HIz-iaWTyDyh9utjdtdrKn/s1282/19.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="897" data-original-width="1282" height="189" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMoh5yTw0SnrqVC1igYCFnuYTk1br3GqO4NW4W_VxXgl1lZrz6POFkQkrMSBlRgjYFx3gzmiDTJsYAs52xyWGsXDdMLowfIaJAO-odH_q4oIFNXPTn-LB5vAllh6YjcOuhX0e0-BkpGj3GeIVmz_f9i-ykMH_uImOwiuj3s5HIz-iaWTyDyh9utjdtdrKn/w270-h189/19.jpeg" width="270" /></a></div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg5i-0-1purWxZNx2D1EsFs_CaznV8ss1AeeSkEiLGIvdl0fI38910bwIgSAWCnH4do3oJ8qnIBOcMjN5rAhNfXwQENMOYfyEFduUYVopo8PwlqbhpKmda4HnXKfvct9SbPvOFyUkqShOiztb0jzfJMJhk1cq0O3ipP1T4_yuITrjURVIz3aO_OMeSchN7k/s1254/20.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="928" data-original-width="1254" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg5i-0-1purWxZNx2D1EsFs_CaznV8ss1AeeSkEiLGIvdl0fI38910bwIgSAWCnH4do3oJ8qnIBOcMjN5rAhNfXwQENMOYfyEFduUYVopo8PwlqbhpKmda4HnXKfvct9SbPvOFyUkqShOiztb0jzfJMJhk1cq0O3ipP1T4_yuITrjURVIz3aO_OMeSchN7k/w243-h180/20.jpeg" width="243" /></a></div><br /><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6KTjrfOAMYwPfgSzSflQK7IsF-sc0gcoEDderkTshsLWoB_ieCF7rsHCXPPkXS2LGJLrp_Wl8-oAvmTBh3aYDQawwQnZA5zUY_K2C1veSkDor8te5hkfaKVNC_K_Hgov1Kx0xKajioaQR2nc6rouL0BFwncSIsnJsvSLXitd0lCYkkmsgf8dfXumXz0Qc/s1268/18.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="926" data-original-width="1268" height="234" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6KTjrfOAMYwPfgSzSflQK7IsF-sc0gcoEDderkTshsLWoB_ieCF7rsHCXPPkXS2LGJLrp_Wl8-oAvmTBh3aYDQawwQnZA5zUY_K2C1veSkDor8te5hkfaKVNC_K_Hgov1Kx0xKajioaQR2nc6rouL0BFwncSIsnJsvSLXitd0lCYkkmsgf8dfXumXz0Qc/s320/18.jpeg" width="320" /></a></div><br /><p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoListParagraph" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="mso-list: Ignore;">5.<span style="font: 7pt "Times New Roman";">
</span></span></span><!--[endif]-->O papel social feminino pela voz de uma mulher<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFA-mnpuBZapEvl-FVt7YVJqD4L-bmkjOHkKePsBrKQVsQZgoDQj4HQL3q46bpc7ZjsJRtq9jxQumCQ6a4SIdEg9DRL5IxqZiyzJyYYIRxuIgCjUKpC6TPjtL76fy8hi4d8ZlsBc7yj8-ODFog3Ld2XMw1AM39YJ6D7fo7hxJtFlC0Moq5vtlQZ1bmUi40/s1194/21.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="875" data-original-width="1194" height="235" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFA-mnpuBZapEvl-FVt7YVJqD4L-bmkjOHkKePsBrKQVsQZgoDQj4HQL3q46bpc7ZjsJRtq9jxQumCQ6a4SIdEg9DRL5IxqZiyzJyYYIRxuIgCjUKpC6TPjtL76fy8hi4d8ZlsBc7yj8-ODFog3Ld2XMw1AM39YJ6D7fo7hxJtFlC0Moq5vtlQZ1bmUi40/s320/21.jpeg" width="320" /></a></p>
<br />
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoListParagraph" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="mso-list: Ignore;">6.<span style="font: 7pt "Times New Roman";">
</span></span></span><!--[endif]-->Momento em que o lenhador, que viu os acontecimentos,
conversa com o religioso sob a intermediação do camponês, o cético<o:p></o:p></p>
<br />
<br />
<p class="MsoNormal" style="text-align: left;"><o:p> </o:p><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFTNYpDPXzjXVbN10iYsA02tuJzXHrzQJLjFnX7bG5i2oPoE_auDkUc82lJ3sNnWtIg_ijo5Gz3KDmHI2w841YWgpMxp3GzTe3hgn1D9MwCY2zSDYjcijiUXTPt000N29PD_K69pOOeyQCZVfcXbB1E0We3v1OcLvIqGOTNEJgnj88K47jeBTnKBvK8PWr/s1257/24.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="954" data-original-width="1257" height="243" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFTNYpDPXzjXVbN10iYsA02tuJzXHrzQJLjFnX7bG5i2oPoE_auDkUc82lJ3sNnWtIg_ijo5Gz3KDmHI2w841YWgpMxp3GzTe3hgn1D9MwCY2zSDYjcijiUXTPt000N29PD_K69pOOeyQCZVfcXbB1E0We3v1OcLvIqGOTNEJgnj88K47jeBTnKBvK8PWr/s320/24.jpeg" width="320" /></a></p><p class="MsoNormal" style="text-align: right;"><br /></p><p class="MsoNormal" style="text-align: right;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmwMmjFgppfYfZQIkl794xF5WHoJhx22Oy5UO4zt5URifQ9mQotqn9qMY7qHTXE3h75RkXNfYk8YEY2syrbgZibYym06YMA-wxt3q9rUw4b9k7ORo3FmuIg9STdD8sU0ZCuA1ipG9yPw4m4jhw2iBb0S7PT9GEpd0xsGFeksDiR9wYDR1_1KX2w2cbfT-P/s1290/23.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="950" data-original-width="1290" height="236" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmwMmjFgppfYfZQIkl794xF5WHoJhx22Oy5UO4zt5URifQ9mQotqn9qMY7qHTXE3h75RkXNfYk8YEY2syrbgZibYym06YMA-wxt3q9rUw4b9k7ORo3FmuIg9STdD8sU0ZCuA1ipG9yPw4m4jhw2iBb0S7PT9GEpd0xsGFeksDiR9wYDR1_1KX2w2cbfT-P/s320/23.jpeg" width="320" /></a></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoListParagraph" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="mso-list: Ignore;">7.<span style="font: 7pt "Times New Roman";">
</span></span></span><!--[endif]--><b><span style="font-family: arial;">Alguns frames que revelam esteticamente a
fotografia do filme entre outros destaques:</span></b><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Nesse momento temos
as pernas de Tajomaru, de costas, a mulher, ao chão e entre ambos. De frente, o
marido da mulher. Não consegui compreender a simbologia dessa imagem, além do óbvio que é a luta, a disputa pela mulher, apesar do que sabemos o que pensam e falam ambos sobre ela..<o:p></o:p></p>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiH77NQVOOSmzSlhmk8S2N-7vpp04qkD_RWDYt1BJ9R7-pk6gIFZ7i1EfnEakGRvq7Kc7SStBM-mOSu4wtMfpVlAY92zIqFhuAYZ8xj1orJe0VMeA2F61EyGf6obcKGxQJ_WgH-LEA_FiNXLaP8vIfHrjT_Om7MTjMPFvIAIWijegCMdFH3opF-OO82a8Re/s1122/25.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="825" data-original-width="1122" height="235" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiH77NQVOOSmzSlhmk8S2N-7vpp04qkD_RWDYt1BJ9R7-pk6gIFZ7i1EfnEakGRvq7Kc7SStBM-mOSu4wtMfpVlAY92zIqFhuAYZ8xj1orJe0VMeA2F61EyGf6obcKGxQJ_WgH-LEA_FiNXLaP8vIfHrjT_Om7MTjMPFvIAIWijegCMdFH3opF-OO82a8Re/s320/25.jpeg" width="320" /></a><br />
<p class="MsoListParagraph" style="mso-list: l0 level2 lfo1; text-indent: -18pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="mso-list: Ignore;">7.1.<span style="font: 7pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]-->O
marido, pela fala da mulher, olha-a com desdém após ele presenciar a cena de
estupro<o:p></o:p></p>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCRwXKK1lT5mPgdtjh31LunHj8j_i8SMLQOi0ihNhXmB6hULqnPhkRqsn9H_imYwx4lxPCQUzLKurL0pOrK4oEXz_st3jZ7NAanEcUG50tbB9Fmw-0UvuZ4jf647mV-QJiU98eu7DUOT3NXfEfa0Hf1WjMD3opXlr9nH1kBleT26Xz2usXeahEvdUlY6uq/s1196/26.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="886" data-original-width="1196" height="237" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCRwXKK1lT5mPgdtjh31LunHj8j_i8SMLQOi0ihNhXmB6hULqnPhkRqsn9H_imYwx4lxPCQUzLKurL0pOrK4oEXz_st3jZ7NAanEcUG50tbB9Fmw-0UvuZ4jf647mV-QJiU98eu7DUOT3NXfEfa0Hf1WjMD3opXlr9nH1kBleT26Xz2usXeahEvdUlY6uq/s320/26.jpeg" width="320" /></a><br />
<p class="MsoListParagraph" style="mso-list: l0 level2 lfo1; text-indent: -18pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="mso-list: Ignore;">7.2.<span style="font: 7pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]-->O
camponês, homem que chega ao templo e duvida de tudo e de todos<o:p></o:p></p>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhF2cKhj82XDm2-v9f7-wAJvJC7jVHoAI9C_DGjxhIxgOxzKqpDSS0ZHBSEe9SWokzCupsFSzg4MUC28fKipj_Df8DQUrRDBpBx5sOgs906-9083T5p41RMFH0n-bEZOceXUvQllwzO4kbbx1qpjg3Wld0pJhrFlfkdiwDiXMbC0Bkar9kiWvfzVHWmzlgY/s1046/27.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="785" data-original-width="1046" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhF2cKhj82XDm2-v9f7-wAJvJC7jVHoAI9C_DGjxhIxgOxzKqpDSS0ZHBSEe9SWokzCupsFSzg4MUC28fKipj_Df8DQUrRDBpBx5sOgs906-9083T5p41RMFH0n-bEZOceXUvQllwzO4kbbx1qpjg3Wld0pJhrFlfkdiwDiXMbC0Bkar9kiWvfzVHWmzlgY/s320/27.jpeg" width="320" /></a></div><div><br /></div><div><br /></div><div> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6Zxsojo9AORZzaWTAlLPxJhQOlaYC35ZAkgdr-maax1vWlgTriCThiA2FVuh53ZryhtkvPDkhIVHCymPOaWjCW3HYxPL4zxSkB8uuR02htr0nWL9cbSWvR65E9QwQS_T8hmnNfKFJ9jSvc3wssyf48bD2ieqYaym5ZqFMxAJlotw8BqJp_Icji2UqlCvd/s1307/28.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="914" data-original-width="1307" height="224" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6Zxsojo9AORZzaWTAlLPxJhQOlaYC35ZAkgdr-maax1vWlgTriCThiA2FVuh53ZryhtkvPDkhIVHCymPOaWjCW3HYxPL4zxSkB8uuR02htr0nWL9cbSWvR65E9QwQS_T8hmnNfKFJ9jSvc3wssyf48bD2ieqYaym5ZqFMxAJlotw8BqJp_Icji2UqlCvd/s320/28.jpeg" width="320" /></a><br />
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoListParagraph" style="mso-list: l0 level2 lfo1; text-indent: -18pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="mso-list: Ignore;">7.3.<span style="font: 7pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Início do depoimento da esposa, quando ouvimos
Bolero, de Maurice Ravel. Não sabemos qual a razão do uso dessa música
exclusivamente para o depoimento dela.</p><p class="MsoListParagraph" style="mso-list: l0 level2 lfo1; text-indent: -18pt;"><o:p></o:p> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWVaKyu05ZomL7VnaktwsFYFGTlzs3KmwcjPhk65ETHUvLvD0M3747Bf-iZCYERKmxF59se-QaREoSJmeswPzy2lI4ZSSX88l2oN8gXYY-bLVHS44weJ7GB3wsFwBNIKguAqfeOeVdMQ4wPWJ6hDUMfp8UUI4CROP5zkMwc1vc4gC-qrqXIgbALRdSZrLZ/s1341/29.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="904" data-original-width="1341" height="340" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWVaKyu05ZomL7VnaktwsFYFGTlzs3KmwcjPhk65ETHUvLvD0M3747Bf-iZCYERKmxF59se-QaREoSJmeswPzy2lI4ZSSX88l2oN8gXYY-bLVHS44weJ7GB3wsFwBNIKguAqfeOeVdMQ4wPWJ6hDUMfp8UUI4CROP5zkMwc1vc4gC-qrqXIgbALRdSZrLZ/w503-h340/29.jpeg" width="503" /></a></p>
<br />
<p class="MsoListParagraph" style="mso-list: l0 level2 lfo1; text-indent: -18pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="mso-list: Ignore;">7.4.<span style="font: 7pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]-->O
médium “depõe” trazendo a versão dos fatos; nos 4 (quatro) frames iniciais
temos a pessoa que recebe o espírito e fala e nos seguintes temos a reprodução
da voz do próprio falecido.<o:p></o:p></p>
<br />
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: right;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh75LPyUUDhMS9LzpB6eMJJsyZPISKBdZOC0r-Ww4ZJ3-HbLTOyPYY6JDIW47xadkqbtt2dJaZkchZbJx_mVeDPHq-CQYsYQ6GLHTtNKkCJPShTP-RA3u4K3jxWTiyezuw3vsc1SpvCc4plIWVyA5twEtoz6_QpqK6DhO7OPyXrwfAvXlkpBxqdLUr6HAv7/s868/31.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="671" data-original-width="868" height="216" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh75LPyUUDhMS9LzpB6eMJJsyZPISKBdZOC0r-Ww4ZJ3-HbLTOyPYY6JDIW47xadkqbtt2dJaZkchZbJx_mVeDPHq-CQYsYQ6GLHTtNKkCJPShTP-RA3u4K3jxWTiyezuw3vsc1SpvCc4plIWVyA5twEtoz6_QpqK6DhO7OPyXrwfAvXlkpBxqdLUr6HAv7/w280-h216/31.jpeg" width="280" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNzzm0cScucqtFmaZspTTNNiE2OPZ5vSO44Nq0iRSi32OUVLlbBiTICCN62ZkMIMu0P5pkvgiJmT2oCBf4VjJqc6VS7O_fVlofTEaorQN0pqzQ8dkjcGW_6WcihCCJQs4npIfqQ52smGKQS4x8HIubMszvzUyFUHrpHWNeHLVVfLJ7dL7B4ndrqwpp5M5w/s886/30.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="664" data-original-width="886" height="219" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNzzm0cScucqtFmaZspTTNNiE2OPZ5vSO44Nq0iRSi32OUVLlbBiTICCN62ZkMIMu0P5pkvgiJmT2oCBf4VjJqc6VS7O_fVlofTEaorQN0pqzQ8dkjcGW_6WcihCCJQs4npIfqQ52smGKQS4x8HIubMszvzUyFUHrpHWNeHLVVfLJ7dL7B4ndrqwpp5M5w/w292-h219/30.jpeg" width="292" /></a></div></div><br /><br /><p></p>
<br />
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQoLAeSrFeitYkV8nKHyxq_k0_hAfUYoaAItDBYUZfn8UsgzgcaqSdAaf_CuE9ATqmp_YuPLHfe2t2NjxMXLFIR3O0-pIsL1a00derLmueW8_IiXx_Zq8oj4IiOxDULiTXa_6U0rMYRDfGeKPJ1d6xGyEHK9aJ2pzCvRP5O9kE__uJrsUizn3yDd90vYfQ/s789/33.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="582" data-original-width="789" height="210" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQoLAeSrFeitYkV8nKHyxq_k0_hAfUYoaAItDBYUZfn8UsgzgcaqSdAaf_CuE9ATqmp_YuPLHfe2t2NjxMXLFIR3O0-pIsL1a00derLmueW8_IiXx_Zq8oj4IiOxDULiTXa_6U0rMYRDfGeKPJ1d6xGyEHK9aJ2pzCvRP5O9kE__uJrsUizn3yDd90vYfQ/w285-h210/33.jpeg" width="285" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4H2QL_9HtwG3Hk3WF7Ke_e1o6g7I-8ft6VJE-elUyWRk-iu0RzLBsYtJI4pQoyc1Hyea32dUGNpQnWPjsnKLStV4-di90yyI0nidQVjxFHGm8o4rSGTgEfPoICyhe-aCqwB9LuWk1yKUngfQs1oPYzry7-DOFVg_BJJ5nYswMo1Nxn7gcqMyOsIwV2NRJ/s785/32.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="576" data-original-width="785" height="206" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4H2QL_9HtwG3Hk3WF7Ke_e1o6g7I-8ft6VJE-elUyWRk-iu0RzLBsYtJI4pQoyc1Hyea32dUGNpQnWPjsnKLStV4-di90yyI0nidQVjxFHGm8o4rSGTgEfPoICyhe-aCqwB9LuWk1yKUngfQs1oPYzry7-DOFVg_BJJ5nYswMo1Nxn7gcqMyOsIwV2NRJ/w281-h206/32.jpeg" width="281" /></a></p>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7NBLyEvznDZ2HqYhRA5I6LmVGoHvAgflbcnVT9ezzBlB3MzulRwOIPLe0ObA2Ectws8uAopy30CXJG071iUr2N2dVUPeYSTXBILHgSQ1lmfEqAvsgQdoO8lzPG7fL4wKn0IrSUoImW9f_R8RnYshLHssjV4jplZ0k6RzGm-bOHhICAvUNNzqhwveb3uVa/s966/34.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="716" data-original-width="966" height="237" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7NBLyEvznDZ2HqYhRA5I6LmVGoHvAgflbcnVT9ezzBlB3MzulRwOIPLe0ObA2Ectws8uAopy30CXJG071iUr2N2dVUPeYSTXBILHgSQ1lmfEqAvsgQdoO8lzPG7fL4wKn0IrSUoImW9f_R8RnYshLHssjV4jplZ0k6RzGm-bOHhICAvUNNzqhwveb3uVa/w483-h237/34.jpeg" width="483" /></a><br />
<p class="MsoNormal">A mesma fala foi capturada em dois frames:<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmqfe7k2-N5acAiAcV3cQwhODI9tq7RBm6mGjEgSvEX4w96sTvOamtzzKrnOQT1qzeQ3El-rl3oMtBuW3qvZ_SBeJhlVC5dnpnr5VbLTj8_mvVfwqz6h4sFdQJlY5D-pRV0c6XzEhOdm6olmJqmeB2bKkt20HCR9G5j4iwv0zQNYaEUt8jjlthvHDB1rc-/s1116/35.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="837" data-original-width="1116" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmqfe7k2-N5acAiAcV3cQwhODI9tq7RBm6mGjEgSvEX4w96sTvOamtzzKrnOQT1qzeQ3El-rl3oMtBuW3qvZ_SBeJhlVC5dnpnr5VbLTj8_mvVfwqz6h4sFdQJlY5D-pRV0c6XzEhOdm6olmJqmeB2bKkt20HCR9G5j4iwv0zQNYaEUt8jjlthvHDB1rc-/s320/35.jpeg" width="320" /></a></p>
<div style="text-align: right;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWBKYkttKWW0U4vHQpCkLcdTxUZtVvOcAytE-t42LWNhnTbVZR4sYUPFiO1J5JG6MLEbi-tw-rFcdw23pa_Ho_y4iPl3NQ_OhYqVpkqHxxg77Ui01-OK1WmpO3HmOta1AH0tldXjbbL_G9QnfnXZ932oRmqmcR6xJAjzqXGK6MfoZkaA7vxdgNichW8gm8/s1175/36.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="860" data-original-width="1175" height="234" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWBKYkttKWW0U4vHQpCkLcdTxUZtVvOcAytE-t42LWNhnTbVZR4sYUPFiO1J5JG6MLEbi-tw-rFcdw23pa_Ho_y4iPl3NQ_OhYqVpkqHxxg77Ui01-OK1WmpO3HmOta1AH0tldXjbbL_G9QnfnXZ932oRmqmcR6xJAjzqXGK6MfoZkaA7vxdgNichW8gm8/s320/36.jpeg" width="320" /></a></div>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> O falecido continua falando. Estaria "sentindo" a presença de alguém?</o:p></p><p class="MsoNormal"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0bH6LVav3Jj6phcjuD75T4Nfwei8es0z3VGFdP5ywJVdQI6vbB-z3vxy3VUYU3bLEcvTVe1KQu1TS6LIRpyRj6fqYUZyWqls4bJz_t_4b04CYOM8z4QRjzPhyphenhyphenVwYkc_9N6zwGN7jAPKdaiY8USebFcnNXIm7nUf45qJd8GJAjWNH5txcJ3oRlDpTqjk84/s880/37.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="628" data-original-width="880" height="228" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0bH6LVav3Jj6phcjuD75T4Nfwei8es0z3VGFdP5ywJVdQI6vbB-z3vxy3VUYU3bLEcvTVe1KQu1TS6LIRpyRj6fqYUZyWqls4bJz_t_4b04CYOM8z4QRjzPhyphenhyphenVwYkc_9N6zwGN7jAPKdaiY8USebFcnNXIm7nUf45qJd8GJAjWNH5txcJ3oRlDpTqjk84/s320/37.jpeg" width="320" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhL3JnqkMfZv6zkt4SR0xcNGZlkHS_2FKfYDzVmWPCesvNU08oy3tOgchZUzfpROrSRCYuJguwwNbCAxT2m5Z9TyFHfFHFohyphenhyphenwm5lHWa1ZYNReK6JQhrrLMhyF1FvEJI03c_jhLnY-JzhyphenhyphenffdhNKrZDft_HXrRUBdKreCMYiN67BMGLXrtI6v8uMn8Bm0m0/s927/38.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="711" data-original-width="927" height="245" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhL3JnqkMfZv6zkt4SR0xcNGZlkHS_2FKfYDzVmWPCesvNU08oy3tOgchZUzfpROrSRCYuJguwwNbCAxT2m5Z9TyFHfFHFohyphenhyphenwm5lHWa1ZYNReK6JQhrrLMhyF1FvEJI03c_jhLnY-JzhyphenhyphenffdhNKrZDft_HXrRUBdKreCMYiN67BMGLXrtI6v8uMn8Bm0m0/s320/38.jpeg" width="320" /></a></div><br /><o:p><br /></o:p><p></p>
<br />
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoListParagraph" style="mso-list: l0 level2 lfo1; text-indent: -18pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="mso-list: Ignore;">7.5.<span style="font: 7pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]-->O
assassinato do samurai pelo fora da lei, Tajomaru - atentem para a posição da espada, o que justifica a sequência que fiz.<o:p></o:p></p>
<br />
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgB8N9khd5ec3hVxk2ZnPCMv_kLrT5Sk9UJ7B2WLx0a3Oi7u7ht8mMmqMSCs1gezDftL1iPwekT_x_Hb7Ht5vQMtK1FXlK1iJzbvktv4FbmOhxZO-uPyOg8FlYtmI04_C32Svaiw_asjl6lcr62sN7spXVeXcikUyFOejxwqXISGdOTiKatmqxs0mbyf5_b/s866/39.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="653" data-original-width="866" height="241" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgB8N9khd5ec3hVxk2ZnPCMv_kLrT5Sk9UJ7B2WLx0a3Oi7u7ht8mMmqMSCs1gezDftL1iPwekT_x_Hb7Ht5vQMtK1FXlK1iJzbvktv4FbmOhxZO-uPyOg8FlYtmI04_C32Svaiw_asjl6lcr62sN7spXVeXcikUyFOejxwqXISGdOTiKatmqxs0mbyf5_b/s320/39.jpeg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgV6CsTsPxbmQar8YwC2r9afNB6mktSG2og-3PyNMN8Rvv5o9fVoQSP45Nizq4z7fFCD4WTbPOn8vYfp4ofMiCMJEbYi0qfLMrchdKSvzHYachVKL_ELxORJuvTq5HoWNOGkcS0txjicYSc6aF_qpA8VemBsPjIoDg-j7Jn2PzHtI6Bm0OEteYYkYHDlO6/s873/41.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="651" data-original-width="873" height="239" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgV6CsTsPxbmQar8YwC2r9afNB6mktSG2og-3PyNMN8Rvv5o9fVoQSP45Nizq4z7fFCD4WTbPOn8vYfp4ofMiCMJEbYi0qfLMrchdKSvzHYachVKL_ELxORJuvTq5HoWNOGkcS0txjicYSc6aF_qpA8VemBsPjIoDg-j7Jn2PzHtI6Bm0OEteYYkYHDlO6/s320/41.jpeg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyvjvsvIsEfYw4z7UW37vBO_-sBTY0UuVFgeXinlopQk5cuVSn4TJNf-MPNW7kUVsR7Lu_gmriUQt9WxLeTjtLBHcHnskNr8PuUVJm56rUFyGbYi_s7d3uBM3F3xrwC1yW4pD7wgjrBMwSU3YjmNoYiNgDPI86tGyRysMj5fOC0LhCDZQxSJYAZiVT3uRu/s833/40.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="655" data-original-width="833" height="252" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyvjvsvIsEfYw4z7UW37vBO_-sBTY0UuVFgeXinlopQk5cuVSn4TJNf-MPNW7kUVsR7Lu_gmriUQt9WxLeTjtLBHcHnskNr8PuUVJm56rUFyGbYi_s7d3uBM3F3xrwC1yW4pD7wgjrBMwSU3YjmNoYiNgDPI86tGyRysMj5fOC0LhCDZQxSJYAZiVT3uRu/s320/40.jpeg" width="320" /></a></div><br /><p></p>
<br />
<p class="MsoNormal">Esse singelo trabalho é dedicado ao meu querido amigo e meu
professor, Hamílcar Silveira Dantas Junior, um operário do serviço público, vinculado ao Programa de Pós-Graduação Interdiscplinar em Cinema, o PPGCINE, da Universidade Federal de Sergipe, a nossa uefesse, ou UFS!<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Marcos José de Souza, 12 de outubro de 2023, às 21:50h, concluído no dia dedicado ao professor e com a honrosa ajuda de Ariel Carvalho de Souza, nosso rebento caçula, às 10:16h.<o:p></o:p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><br /></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><br /></div>marcossertaniohttp://www.blogger.com/profile/12821047707886947649noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5169292185752140372.post-76320689167214371232023-09-25T07:14:00.001-07:002023-09-25T07:14:15.784-07:00<p style="text-align: center;"></p><div class="separator" style="clear: both; font-weight: bold; text-align: left;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmTY6utE2LBg9JaDyo7G01Zy3YM3G_BjbLsbdYehr4at3kElqXpVJf2LK3DwoGASmzJrUKCKifmi5-4kv_Jm5x7_bgnvUkg9PL0fi2rVF9IvnmDZMqWoHKzrW_ViZ_c7a6Cfc9J57v39iG_mfaJGoGEXTqScPjH6tswwFP4bG-yGI7jaCl4FZ55H-jQqJV/s4000/IMG_20230916_091946.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="4000" data-original-width="2992" height="220" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmTY6utE2LBg9JaDyo7G01Zy3YM3G_BjbLsbdYehr4at3kElqXpVJf2LK3DwoGASmzJrUKCKifmi5-4kv_Jm5x7_bgnvUkg9PL0fi2rVF9IvnmDZMqWoHKzrW_ViZ_c7a6Cfc9J57v39iG_mfaJGoGEXTqScPjH6tswwFP4bG-yGI7jaCl4FZ55H-jQqJV/w164-h220/IMG_20230916_091946.jpg" width="164" /></a><div class="separator" style="clear: both; font-weight: bold; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmVlWFR_99GM6mT1JESF4CiOzc-TaN0fNvMcRUkySOM0EN68_UjBBbKhxEA7jJQuncBcUJ5h66QAzVxEG69ebOH6ngF1daymGF1-PC0z7x6iGjJR8BHPRe5-1LMPh1_u99dlyqScKACABt6I1yy7XPPqw9chtc8ioNGH4ukZzSvKarK3fWge598lavSHaW/s4000/IMG_20230916_091957.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="4000" data-original-width="2992" height="196" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmVlWFR_99GM6mT1JESF4CiOzc-TaN0fNvMcRUkySOM0EN68_UjBBbKhxEA7jJQuncBcUJ5h66QAzVxEG69ebOH6ngF1daymGF1-PC0z7x6iGjJR8BHPRe5-1LMPh1_u99dlyqScKACABt6I1yy7XPPqw9chtc8ioNGH4ukZzSvKarK3fWge598lavSHaW/w147-h196/IMG_20230916_091957.jpg" width="147" /></a><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><div style="text-align: left;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjT2YqynQxje0Ot_rmIvwh39ZLUz9Y41nN-4fKVZ0GDN-pyOnrrbhvDo0uI-026TKkCzjOkDwqT8dJEHMrrUneg327tyqT6TvGO2OAwqg5Rs7MuELxpGGJy5ZyaXoTkHEPqofnuZQmyxMAX2yRoneDJWyHQrDUkVFkyFSnjPLbEeO3gUluTXvrIcmLLBORR/s4000/IMG_20230916_092016.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="4000" data-original-width="2992" height="177" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjT2YqynQxje0Ot_rmIvwh39ZLUz9Y41nN-4fKVZ0GDN-pyOnrrbhvDo0uI-026TKkCzjOkDwqT8dJEHMrrUneg327tyqT6TvGO2OAwqg5Rs7MuELxpGGJy5ZyaXoTkHEPqofnuZQmyxMAX2yRoneDJWyHQrDUkVFkyFSnjPLbEeO3gUluTXvrIcmLLBORR/w132-h177/IMG_20230916_092016.jpg" width="132" /></a></div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_gAxtCqBZtnOZY7WSOVGmT-eIZ8Ks0Tr4_jm7qYf0poQl5FhBm3Druza8xvIOBPurRrc866yrYAq4jGpDvfNLmJonJKd8t9_L-eBnZzTe_1YoaBixexmAstn1ttAQuKp9_QXivDDVMp4EIxidZKJER9gnKx46VRUwnAJChE8Q7b3CzpQmXcQh8xHRTKfi/s4000/IMG_20230919_171359.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="4000" data-original-width="2992" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_gAxtCqBZtnOZY7WSOVGmT-eIZ8Ks0Tr4_jm7qYf0poQl5FhBm3Druza8xvIOBPurRrc866yrYAq4jGpDvfNLmJonJKd8t9_L-eBnZzTe_1YoaBixexmAstn1ttAQuKp9_QXivDDVMp4EIxidZKJER9gnKx46VRUwnAJChE8Q7b3CzpQmXcQh8xHRTKfi/w149-h200/IMG_20230919_171359.jpg" width="149" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHnQBxhNJQ6sgyKxOWQ_2_sNvM70COM2JRS70OOEH-A5NCDOpmR8SXAuAHD-BV3DwiOGszNZrhmSs-CAdhF0RzSCjUdoFUg0vQnI4MsypdJ7fBkRY4wDzo1MD_Avgcg7g6pkhm9ezpNK-ZnI42HPhb_neucd6RuMqIQHGMxkhTGyHQBepLYdJL0g81FLfW/s4000/IMG_20230916_092010.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="4000" data-original-width="2992" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHnQBxhNJQ6sgyKxOWQ_2_sNvM70COM2JRS70OOEH-A5NCDOpmR8SXAuAHD-BV3DwiOGszNZrhmSs-CAdhF0RzSCjUdoFUg0vQnI4MsypdJ7fBkRY4wDzo1MD_Avgcg7g6pkhm9ezpNK-ZnI42HPhb_neucd6RuMqIQHGMxkhTGyHQBepLYdJL0g81FLfW/w135-h180/IMG_20230916_092010.jpg" width="135" /></a></div><br /></div></div><div class="separator" style="clear: both; font-weight: bold; text-align: center;"><br /></div><br /><div class="separator" style="clear: both; font-weight: bold; text-align: left;"><div class="separator" style="clear: both; font-weight: bold; text-align: left;"><div class="separator" style="clear: both; font-weight: bold; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjT2YqynQxje0Ot_rmIvwh39ZLUz9Y41nN-4fKVZ0GDN-pyOnrrbhvDo0uI-026TKkCzjOkDwqT8dJEHMrrUneg327tyqT6TvGO2OAwqg5Rs7MuELxpGGJy5ZyaXoTkHEPqofnuZQmyxMAX2yRoneDJWyHQrDUkVFkyFSnjPLbEeO3gUluTXvrIcmLLBORR/s4000/IMG_20230916_092016.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"></a></div></div><div style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"></div></div><div style="text-align: left;"><span style="font-weight: 700;"><br /></span></div><br /><br /><br /><br /><div style="text-align: left;"><span style="font-weight: bold;"> Resenha</span></div><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Sertões
Contemporâneos, Rupturas e Continuidades no Semiárido</span></i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">, da
professora Gislene Moreira, jornalista de formação e com uma caminhada bastante
sólida no campo da Comunicação Social e comprovadas com informações de
pesquisas feitas e apresentadas aqui neste livro, publicado pela Edufba e Eduneb,
no ano de 2018, ambas, editoras universitárias da UFBA e da UNEB,
respectivamente.</span> <span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O
livro é um trabalho feito após o seu doutoramento pela FLACSO, a Facultad
Latinoamericana de Ciencias Sociales, México. Nele faz uma análise desde a
cultura no nordeste brasileiro, especificamente a partir da etimologia, não no
sentido puramente linguístico, mas cultural e político das palavras Sertão,
semiárido e do processo de mutação política que esses dois termos foram
utilizados, durante a ocupação do território brasileiro aos dias atuais que o
livro é fruto já no século 21. Não apresenta data de elaboração, somente de
publicação que é de 2018. Mas, provavelmente pelas informações colocadas em
todo o texto, nós vamos tendo informações aqui e ali de que ele foi feito já
nesta segunda década do século XXI.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O
índice traz quatro capítulos com títulos bastante sugestivos, principalmente
para um leitor pesquisador professor nascido e residente também neste mesmo
lugar em que a pesquisadora faz suas exposições e análises, a saber, o sertão
culturalmente falando e politicamente também e o semiárido geograficamente
falando<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Partindo
da tese de que a expansão da pecuária foi o mote para a dominação dos Sertões
do Brasil aqui entendido como o interior deslocando-se do litoral, quer dizer
saindo do litoral em busca do que se diz em outras plagas, do paraíso perdido
do El dorado, Gislene Moreira traz a tese de que o boi é que movimentava a
economia naqueles tempos. Por exemplo o capítulo 1 intitulado A<i> Farra do
boi: identidade e tradição dos velhos Sertões,</i> o 2, <i>A Morte do boi: modernidade
e transições do Sertão semiárido</i>. O capítulo 3 <i>A Partilha do boi:
inovações da era Lula no semiárido; </i>por fim o capítulo 4, <i>O Boi neon e o
boi roubado: identidades e produção cultural dos Sertões do século XXI</i>.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A
tese central do livro de Gislene como o próprio título sugere é de
transformação aqui eu vou utilizar, o termo Sertão como aquele lugar distante
do litoral que está presente em toda região Nordeste e parte da Sudeste, com o Norte
de Minas Gerai incluído enfim, aquela região que ficou conhecida nacional e
internacionalmente como um lugar que não chove, que não há abundância e etc etc.
Esta afirmativa que faz vai exatamente na linha do que Gislene disserta, que o
sertão é aquele lugar que, desde a nossa colonização aos dias atuais, sofreu
processos de mudanças drásticas e até mesmo radicais, para usar linguagens
muito corriqueiras cotidianas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Apresentei
esse livro, de modo bastante rápido, no meu minicurso que ministrei
recentemente em evento de Ciências da Linguagem, pela Universidade Federal da
Bahia, o Na Trilha d’Os Sertões, estudo do livro Os Sertões, de Euclides da
Cunha. Na oportunidade, a partir da ótica de Euclides sobre o sertão, afirmei
que o próprio autor mudou de ponto de vista político convergindo com a tese de
Gislene, mais de 100 anos depois, de que o sertão nordestino é mutante.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Entretanto
a nossa interlocutora não entende, através de suas teses, que essa mutação seja
“natural”, muito pelo contrário, é política, é racionalizada, pensada. A autora
faz uso de alguns teóricos e conceitos dos quais cito Barbero e a tese da
hibridização cultural.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">É
um livro necessário não somente para quem quer pensar o Nordeste brasileiro,
mas a própria condução política desse lugar que ainda viceja por ser Nação. E
mesmo usando de teorias, a leitura é acessível, prazerosa e, o que é mais
importante, esclarecedora, sem radicalismos, mas com objetividade e firmeza. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Mais
uma vez afirmo, é uma leitura necessária.</span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">PS. Perdoem a falta de organização das faltas.</span></p>marcossertaniohttp://www.blogger.com/profile/12821047707886947649noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5169292185752140372.post-68538971575399985122023-09-14T18:00:00.002-07:002023-09-14T18:00:55.915-07:00<p> </p><p class="MsoNormal"><b>UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA<o:p></o:p></b></p>
<p class="MsoNormal"><b>INSTITUTO DE LETRAS<o:p></o:p></b></p>
<p class="MsoNormal"><b>IX ECLAE – ENCONTRO DAS CIÊNCIAS DA LINGUAGEM APLICADAS
AO ENSINO<o:p></o:p></b></p>
<p class="MsoNormal"><b>TEMA – PRÁTICAS EDUCATIVAS EM LÍNGUAS E LITERATURAS<o:p></o:p></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b>MINICURSO – </b><em><b><u><span style="background: white; border: none windowtext 1.0pt; color: black; font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-color-alt: windowtext; padding: 0cm;">Na Trilha d’Os Sertões, estudo do livro Os Sertões, de
Euclides da Cunha</span></u></b></em><em><b><u><span style="background: white; border: none windowtext 1.0pt; font-size: 12.0pt; font-style: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-style: italic; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;"><o:p></o:p></span></u></b></em></p>
<p class="MsoNormal"><b>MINISTRANTE – PROF. MARCOS JOSÉ DE SOUZA, COLÉGIO
ESTUDUAL PAULO FREIRE, FÁTIMA-BAHIA<o:p></o:p></b></p>
<p class="MsoNormal"><b>SALVADOR, BAHIA, 12 DE SETEMBRO DE 2023<o:p></o:p></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><em><b><u><span style="background: white; border: none windowtext 1.0pt; font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;"><o:p><span style="text-decoration: none;"> </span></o:p></span></u></b></em></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><em><b><u><span style="background: white; border: none windowtext 1.0pt; font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;"><o:p><span style="text-decoration: none;"> </span></o:p></span></u></b></em></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><em><b><u><span style="background: white; border: none windowtext 1.0pt; color: black; font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-color-alt: windowtext; padding: 0cm;">Na Trilha d’Os
Sertões, estudo do livro Os Sertões, de Euclides da Cunha</span></u></b></em><em><b><u><span style="background: white; border: none windowtext 1.0pt; font-size: 12.0pt; font-style: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-style: italic; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;"><o:p></o:p></span></u></b></em></p>
<p align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;"><em><b><span style="background: white; border: none windowtext 1.0pt; color: black; font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-color-alt: windowtext; padding: 0cm;">Marcos José de Souza</span></b></em><em><b><span style="background: white; border: none windowtext 1.0pt; font-size: 12.0pt; font-style: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-style: italic; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;"><o:p></o:p></span></b></em></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><em><b><u><span style="background: white; border: none windowtext 1.0pt; font-size: 12.0pt; font-style: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-style: italic; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;"><o:p><span style="text-decoration: none;"> </span></o:p></span></u></b></em></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><em><b><u><span style="background: white; border: none windowtext 1.0pt; font-size: 12.0pt; font-style: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-style: italic; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;"><o:p><span style="text-decoration: none;"> </span></o:p></span></u></b></em></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><em><span style="background: white; border: none windowtext 1.0pt; color: black; font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-color-alt: windowtext; padding: 0cm;">Leitura de
trechos do livro </span></em><strong><i><span style="background: white; border: none windowtext 1.0pt; color: black; font-size: 12.0pt; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-weight: bold; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-color-alt: windowtext; padding: 0cm;">Os Sertões</span></i></strong><strong><span style="background: white; border: none windowtext 1.0pt; color: black; font-size: 12.0pt; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-color-alt: windowtext; padding: 0cm;">, de E<i>uclides da Cunha</i> com abordagens dos temas relacionados ao
fato histórico ocorrido que o livro revela.</span></strong><strong><span style="background: white; border: none windowtext 1.0pt; font-size: 12.0pt; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;"><o:p></o:p></span></strong></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><strong><span style="background: white; border: none windowtext 1.0pt; color: black; font-size: 12.0pt; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-color-alt: windowtext; padding: 0cm;">Observaremos os
aspectos históricos que circundam a obra – contexto político e social
brasileiro no final do século XIX, bem como a formação política e acadêmica de
Euclides da Cunha, o autor; a poética de elaboração: a) a convocação para
cobrir a guerra; b) as entrevistas e pesquisas realizadas, no campo de batalha
e, principalmente c) a estrutura – divisão em partes e a ordem delas e d) a
linguagem literária em um obra não literária, no sentido estrito do termo, em
face das construções<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>frasais, do uso
recorrente de metáforas e, por isso, a linguagem poética em vários momento de Os
Sertões. Uso de trechos de filmes que abordam a temática.</span></strong><strong><span style="background: white; border: none windowtext 1.0pt; font-size: 12.0pt; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;"><o:p></o:p></span></strong></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><strong><span style="background: white; border: none windowtext 1.0pt; font-size: 12.0pt; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;"><o:p> </o:p></span></strong></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><strong><span style="background: white; border: none windowtext 1.0pt; color: black; font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: normal; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-color-alt: windowtext; padding: 0cm;">Programação</span></strong><strong><span style="background: white; border: none windowtext 1.0pt; color: black; font-size: 12.0pt; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-color-alt: windowtext; padding: 0cm;">:</span></strong><strong><span style="background: white; border: none windowtext 1.0pt; font-size: 12.0pt; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;"><o:p></o:p></span></strong></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><strong><span style="background: white; border: none windowtext 1.0pt; color: black; font-size: 12.0pt; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-color-alt: windowtext; padding: 0cm;">1ª hora e meia –
1º dia</span></strong><strong><span style="background: white; border: none windowtext 1.0pt; font-size: 12.0pt; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;"><o:p></o:p></span></strong></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="mso-list: l1 level1 lfo3; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;"><!--[if !supportLists]--><strong><span style="border: none windowtext 1.0pt; font-family: Symbol; font-size: 12.0pt; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: Symbol; padding: 0cm;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";">
</span></span></span></strong><!--[endif]--><strong><span style="background: white; border: none windowtext 1.0pt; color: black; font-size: 12.0pt; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-color-alt: windowtext; padding: 0cm;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Apresentação do tema do minicurso e do
ministrante ; em seguida, leitura de um dia do seu diário, o Diário de uma
expedição – 15 minutos;</span></strong><strong><span style="background: white; border: none windowtext 1.0pt; font-size: 12.0pt; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;"><o:p></o:p></span></strong></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="mso-list: l1 level1 lfo3; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;"><!--[if !supportLists]--><strong><span style="border: none windowtext 1.0pt; font-family: Symbol; font-size: 12.0pt; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: Symbol; padding: 0cm;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";">
</span></span></span></strong><!--[endif]--><strong><span style="background: white; border: none windowtext 1.0pt; color: black; font-size: 12.0pt; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-color-alt: windowtext; padding: 0cm;">Biografia de
Euclides da Cunha e o Brasil no final do século XIX – 15 minutos; distribuir um
texto de um dos trechos que destaquei no livro, denominado como arquivo
“primeira página”;</span></strong><strong><span style="background: white; border: none windowtext 1.0pt; font-size: 12.0pt; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;"><o:p></o:p></span></strong></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="mso-list: l1 level1 lfo3; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;"><!--[if !supportLists]--><strong><span style="border: none windowtext 1.0pt; font-family: Symbol; font-size: 12.0pt; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: Symbol; padding: 0cm;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";">
</span></span></span></strong><!--[endif]--><strong><span style="background: white; border: none windowtext 1.0pt; color: black; font-size: 12.0pt; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-color-alt: windowtext; padding: 0cm;">A poética de
elaboração do livro e exposição da sua estrutura– 15minutos;</span></strong><strong><span style="background: white; border: none windowtext 1.0pt; font-size: 12.0pt; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;"><o:p></o:p></span></strong></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="mso-list: l1 level1 lfo3; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;"><!--[if !supportLists]--><strong><span style="border: none windowtext 1.0pt; font-family: Symbol; font-size: 12.0pt; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: Symbol; padding: 0cm;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";">
</span></span></span></strong><!--[endif]--><strong><span style="background: white; border: none windowtext 1.0pt; color: black; font-size: 12.0pt; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-color-alt: windowtext; padding: 0cm;">Início da leitura
de trechos do livro e exposição de trecho do filme Guerra de Canudos 05
minutos- 45 minutos (incluindo o filme);</span></strong><strong><span style="background: white; border: none windowtext 1.0pt; font-size: 12.0pt; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;"><o:p></o:p></span></strong></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpLast" style="mso-list: l1 level1 lfo3; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;"><!--[if !supportLists]--><strong><span style="border: none windowtext 1.0pt; font-family: Symbol; font-size: 12.0pt; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: Symbol; padding: 0cm;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";">
</span></span></span></strong><!--[endif]--><strong><span style="background: white; border: none windowtext 1.0pt; color: black; font-size: 12.0pt; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-color-alt: windowtext; padding: 0cm;">Organizar uma
atividade prática – com um dos textos distribuídos, pedir que leiam e acompanhe
a nossa leitura; solicitar que façam um poema, ou tentem fazer, de algum dos
trechos distribuídos. </span></strong><strong><span style="background: white; border: none windowtext 1.0pt; color: black; font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: normal; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-color-alt: windowtext; padding: 0cm;">Atividade extra em função do aumento tempo
de exposição</span></strong><strong><span style="background: white; border: none windowtext 1.0pt; color: black; font-size: 12.0pt; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-color-alt: windowtext; padding: 0cm;"> </span></strong><strong><span style="background: white; border: none windowtext 1.0pt; font-size: 12.0pt; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;"><o:p></o:p></span></strong></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><strong><span style="background: white; border: none windowtext 1.0pt; font-size: 12.0pt; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;"><o:p> </o:p></span></strong></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><strong><span style="background: white; border: none windowtext 1.0pt; color: black; font-size: 12.0pt; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-color-alt: windowtext; padding: 0cm;">2ª hora e meia – 2º
dia</span></strong><strong><span style="background: white; border: none windowtext 1.0pt; font-size: 12.0pt; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;"><o:p></o:p></span></strong></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="mso-list: l1 level1 lfo3; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;"><!--[if !supportLists]--><strong><span style="border: none windowtext 1.0pt; font-family: Symbol; font-size: 12.0pt; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: Symbol; padding: 0cm;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";">
</span></span></span></strong><!--[endif]--><strong><span style="background: white; border: none windowtext 1.0pt; color: black; font-size: 12.0pt; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-color-alt: windowtext; padding: 0cm;">Exposição de
trecho do filme Paixão e Guerra no sertão de Canudos, de Antônio Olavo – 05
minutos</span></strong><strong><span style="background: white; border: none windowtext 1.0pt; font-size: 12.0pt; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;"><o:p></o:p></span></strong></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="mso-list: l1 level1 lfo3; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;"><!--[if !supportLists]--><strong><span style="border: none windowtext 1.0pt; font-family: Symbol; font-size: 12.0pt; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: Symbol; padding: 0cm;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";">
</span></span></span></strong><!--[endif]--><strong><span style="background: white; border: none windowtext 1.0pt; color: black; font-size: 12.0pt; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-color-alt: windowtext; padding: 0cm;">Continuação da
leitura de trechos do livro – 40 minutos</span></strong><strong><span style="background: white; border: none windowtext 1.0pt; font-size: 12.0pt; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;"><o:p></o:p></span></strong></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="mso-list: l1 level1 lfo3; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;"><!--[if !supportLists]--><strong><span style="border: none windowtext 1.0pt; font-family: Symbol; font-size: 12.0pt; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: Symbol; padding: 0cm;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";">
</span></span></span></strong><!--[endif]--><strong><span style="background: white; border: none windowtext 1.0pt; color: black; font-size: 12.0pt; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-color-alt: windowtext; padding: 0cm;">Exposição do filme
Na Terra do Sol, de Lula Oliveira – 15 minutos</span></strong><strong><span style="background: white; border: none windowtext 1.0pt; font-size: 12.0pt; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;"><o:p></o:p></span></strong></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="mso-list: l1 level1 lfo3; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;"><!--[if !supportLists]--><strong><span style="border: none windowtext 1.0pt; font-family: Symbol; font-size: 12.0pt; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: Symbol; padding: 0cm;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";">
</span></span></span></strong><!--[endif]--><strong><span style="background: white; border: none windowtext 1.0pt; color: black; font-size: 12.0pt; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-color-alt: windowtext; padding: 0cm;">Conclusão da
leitura de trechos do livro – 30 minutos</span></strong><strong><span style="background: white; border: none windowtext 1.0pt; font-size: 12.0pt; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;"><o:p></o:p></span></strong></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpLast" style="mso-list: l1 level1 lfo3; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;"><!--[if !supportLists]--><strong><span style="border: none windowtext 1.0pt; font-family: Symbol; font-size: 12.0pt; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: Symbol; padding: 0cm;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";">
</span></span></span></strong><!--[endif]--><strong><span style="background: white; border: none windowtext 1.0pt; color: black; font-size: 12.0pt; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-color-alt: windowtext; padding: 0cm;">Leitura
compartilhada com a entonação necessária a um livro literário. </span></strong><strong><span style="background: white; border: none windowtext 1.0pt; color: black; font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: normal; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-color-alt: windowtext; padding: 0cm;">Atividade
extra em função do aumento tempo de exposição.</span></strong><strong><span style="background: white; border: none windowtext 1.0pt; font-size: 12.0pt; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;"><o:p></o:p></span></strong></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><strong><span style="background: white; border: none windowtext 1.0pt; color: black; font-size: 12.0pt; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-color-alt: windowtext; padding: 0cm;">Observação – a
minutagem pode sofrer alteração em face das possíveis intervenções dos
cursistas.</span></strong><strong><span style="background: white; border: none windowtext 1.0pt; font-size: 12.0pt; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;"><o:p></o:p></span></strong></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><o:p> </o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal">RESUMO ENVIADO AO ECLAE<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><em><span style="font-family: "Calibri",sans-serif; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Leitura de trechos do livro <b>Os
Sertões</b></span></em><strong><span style="font-family: "Calibri",sans-serif; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">, de E</span></strong><em><b><span style="font-family: "Calibri",sans-serif; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">uclides da Cunha</span></b></em><strong><span style="font-family: "Calibri",sans-serif; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"> com abordagens dos temas relacionados ao fato
histórico ocorrido que o livro revela, a saber, a Guerra de Canudos; outra
FONTE será usada, o filme, trechos de 03(três) deles, que abordam de modos
diferentes o mesmo episódio tratado no livro.</span></strong><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal">DETALHES DO ROTEIRO<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="mso-list: l2 level1 lfo1; text-indent: -18.0pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="mso-list: Ignore;">1.<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";">
</span></span></span><!--[endif]-->Justificar a leitura de trecho do Diario de uma
expedição em face de ser uma fonte para Os Sertões – destacar as figuras de
estilo já usadas no diário e que serão ampliadas no livro; fazer um mapa da
região – contemporâneo à guerra e atual com as nossas cidades citadas no livro
e do entorno; elaborar uma página com capas do livro;<o:p></o:p></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="mso-list: l2 level1 lfo1; text-indent: -18.0pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="mso-list: Ignore;">2.<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";">
</span></span></span><!--[endif]-->Ao iniciar a exposição de detalhes do livro
lembrar de que as partes são distintas, mas o conjunto delas está nas três,
isto é, mesmo na parte destinada à Terra, informes das pessoas e do conflito já
aparecem, destacar “Higrômetros singulares”<o:p></o:p></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="mso-list: l2 level2 lfo1; text-indent: -18.0pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="mso-list: Ignore;">2.1.<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]-->As
metáforas; as sequencias verbais; os momentos poéticos.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpLast" style="mso-list: l2 level2 lfo1; text-indent: -18.0pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="mso-list: Ignore;">2.2.<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]-->Expor
três páginas, as iniciais de cada parte, somente para leitura, para que as/os
cursistas sintam a construção do texto, em si, sem a nossa intervenção.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p>Em “O que ocorrer”.</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="mso-list: l0 level1 lfo2; text-indent: -18.0pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="mso-list: Ignore;">1.<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";">
</span></span></span><!--[endif]-->Qual o lugar de Os Sertões nesse GT? Por ser
cânone nos livros didáticos, mesmo que sem o devido olhar, a leitura deve ser
feita por pequenas partes, em face do seu volume; <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>e o lugar histórico literário é o de
Modernista – rechaçamos a tese do Pré-<span style="text-indent: -18pt;">Modernismo.</span></p><p class="MsoListParagraphCxSpLast" style="mso-list: l0 level1 lfo2; text-indent: -18.0pt;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal"><b>UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA<o:p></o:p></b></p>
<p class="MsoNormal"><b>INSTITUTO DE LETRAS<o:p></o:p></b></p>
<p class="MsoNormal"><b>IX ECLAE – ENCONTRO DAS CIÊNCIAS DA LINGUAGEM APLICADAS
AO ENSINO<o:p></o:p></b></p>
<p class="MsoNormal"><b>TEMA – PRÁTICAS EDUCATIVAS EM LÍNGUAS E LITERATURAS<o:p></o:p></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b>MINICURSO – </b><em><b><u><span style="background: white; border: none windowtext 1.0pt; color: black; font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-color-alt: windowtext; padding: 0cm;">Na Trilha d’Os Sertões, estudo do livro Os Sertões, de
Euclides da Cunha</span></u></b></em><em><b><u><span style="background: white; border: none windowtext 1.0pt; font-size: 12.0pt; font-style: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-style: italic; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;"><o:p></o:p></span></u></b></em></p>
<p class="MsoNormal"><b>MINISTRANTE – PROF. MARCOS JOSÉ DE SOUZA, COLÉGIO
ESTUDUAL PAULO FREIRE, FÁTIMA-BAHIA<o:p></o:p></b></p>
<p class="MsoNormal"><b>SALVADOR, BAHIA, 13 DE SETEMBRO DE 2023<o:p></o:p></b></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b>SEGUNDO DIA<o:p></o:p></b></p>
<p class="MsoNormal"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span><b>1º
momento<o:p></o:p></b></p>
<p class="MsoNormal"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Assistir
à abertura de Guerra de Canudos, de Sergio Rezende; 8 min<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="text-align: justify;"><strong><span style="background: white; border: none windowtext 1.0pt; color: black; font-size: 12.0pt; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-color-alt: windowtext; padding: 0cm;">distribuir um texto de um dos trechos que destaquei no livro,
denominado como arquivo “primeira página”; 2 min.</span></strong><strong><span style="background: white; border: none windowtext 1.0pt; font-size: 12.0pt; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;"><o:p></o:p></span></strong></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><strong><span style="background: white; border: none windowtext 1.0pt; font-size: 12.0pt; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;"><o:p> </o:p></span></strong></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><strong><span style="background: white; border: none windowtext 1.0pt; color: black; font-size: 12.0pt; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-color-alt: windowtext; padding: 0cm;">reflexão sobre os textos: trecho do filme e primeira página do livro;
15 min.</span></strong><strong><span style="background: white; border: none windowtext 1.0pt; font-size: 12.0pt; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;"><o:p></o:p></span></strong></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><strong><span style="background: white; border: none windowtext 1.0pt; font-size: 12.0pt; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;"><o:p> </o:p></span></strong></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><strong><span style="background: white; border: none windowtext 1.0pt; color: black; font-size: 12.0pt; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-color-alt: windowtext; padding: 0cm;">outras leituras do livro, do episódio e alguns estudos sobre a obra Os
Sertões. 10 min.</span></strong><strong><span style="background: white; border: none windowtext 1.0pt; font-size: 12.0pt; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;"><o:p></o:p></span></strong></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpLast" style="text-align: justify;"><strong><span style="background: white; border: none windowtext 1.0pt; font-size: 12.0pt; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;"><o:p> </o:p></span></strong></p>
<p class="MsoNormal"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span><b>2º
momento<o:p></o:p></b></p>
<p class="MsoNormal"><b><o:p> </o:p></b></p>
<p class="MsoNormal"><b><span style="mso-tab-count: 1;"> </span></b><strong><span style="background: white; border: none windowtext 1.0pt; color: black; font-size: 12.0pt; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-color-alt: windowtext; padding: 0cm;">Continuação da leitura de trechos do livro, O HOMEM e A LUTA 40 min</span></strong><strong><span style="background: white; border: none windowtext 1.0pt; font-size: 12.0pt; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;"><o:p></o:p></span></strong></p>
<p class="MsoNormal"><strong><span style="background: white; border: none windowtext 1.0pt; font-size: 12.0pt; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;"><o:p> </o:p></span></strong></p>
<p class="MsoNormal"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span><b>3º
momento<o:p></o:p></b></p>
<p class="MsoNormal"><b><o:p> </o:p></b></p>
<p class="MsoListParagraph" style="text-align: justify;"><strong><span style="background: white; border: none windowtext 1.0pt; color: black; font-size: 12.0pt; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-color-alt: windowtext; padding: 0cm;">Exposição do filme Na Terra do Sol, de Lula Oliveira – 15 min</span></strong><strong><span style="background: white; border: none windowtext 1.0pt; font-size: 12.0pt; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;"><o:p></o:p></span></strong></p>
<p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><strong><span style="background: white; border: none windowtext 1.0pt; color: black; font-size: 12.0pt; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-color-alt: windowtext; padding: 0cm;">Conclusão da
leitura de trechos do livro – ? minutos</span></strong><strong><span style="background: white; border: none windowtext 1.0pt; font-size: 12.0pt; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;"><o:p></o:p></span></strong></p>
<p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><strong><span style="background: white; border: none windowtext 1.0pt; color: black; font-size: 12.0pt; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-color-alt: windowtext; padding: 0cm;">Debate, Reflexões
sobre o minicurso e solicitação de avaliação a ser enviada para o e-mail do
professor: </span></strong><a href="mailto:professormarcos1968@hotmail.com"><span style="background: white; border: none windowtext 1.0pt; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-style: italic; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;">professormarcos1968@hotmail.com</span></a><strong><span style="background: white; border: none windowtext 1.0pt; color: black; font-size: 12.0pt; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-color-alt: windowtext; padding: 0cm;"> ? minutos</span></strong><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><strong><span style="background: white; border: none windowtext 1.0pt; color: black; font-size: 12.0pt; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-color-alt: windowtext; padding: 0cm;"><br /></span></strong></p><p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><strong><span style="background: white; border: none windowtext 1.0pt; color: black; font-size: 12.0pt; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-color-alt: windowtext; padding: 0cm;">ALGUNS TRECHOS DESTACADOS NO MINICURSO</span></strong></p><p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><strong><span style="background: white; border: 1pt none windowtext; color: black; font-size: 12pt; line-height: 107%; padding: 0cm;"><br /></span></strong></p><p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><strong><span style="background: white; border: 1pt none windowtext; color: black; font-size: 12pt; line-height: 107%; padding: 0cm;">A TERRA</span></strong></p><p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 15.0pt; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">Nota I, p. 28 um detalhe sobre a paisagem: o
lugar dos <u>verbos</u>, <i>adjetivos</i> e <u>advérbios</u> na construção
textual<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 15.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>"Para o norte, porém, <u>inclinam-se</u> <b>mais
fortemente</b> as camadas. <u>Sucedem-se</u> cômoros, <i>despidos</i>, de pendores
rés <i>resvalantes</i>, <u>descaindo</u> <u>em quebradas</u> onde <u>enxurram</u>
torrentes <b>periódicas</b>, <u>solapando-os</u>; e pelos seus topos <u>divisam-se</u>,
<i>alinhadas</i> em fileiras, <i>destacadas</i> em lâminas, as mesmas
infiltrações quartzosas, <i>expostas</i> pela decomposição dos xistos em que se
<u>embebem</u> "<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 15.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 15.0pt; line-height: 150%;"><b>O HOMEM</b></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 15.0pt; line-height: 150%;"><b><br /></b></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Nota
VII páginas 115 e 116, o estouro da boiada nos verbos e em poesia<o:p></o:p></span></p><strong><span style="background: white; border: 1pt none windowtext; font-size: 12pt; font-weight: normal; line-height: 107%; padding: 0cm;"></span></strong><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">"De
súbito, porém, ondula um frêmito sulcando, num estremeção repentino, aqueles
centenários de dorsos luzidios. Há uma parada instantânea. Entrebatem-se, enredam-se,
traçam-se e alteiam-se fisgando vivamente o espaço, e inclinam-se, e
embaralham-se milhares de chifres. Vibra uma trepidação no solo; e a boiada <i>estoura</i>...
(em itálico no original)<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">A boiada arranca."<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">O estouro da boiada<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif;">"De súbito, porém, <o:p></o:p></span></i></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif;">ondula um frêmito<o:p></o:p></span></i></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif;"> <o:p></o:p></span></i></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif;">sulcando, <o:p></o:p></span></i></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif;">num estremeção repentino, <o:p></o:p></span></i></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif;">aqueles centenários de dorsos luzidios.<o:p></o:p></span></i></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif;"> <o:p></o:p></span></i></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Há uma parada instantânea. <o:p></o:p></span></i></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Entrebatem-se, <o:p></o:p></span></i></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif;">enredam-se, <o:p></o:p></span></i></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif;">traçam-se <o:p></o:p></span></i></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif;">e alteiam-se fisgando vivamente o
espaço,<o:p></o:p></span></i></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif;"> <o:p></o:p></span></i></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif;">e inclinam-se, <o:p></o:p></span></i></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif;">e embaralham-se milhares de chifres. <o:p></o:p></span></i></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif;"> </span></i></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Vibra uma trepidação no solo; <o:p></o:p></span></i></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif;">e a boiada estoura... <o:p></o:p></span></i></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif;"> </span></i></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif;">A boiada arranca."<o:p></o:p></span></i></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 15.0pt; line-height: 150%;">
</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> <b> A LUTA</b></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p><b><br /></b></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Nota
XLIII, p. 492: Mais um quadro dantesco, muito conhecido em livros, revistas que
tratam do assunto, a Guerra de Canudos. Neste momento temos os rostos e corpos
dos “sobreviventes” que ponho aspas tendo em vista que se tratava de mortos
vivos. O qual também transformamos em poema.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Copiar
a imagem para exibi-la.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">“Nem um rosto viril, nem um braço
capaz de suspender uma arma, nem um peito resfolegante de campeador domado:
mulheres, sem número de mulheres, velhas espectrais, moças envelhecidas, velhas
e moças indistintas na mesma fealdade, escaveiradas e sujas, filhos escanchados
nos quadris desnalgados, filhos encarapitados às costas, filhos suspensos aos
peitos murchos, filhos afastados pelos braços, passando; crianças, sem número
de crianças; velhos, sem número de velhos; raros homens, enfermos opilados,
faces túmídas e mortas, de cera, bustos dobrados, andar cambaleante.”<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><i>Beatinho e os sobreviventes<o:p></o:p></i></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">Nem um rosto viril, <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">nem um braço capaz de suspender uma arma, <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">nem um peito resfolegante de campeador domado: <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">mulheres, <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">sem número de mulheres, <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">velhas espectrais, <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">moças envelhecidas, <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">velhas e moças indistintas na mesma fealdade, <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">escaveiradas e sujas, <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">filhos
escanchados nos quadris desnalgados, <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">filhos
encarapitados às costas, <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">filhos
suspensos aos peitos murchos, <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">filhos
afastados pelos braços, passando;<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">crianças, <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">sem número de
crianças; <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">velhos, <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">sem número de
velhos; <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">raros homens, <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">enfermos opilados, <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">faces túmídas e mortas, de cera, <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">bustos dobrados, <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">andar cambaleante.”<span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Ps.
O título é nosso<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Publicação não revisada pelo autor.</span></p><b></b><p></p>marcossertaniohttp://www.blogger.com/profile/12821047707886947649noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5169292185752140372.post-10040285040146322202023-08-14T07:09:00.004-07:002023-08-14T07:13:25.867-07:00Um passeio pela saga de Antônio Conselheiro através do olhar de um latinoamericano peruano.<p> </p><p class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">A Guerra
do fim do mundo, Mario Vargas Llosa, 1981<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">A saga
de Antônio Conselheiro na maior aventura literária do nosso tempo<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Prêmio
Ernest Hemingway 1985<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Publicação
da Francisco Alves, 17ª edição,1990<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Tradução
de Remy Gorga, filho<o:p></o:p></span></b></p>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: right;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmw3tQfABciyK9WvqVRbH8tdiLj5uQpSu-Zwfdf3rdcRsZOXJLdqhIitJe3W1wOmGUZ0PnrhMt_tBit36kgVOO00POAu_R9O-jZVImI9zZ38ZVlhnuWOK1lIuMa6YvUrnFerNoY4tat_46zhNr69pOmOgJ1BmlXXztGgT6rIsWNir2usR7GNncCHdX9z0h/s1600/WhatsApp%20Image%202023-08-14%20at%2009.49.29.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1196" height="262" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmw3tQfABciyK9WvqVRbH8tdiLj5uQpSu-Zwfdf3rdcRsZOXJLdqhIitJe3W1wOmGUZ0PnrhMt_tBit36kgVOO00POAu_R9O-jZVImI9zZ38ZVlhnuWOK1lIuMa6YvUrnFerNoY4tat_46zhNr69pOmOgJ1BmlXXztGgT6rIsWNir2usR7GNncCHdX9z0h/w196-h262/WhatsApp%20Image%202023-08-14%20at%2009.49.29.jpeg" width="196" /></a></div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1BNYwQrRW3uiUVCHZ2yv3BIPKgT-uuu0MJgPfEHYPlp-yGyTDkKqRFB_3tv_hz4rwJlu_zwkxCPORTQuSr3Hl7tw9bkFSZxHDWt4TdcnLm_4JqTnBVxnDC_ecQokWqEDEGMearrwjb9L27A8NfIsZmvDfeB9VXAA4y_gzBnLI354zhe7ciwqoFsyUvtKY/s1600/WhatsApp%20Image%202023-08-14%20at%2009.49.29%20(1).jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1196" height="254" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1BNYwQrRW3uiUVCHZ2yv3BIPKgT-uuu0MJgPfEHYPlp-yGyTDkKqRFB_3tv_hz4rwJlu_zwkxCPORTQuSr3Hl7tw9bkFSZxHDWt4TdcnLm_4JqTnBVxnDC_ecQokWqEDEGMearrwjb9L27A8NfIsZmvDfeB9VXAA4y_gzBnLI354zhe7ciwqoFsyUvtKY/w190-h254/WhatsApp%20Image%202023-08-14%20at%2009.49.29%20(1).jpeg" width="190" /></a></div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9zMSOD2aoLG_rWyolN1OaoJBN_QA2jUHWuR5xMwtzMaQ4ylWJFHuFnW9gya0Nsqvzgd4rvrtSWRYd01kZzWDyHtwqolwb28Tt_gOmCSl-RloEE7tgfbdPonOiTG6FzwnsmlJQX5N7-xBA2BxhxR9gtqoTRVhxMxuDxefvylLwNHMSdQyUmSJcV8O3yRuY/s1600/WhatsApp%20Image%202023-08-14%20at%2009.49.28.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1200" height="282" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9zMSOD2aoLG_rWyolN1OaoJBN_QA2jUHWuR5xMwtzMaQ4ylWJFHuFnW9gya0Nsqvzgd4rvrtSWRYd01kZzWDyHtwqolwb28Tt_gOmCSl-RloEE7tgfbdPonOiTG6FzwnsmlJQX5N7-xBA2BxhxR9gtqoTRVhxMxuDxefvylLwNHMSdQyUmSJcV8O3yRuY/w212-h282/WhatsApp%20Image%202023-08-14%20at%2009.49.28.jpeg" width="212" /></a></div><br /><br /><br /><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: -35.45pt; text-align: justify;"><br /></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">O
primeiro contato que tivemos com a saga <i>A Guerra do Fim do Mundo,</i> de
Mário Vargas Llosa, se deu por acaso quando uma um exemplar da revista Veja
caiu em minhas mãos e, nas famosas páginas amarelas, fui atraído pelo título da
entrevista - do qual não me recordo -, feita com o escritor. E aí a partir da
Leitura foi identificando como as perguntas, e principalmente as respostas
dadas, estavam bem próximos de nós aqui de Fátima, à época recém-emancipado
município. E o que aparecia ali?, o nome de Simão Dias, cidade sergipana muito
conhecida de todos nós, que da minha lembrança, para usar uma expressão muito
cara a psicologia, na minha memória afetiva, fazia parte, pela linhagem materna,
minha mãe sendo das matas de Paripiranga e, por isso ela falava muito no
município vizinho, mas já Sergipe. Outra aproximação com a cidade dava-se
também por alguns estudantes daqui da vila, ainda, quando nossos primeiros
aventureiros estudantes que para lá se dirigiram como Milton de Seu Zé da Laje
e de dona Lucila. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Muitos
anos se passaram e eu tive o contato físico com o livro há muito tempo, cerca
de 20 anos, depois das minhas primeiras leituras com de Os Sertões, de Euclides
da Cunha e já sabedor de um pouco do conteúdo via algumas leituras superficiais
de revistas e jornais do cotidiano, de que esse livro se tratava de uma ficção,
entretanto misto de fatos reais e que o autor se apoderava dos fatos históricos
para criar situações. Assumo que tinha ciúmes, pois desde criança me atraiu o
Movimento de Canudos e a figura de Antônio conselheiro e, por extensão, o livro
Os Sertões e o próprio Euclides da Cunha e não via com bons olhos um
estrangeiro se apoderar de nossa história e ainda escrever do seu modo, a
história. Pensamento adolescente e limitado o meu.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Já
quando passava dos 40 anos adquiri o primeiro exemplar e com pouco tempo depois
ganhei de meu amigo, nosso Paulinho, escritor-poeta de Ribeira do Pombal, terra
do Beatinho, presente tanto em Os Sertões, quanto em A Guerra do fim do mundo,
mas a primeira leitura se deu quase 15 anos depois de ter adquirido o primeiro
exemplar<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Mas
e o livro do que trata? Como é de se esperar o próprio título e o subtítulo nos
dão informações, não são somente indícios do que trata aquela narrativa. Faço
saber que mesmo sendo um catatau de quase 600 páginas, é um livro delicioso de
se ler com seus personagens fictícios, outros somente substituídos os nomes
como um “determinado” Barão de Canabrava que aparece como uma das figuras
centrais na narrativa e evidentemente na narrativa histórica. A primeira dessas
quero classificar como literária e para ficar bem claro, nós temos a narrativa
literária e uma narrativa histórica. E de tudo o que para mim foi inédito, o
que mais me chamou atenção foi a construção do texto que é uma narrativa não
linear. O texto é composto por quatro partes o que vai na linha de Os Sertões, dividida
em três, entretanto não dá nomes a elas, somente enumera e dentro delas a
divisão em capítulos sempre enumerados e dentro de cada capítulo nós temos aquelas
narrativas não lineares e nem tão pouco paralelas, pois são quadros que ele vai
compondo esse mosaico que são protagonizados, tanto senhores da nobreza - já
extinta pela República, mas em termos de Brasil ainda hoje tem gente que se
sente pertencente, mas também temos rastreadores, pessoas pobres que conduziam
os soldados pelas veredas do Sertão -aqui a palavra veredas exatamente para
fazer uma homenagem ao grande João Guimarães Rosa, mulheres simples e cheias de
sabedoria, astutas, corajosas, pessoas com deformidades físicas como o Leão de
Natuba – ao lerem terão o que de maravilhoso atribuiu a personagem - <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>era alfabetizado!!! Eu considerei sensacional
esta criação, este sujeito histórico, esse personagem e Natuba é a atual Nova Soure.
Outros personagens também vão surgindo os quais serão expostos adiante.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Outra
percepção que temos ao lermos A Guerra do Fim do Mundo é sua relação com o
filme Guerra de Canudos,1997, de Sérgio Rezende, o qual, neste, optou por
tratar a guerra de Canudos a partir da ótica da vida de uma família e dentro
dessa família, o foco narrativo na filha mais velha, que se rebelou com a
presença e a influência de Antônio conselheiro na casa dos próprios pais. Desse
modo o filme Guerra de Canudos não trata da vida de Antônio Conselheiro, mas do
comportamento e trajetória de uma personagem fictícia, pelo menos até agora é
uma criação do diretor, (apesar dos indícios de uma leitura em José Calazans, mas
isso é assunto para outro texto), feminista(?), solteira que se prostitui e não
abandona o séquito do Conselheiro, apesar de não estar dentro dele, do séquito.
Mas como se dá essa contradição? É que ela se prostitui com soldados e depois
vai morar com um deles, portanto Exército e séquito do Conselheiro em Campos opostos,
mas muito próximos um do outro.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Portanto
reitero que o escritor peruano também retrata muito mais a vida de quem cerca
Antônio Conselheiro, sejam eles adversários ou companheiros e companheiras, do
que o próprio líder. Nós não podemos esquecer que tudo existiu a partir do
comportamento da vida que ele construiu para si e foi atraindo seguidoras e
seguidores: as intervenções e chegadas nas diversas localidades das regiões
Nordeste e Leste - isso mesmo não podemos esquecer que a época o mapa
geopolítico do Brasil trazia essas duas regiões - compreendendo sua caminhada
iniciada em Quixeramobim, no Ceará, encerrando em na antiga fazenda denominada
Canudos Velha, à beira do rio Vaza-Barris, percorrendo principalmente depois do
Ceará Pernambuco Sergipe e Bahia (Alagoas, nas minhas leituras não tenho
conhecimento dessa passagem pelo Estado alagoano).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Destacarei
alguns personagens dentre eles os já citados acima e alguns fatos que
considerei cinematográficos como por exemplo a morte dos amantes de Jurema,
casada com Rufino, o rastejador que depois foi violentada pelo revolucionário
irlandês Galileu Gall – cuja presença não tenho clareza até mesmo da
necessidade na narrativa. Ela, Jurema, cujo faz jus à força e determinação
feminina tal qual a árvore do semiárido, mais adiante, vai viver um romance
quente em pleno tiroteio da guerra, com o jornalista míope, assim mesmo, sem
nome que Vargas Llosa homenageia, ao meu ver, Euclides da Cunha.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Outros
grande e profundos personagens são as mulheres, aquelas que cuidam da saúde e
da religiosidade em Belo Monte, que é o nome dado à cidade de Canudos, pelo Conselheiro
e pelos seguidores deste; também temos a esposa do Barão e sua companhia; o
padre de Cumbe, colaborador do Belo Monte e pai de algumas crianças; a mãe
dessas crias, fruto do relacionamento com esse religioso. Enfim o quadro
composto por Vargas Llosa é rico e atende aos gostos literários de muitas e
muitos que se aventurem por suas centenas de páginas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Recomendamos
a leitura, a aventura na história, nos conflitos internos e sociais, enfim,
pelo conjunto da obra. A duração e o ritmo da leitura são, como sempre,
individuais, pois alguém pode ler de 50 a 100 páginas por dia, ou, conforme destaquei
aqui, pode ser lido é um ritmo lento, ao fazer somente um quadro de cada capítulo
por dia.</span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">PS. Texto não revisado pelo autor.</span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><br /></span></p>marcossertaniohttp://www.blogger.com/profile/12821047707886947649noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5169292185752140372.post-89757718820002375282023-07-05T11:01:00.000-07:002023-07-05T11:01:24.266-07:00<p> </p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">A
Pedagogia do Cinema via Montagem – reflexões desse campo de estudos sobre o
filme Guerra de Canudos, de Sérgio Rezende<o:p></o:p></span></b></p>
<p align="right" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: right;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Marcos
José de Souza<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">RESUMO<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">O trabalho ora
concluído se insere no campo dos estudos sobre Cinema, em particular, a
Pedagogia do Cinema, via Montagem, quando aqui elaboramos um percurso teórico a
partir das ideias da pedagogia pobre, de imagem, de experiência, consideradas
basilares para aquela pedagogia. Esse artigo foi elaborado a partir do diálogo
com as seguintes fontes de pesquisadores <span style="color: #231f20;">BONDIA(2002),</span>
GALLO(20016), MASSCHELEIN(2008) e MIGLIORIN e BARROSO (2016), que tratam
indiretamente do tema, a partir dos conceitos de imagem, experiência, de
pedagogia pobre e, em especial, sobre pedagogia do cinema:montagem. Usamos
ainda como fonte para confrontação dialógica dessa Pedagogia do Cinema, via
Montagem, 03(três) cenas do filme Guerra de Canudos, 1997, de Sergio Rezende. Por
se tratar de um campo recente de estudos, nossos resultados são provisórios,
entretanto vislumbram uma riqueza de possibilidades, pois trata-se de uma área
que dialoga com a produção fílmica, a recepção da arte, estudos da imagem,
majoritariamente.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">PALAVRAS-CHAVE: </span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Pedagogia do
Cinema: Montagem. Antipedagogia. Imagem. Experiencia. Guerra de Canudos.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;"></p><p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin-left: 14.2pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -14.2pt;"><!--[if !supportLists]--><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"><span style="mso-list: Ignore;">1.<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span></b><!--[endif]--><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Introdução<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O
que ensinar? Por que ensinar? Quem deve ensinar (quem deve aprender?) Quando
ensinar? Como ensinar?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Estas
e outras perguntas provocativas servem para que possamos mergulhar nesse
universo, o da Pedagogia e pensarmos sobre momentos, circunstâncias, razões,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>justificativas, necessidades, desejos de
aprender, de saber, uma vez que se pergunto sobre “ensinar”, o que aprender é a
outra face (não seria a mesma?) da ação ...pensemos juntos incluindo
também<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>o cinema nessa peleja boa.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">E
é sobre isso que me proponho a analisar neste artigo, a Pedagogia do Cinema a
partir da montagem, ou, como afirma MIGLIORIN e BARROSO(2016) em artigo
germinal sobre esse universo, tratar o cinema como arte que carrega em si uma,
duas, três ou mais pedagogias, quando pluraliza essa área do ensino, a pedagogia,
destacando a montagem cinematográfica como uma delas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Partindo
de algumas reflexões em torno de temas afins, mas também ainda germinais como
Pedagogia Pobre ou anti-Pedagogia, Experiência e implicações no nosso pensar,
refletir em torno de imagem e suas possibilidades, através de trabalhos dos
pesquisadores Bondía(2002), Gallo(2016) Masschelein(2008) tentaremos construir
um caminho que nos leve à Pedagogia do Cinema, via montagem, a fim de, no
segundo momento do trabalho, analisar, à luz da Pedagogia do Cinema:montagem, três
cenas do filme Guerra de Canudos, 1997, de Sergio Rezende, a saber, as cenas de
abertura e a cena de encerramento, tendo em vista o caráter de apresentação do
ambiente e o da chegada e de partido rumo ao desconhecido que os personagens
enfrentaram e enfrentarão, respectivamente.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O
filme Guerra de Canudos trata da vida de uma família residente no semiárido
baiano que recebe a visita do peregrino Antonio Conselheiro, o qual partiu do
Estado do Ceará, a pé, rezando, celebrando batizados e casamentos, pregando a
pobreza e condenando o casamento civil, construindo e/ou restaurando cemitérios
e igrejas, já sob o regime político instaurado após a Proclamação da República.
<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Ao
chegar à Bahia encontra a família de Penha e Lucena e suas duas filhas e mais
um filho, Luísa , Tereza e Toinho. Em face dos desmandos e da opressão do novo
regime político, Lucena decide largar tudo e parte junto com o Conselheiro. Mas
Luísa, sua filha mais velha não adere à decisão do pai e foge de casa. Se prostitui,
casa com um soldado desertor da guerra e após ficar viúva, torna-se amante de
Luís da Gama, Tenente do Exército. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Nas
idas e vindas da vida de Luísa o séquito do Conselheiro se instala às margens
do rio Vaza-Barris e ali constroem uma cidade. Esta é vista pelos governos como
um atentado à República e decide atacar em 04(quatro) expedições na tentativa
de destruir o Belo Monte (é o nome da cidade) o que consegue, deixando um
rastro de morte, sangue, cadáveres insepultos e muita fome e gente doente...e
inválida. Da família dos Lucena restaram Luísa e Tereza que dos escombros
partem para o desconhecido.<o:p></o:p></span></p><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"></span><p></p>marcossertaniohttp://www.blogger.com/profile/12821047707886947649noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5169292185752140372.post-48557114595498823252023-06-21T17:16:00.005-07:002023-06-21T17:16:52.888-07:00<p> <span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; text-align: center;">MOMENTOS
DECISIVOS DO CONFLITO NO FILME GUERRA DE CANUDOS, DE SÉRGIO REZENDE</span></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;">INTRODUÇÃO<b><o:p></o:p></b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><o:p> </o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A
História é a forma científica da memória coletiva, como nos ensina Le Goff em
Documento/Monumento<b> </b>cujas possibilidades de registros apresentam-se nos
formatos de documentos e de monumentos. Entretanto esses dois “modos” não
possuem características definidas, isto é, o que se convencionou chamar <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>de documento, por exemplo, há décadas que essa
hegemonia do oficial, do que está escrito e disseminado pelo poder público,<b> </b>isto
é, escrito e posteriormente considerado autoridade, foi dando espaço a outros
formatos, outras linguagens, dentre elas a Imprensa, a Literatura, o Cinema, como
também nos orienta o teórico francês citado acima. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A
primeira dessas linguagens, a imprensa<b>,</b> indicada acima tem uma
aproximação maior que as demais em relação ao documento oficial, uma vez que
não se trata de uma manifestação artística como as demais, entretanto é
passível de um “atestado” de credibilidade pelo poder público mesmo quando o
seu produto, a notícia, não for elaborada e veiculada pelos órgãos oficiais,
isto é, os órgãos do poder.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A
despeito disso, tanto a Literatura, quanto o Cinema, vêm, ao longo do século XX
consolidando suas potencialidades como detentoras de conhecimento histórico,
seja revisitando e revisando um tema, contestando-o ou até mesmo dando-lhe
visibilidade (ROSENSTONE, 2010). E para essas duas grandes áreas da produção do
conhecimento artístico e com conteúdo histórico, podemos citar dois grandes
exemplos, separados por um século de vida, quais sejam, o livro Os Sertões, de
Euclides da Cunha, publicado em 1902, mas cujo assunto foi a guerra de Canudos,
encerrada em 1897. Em 1997 é lançado o filme Guerra de Canudos, de Sergio
Rezende, que, baseado em O Rei dos Jagunços, de Manuel Benício e também em Os
Sertões, traz à tela, literalmente falando, o episódio do conflito bélico que
ocorreu no sertão da Bahia, no final do século XIX.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">É
a partir desse preâmbulo que nossos olhos se direcionarão na tentativa de
entender e explicar o modo como Sergio Rezende construiu seu filme e sua
narrativa ao dar visibilidade a um tema caro ao povo brasileiro, a ação de Antônio
Conselheiro, do povo de Belo Monte e da ofensiva do Exército Brasileiro contra sobre
os integrantes da comunidade sócio religiosa e o líder Conselheiro cujos
desdobramentos <span style="color: black;">poderão ser identificados e analisados
sob a ótica proposta pelo presente estudo</span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Ao
buscar bases cientificas para a produção deste conhecimento, foi nos
apresentado um modo relativizador através da leitura de (NÓVOA. 2008), mas não
menos sério, de abordar essa relação profícua, mas ainda não digerida por parte
da Historiografia, que é o binômio Cinema – História, o qual apresenta as
dimensões Educativa, Transdisciplinar, Estética, Dialética, Didático-Pedagógica.
Evidentemente que cada uma delas, Cinema e História, possuem suas
especificidades metodológicas, pois enquanto esta é uma ciência, a outra é uma
manifestação artística. Mas algumas obras de arte, transcendem todas as possíveis
dimensões às quais estão sujeitas (ou forjam essas dimensões) alcançando a
dimensão clássica (?)(...) transcendentes às suas historicidades. (NÓVOA. 2008)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">E
é na esteira da transcendência que um filme histórico, como nos ensina Barros,
2014, pode causar mais impacto que um livro de História ou de Ciências Sociais,
quando ambos tratam o mesmo tema, pois o filme “revive” o dado momento, o que
provoca no espectador a sensação de estar vivendo o momento, mesmo que se saiba
que ali é uma representação. Desse modo pode-se considerar que um filme pode
ser um agente histórico, quando interfere no cotidiano de uma dada comunidade,
ou até mesmo sociedade. Podem ainda servir de fonte histórica, quando o seu
conteúdo já passa de produto de pesquisa, para produto de pesquisador, seja
para referendar, contestar, ou anular (será isso possível, anular uma fonte
histórica? Deixemos essa pergunta sem resposta, por enquanto).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O
cinema em sua dimensão transdisciplinar exige do cineasta que se debruce sobre
outras linguagens e outras ciências quando abordagem histórica assim o exigir,
mas este debruçar-se não faz dele um historiador, ou linguista, caso seu filme
seja uma viagem arqueológica sobre escritos antigos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A
dimensão pedagógica da relação Cinema-História é tão inquietante e incisiva que
temos a sensação de participação direta de nós espectadores, ao assistirmos
algo, apesar da certeza de que tudo não passa de “ilusão momentaneamente real”,
afinal ninguém sai o mesmo depois de uma boa sessão de cinema. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">É
a partir desses pressupostos até aqui delineados sucintamente, que o professor
e pesquisador Jorge Nóvoa nos incita a pensar a pesquisa a partir do Cinema, em
diálogo com os mais diversos saberes, aqui a História, sob o binômio da
razão-poética, pois é “[D]a capacidade do cinema de capturar a objetividade do
real, assim como a dor, o prazer e o desejo, constitui um aspecto da relação
cinema-história tão rico quanto inexplorado e de circunstâncias transcendentes”(idem).
Teremos assim um novo paradigma que pensa o conhecimento a partir das relações
sensoriais em constante diálogo com a razão, denominada por Nóvoa, de razão
pura. Portanto em diálogo aberto e sem hierarquizações teríamos a <i>razão
poética</i>.<o:p></o:p></span></p>marcossertaniohttp://www.blogger.com/profile/12821047707886947649noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5169292185752140372.post-76793593742993525562023-06-11T15:08:00.000-07:002023-06-11T15:08:41.234-07:00<p> </p><p class="MsoNormal"><i>Benjamin Abrahão: entre anjos e cangaceiros, de Frederico
Pernambucano de Mello, Escrituras Editora, São Paulo, 2012.<o:p></o:p></i></p>
<p align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;"><i>Marcos José de Souza<o:p></o:p></i></p>
<p class="MsoNormal"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><span style="mso-no-proof: yes;"><!--[if gte vml 1]><v:shapetype
id="_x0000_t75" coordsize="21600,21600" o:spt="75" o:preferrelative="t"
path="m@4@5l@4@11@9@11@9@5xe" filled="f" stroked="f">
<v:stroke joinstyle="miter"/>
<v:formulas>
<v:f eqn="if lineDrawn pixelLineWidth 0"/>
<v:f eqn="sum @0 1 0"/>
<v:f eqn="sum 0 0 @1"/>
<v:f eqn="prod @2 1 2"/>
<v:f eqn="prod @3 21600 pixelWidth"/>
<v:f eqn="prod @3 21600 pixelHeight"/>
<v:f eqn="sum @0 0 1"/>
<v:f eqn="prod @6 1 2"/>
<v:f eqn="prod @7 21600 pixelWidth"/>
<v:f eqn="sum @8 21600 0"/>
<v:f eqn="prod @7 21600 pixelHeight"/>
<v:f eqn="sum @10 21600 0"/>
</v:formulas>
<v:path o:extrusionok="f" gradientshapeok="t" o:connecttype="rect"/>
<o:lock v:ext="edit" aspectratio="t"/>
</v:shapetype><v:shape id="Imagem_x0020_3" o:spid="_x0000_i1027" type="#_x0000_t75"
style='width:137.25pt;height:206.25pt;visibility:visible;mso-wrap-style:square'>
<v:imagedata src="file:///C:/Users/Marcos/AppData/Local/Temp/msohtmlclip1/01/clip_image001.jpg"
o:title=""/>
</v:shape><![endif]--><!--[if !vml]--><img height="275" src="file:///C:/Users/Marcos/AppData/Local/Temp/msohtmlclip1/01/clip_image001.jpg" v:shapes="Imagem_x0020_3" width="183" /><!--[endif]--></span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-no-proof: yes;"><!--[if gte vml 1]><v:shape id="Imagem_x0020_4" o:spid="_x0000_i1026"
type="#_x0000_t75" style='width:137.25pt;height:203.25pt;visibility:visible;
mso-wrap-style:square'>
<v:imagedata src="file:///C:/Users/Marcos/AppData/Local/Temp/msohtmlclip1/01/clip_image002.jpg"
o:title=""/>
</v:shape><![endif]--><!--[if !vml]--><img height="271" src="file:///C:/Users/Marcos/AppData/Local/Temp/msohtmlclip1/01/clip_image002.jpg" v:shapes="Imagem_x0020_4" width="183" /><!--[endif]--></span><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="mso-no-proof: yes;"><!--[if gte vml 1]><v:shape id="Imagem_x0020_5"
o:spid="_x0000_i1025" type="#_x0000_t75" alt="Blog do Mendes & Mendes: Benjamin Abrahão: entre anjos e cangaceiros"
style='width:144.75pt;height:195.75pt;visibility:visible;mso-wrap-style:square'>
<v:imagedata src="file:///C:/Users/Marcos/AppData/Local/Temp/msohtmlclip1/01/clip_image003.jpg"
o:title=" entre anjos e cangaceiros"/>
</v:shape><![endif]--><!--[if !vml]--><img alt="Blog do Mendes & Mendes: Benjamin Abrahão: entre anjos e cangaceiros" height="261" src="file:///C:/Users/Marcos/AppData/Local/Temp/msohtmlclip1/01/clip_image003.jpg" v:shapes="Imagem_x0020_5" width="193" /><!--[endif]--></span><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal">Ao adentrar o campus da nossa Universidade Federal de
Sergipe, mais precisamente no Departamento de Educação Física, fui recebido
pelos parceiros do Grupo de Pesquisa Cinema e História, Janisson, Hamílcar –
nosso coordenador – e Marcelo; Onesino Neto chegou logo depois. De Marcelo,
recebi o livro Benjamin Abrahão: Entre anjos e cangaceiros de Frederico
Pernambucano de Mello, uma agradável surpresa, principalmente porque ele disse
que não era somente eu quem presenteava com livros – o parceiro fez alusão a um
livro dado por mim aos integrantes do grupo.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">E cá estou para registrar minha leitura, feita com a
tranquilidade que um professor quase aposentado se permite – leitura pausada,
sem pressa.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Além da própria vida no Juazeiro do Norte, do imigrante sírio-libanês,
como o título sugere, há um quadro da correlação de forças no Nordeste
Brasileiro, quando ainda tínhamos a região Leste (mas essa informação é somente
um detalhe), destacando-se nessa correspondência a figura do Padre Cícero Romão
Batista. Entretanto, o rápido olhar dessa produção textual vai se concentrar
somente nas aparições, pelo qual o Estado de Sergipe é mencionado na obra já anunciada
e identificada no presente texto.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">A seguir, as declarações reproduzidas listam as aparições nos
excertos somente para título de registro textual – a obra não está copiada plenamente
a fim de permitir que, a quem for ler o livro, sinta o deleite da novidade com
o que não será transcrito; a cada menção é realizado um breve comentário sobre esses
trechos – doravante o nome Benjamin Abrahão será grafado com as iniciais BA:<o:p></o:p></p>
<p class="CitaoDiretaLonga" style="margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 4.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt;">No verão de 1936, está em Aracaju para esse fim,
anotando na caderneta que tomara o trem na estação do Visgueiro, município de
Muribeca, depois de ficar " de 14 a 18 de outubro em Propriá ", de jantar
na "Vila do Cedro a 19 no sítio do senhor José Vieira, ", quando
finalmente apanha o trem para a capital. (p. 135).<o:p></o:p></p>
<p class="CitaoDiretaLonga" style="margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 4.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt;">No dia seguinte, dá uma olhada no mar - alegria do
matuto em que se convertera - e, no combinado da véspera, é recebido na redação
do ‘Correio de Aracaju’, jornal de renome na terra. Do resultado da conferência
de imprensa, a folha se ocupa em boa parte da terceira página, edição de 21 de outubro
(p. 135-136)<span style="mso-tab-count: 1;"> </span><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Esses dois primeiros pontos em evidência registram a
passagem de BA pelo Estado Sergipe.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">“Comensal de um governador de Estado, ao menos o de Sergipe,
depois interventor federal [...]” (p.141).<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">O autor se refere à relação protetiva entre as autoridades
legal e a clandestina; este vínculo não aparece na citação, mas trata-se de
Lampião e seus companheiros e companheiras. Vejam que o adjetivo usado é “comensal”,
mas funcionando como substantivo, é um termo elegante, diria até literato, para
designar a relação parasitária entre os dois homens de poder no cenário
sergipano, um legalizado, constituído por força de lei do Estado, o outro, o
poder da força física e da capacidade de alheamento de liderados. O primeiro,
na cidade, o segundo, no campo.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">“Outra anotação nos fala de um Virgulino que já conhecia o
cinema. Que já se deliciara até mesmo com a fruição de um longa-metragem
completo. Na cidade de capela, Sergipe, em 1929” (p. 163).<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Nesse trecho temos um registro de anotação de BA dando conta
de mais um bom momento de Lampião em terras sergipanas, na oportunidade, em
momento de lazer com a sétima arte. Outro detalhe importante é a presença do
cinema no interior do Estado. Pergunta-se: esta sala ainda está funcionando?<o:p></o:p></p>
<p class="CitaoDiretaLonga" style="margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 4.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt;">O engenheiro Silva Lima, chefe da comissão baiana de Inspetoria
Federal de Obras contra as Secas declarava ao jornal A tarde de Salvador, no
final de 1937: "Quem nunca viajou pelo nordeste da Bahia e oeste de
Sergipe não faz ideia do pavor que reina naquelas bandas, produzido pelas
antigas incursões de bandidos nas várias localidades e pelo perigo que as
populações consideram sempre iminente de novas entradas” (p. 174).<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">“1930 - Ferimento a bala no quadril, leve, no município de
pinhão Sergipe, tratamento também caseiro’” (p. 191).<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">“Vêm a seguir as cidades que o bandoleiro conhecera por bem
ou por mal, conservadas a ordem do ditado e a nomenclatura de época[...] Sergipe
- Capela, Aquidabã, dores saco do Ribeiro, boca da mata” (p. 191).<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">“[...] assinale-se a perspicácia de omitir cidades que
frequentava disfarçado, sobre a proteção do chefe local [...]. Ou Propriá,
Sergipe. Ou mesmo Aracaju, pelas mãos do coronel Hercílio de Brito” (p. 191).<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Nesses trechos temos a indicação da passagem de Lampião e
seu séquito, de modo livre e às vezes com a anuência da autoridade local, ou
como prisioneiro, neste caso algum membro.<o:p></o:p></p>
<p class="CitaoDiretaLonga" style="margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 4.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt;">O segundo: "Queimada do milho, município de São
Paulo Sergipe, nove índios molestaram até a morte o menino de 17 anos chamado Aymuth".
São Paulo hoje é Frei Paulo. O nome da vítima sugere que seria índio também.
Fica a angústia de Benjamin diante dos acontecimentos. E a comprovação do
quanto se espalhou nas andanças do período, pois que segue daí para Carira no
mesmo Estado, onde dorme "em casa de Miguel José dos Anjos, a 28 de
outubro de 1936”, entrando na Bahia no dia seguinte. Um viageiro insaciável. (p.
199).<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">No excerto supramencionado o autor traz anotações de BA
quando passou pelos municípios citados ao se deparar com atos que lhe chamaram
a atenção. Depreende-se também do acolhimento que o estrangeiro dispunha por
onde passava – mas nem sempre foi assim.<o:p></o:p></p>
<p class="CitaoDiretaLonga" style="margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 4.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt;">Amizades feitas de Fortaleza aos Sertões de Sergipe E
da Bahia, os convites de trabalho começam a chegar à base montada no Pau Ferro.
Onde dois olhos negros, redondos e doces tinham se aliado, nos últimos dias, às
razões negociais de permanência do nosso homem de cinema na vilazinha
progressista (p. 244).<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Esse trecho da página 244 ilustra outra vertente do
secretário do Padre Cícero, o BA, a vaquejada.<o:p></o:p></p>
<p class="CitaoDiretaLonga" style="margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 4.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt;">Não é tudo, no plano da política tributária do
capitão Virgulino, efervescência de aprimoramento no período. Há dois casos
documentados, ao menos, de compra e venda de propriedades rurais taxadas por um
arremedo de imposto de transmissão. Um em Sergipe, figurando como
"contribuinte" certo senhor Ávio Brito [...] (p. 252).<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Outro registro do livre trânsito de Lampião em terras
sergipanas onde aparece como proprietário de imóvel.<o:p></o:p></p>
<p class="CitaoDiretaLonga" style="margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 4.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt;">O analista de hoje, com a segurança do acesso a
depoimentos dados por ex-cangaceiros depois de extinto o cangaço, nota ser
irretocável a geografia do bando traçado por Mariano para o meado dos anos 30,
na longa entrevista concedida ao jornal recifense. Ouçamos suas palavras: “Lampião,
nesses últimos tempos, tem-se embrenhado nas caatingas do Estado de Sergipe e
se demora principalmente nos municípios de Porto da Folha, Simão Dias, Aquidabã,
Gararu e Frei Paulo, sendo neste último que o bandido-chefe fez, com uma certa
segurança, o seu quartel-general. De quando em vez, Lampião, à frene de uma
parte de seu grupo, invade a Bahia, entrando ali nos municípios de Jeremoabo, Cícero
Dantas e Paripiranga, que separam os Estados da Bahia e Sergipe (p. 254).<o:p></o:p></p>
<p class="CitaoDiretaLonga" style="margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 4.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt;">[...] Enquanto isso se dá, “os grupos de Corisco,
Luís Pedro, Ângelo Roque, Moreno, José Sereno, Moita Braba, Chumbinho, Pedra
Rocha e outros, matam, roubam, promovem incêndios, praticando, enfim, toda
sorte de misérias.” Para fechar o roteiro, antes do regresso à amenidade das
estações d’água em Sergipe [...] (p. 254-255).<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Esta citação, também citada pelo autor, são palavras do tenente
Luís Mariano da Cruz, da polícia de Pernambuco. O que chama a atenção é o
distanciamento geográfico das cidades sergipanas para o percurso feito na Bahia
e, neste interim, destaca-se Simão Dias, Sergipe, como passagem de Lampião,
também fora da rota das demais cidades sergipanas.<o:p></o:p></p>
<p class="CitaoDiretaLonga" style="margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 4.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt;">Eis aí o GPS dos caminhos recorrentes de Lampião por
toda a segunda metade dos anos 30 - no que seria a visão cibernética de um
jovem de hoje - revelado por quem sabia do que falava, com responsabilidade e
fé de ofício para fazê-lo. <u>Vida mansa</u> que poderia ter escorrido por mais
vinte ou trinta anos balizada por Águas belas ao norte, e frei Paulo, ao sul
Pernambuco e Sergipe respectivamente, feudos de coronéis poderosos encravados
em ambos os polos- Audálio Tenório, pelo alto, Napoleão Emídio fechando o lado
de baixo- <u>não fora o afiamento dos dentes do Estado Novo no início de 1938 </u>levando
os coronéis das extremas, e praticamente todos os demais, a revogarem o apoio
rentável que liberalizavam <u>em favor do cangaço havia décadas,</u> na
preocupação repentina de salvar a própria pele. (p. 255, grifos nossos).<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">O texto supracitado mantém a constância das informações a
respeito do Tenente Mariano sobre as boas relações do Cangaço, sob a
corporificação de Lampião, com as forças econômicas, mais precisamente nesse
mesmo fragmento, os famosos coronéis do interior do Brasil, cuja hegemonia foi
atribuída somente ao Nordeste Brasileiro, o que não é verdade, afinal todas as
regiões desse país tiveram seus coronéis – alguns juram que eles existem ainda
e eu sou um deles. Os grifos nossos destacam e reforçam o que já havia sido
comentado no presente estudo.<o:p></o:p></p>
<p class="CitaoDiretaLonga" style="margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 4.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt;">Estava aberta a pista pela qual correria contra o
tempo, no afã de distribuir o produto pelo comércio fixo e pelas feiras de Pernambuco,
Ceará, Alagoas Bahia e Sergipe na melhor configuração. Tinha nas mãos um
produto cultural vendável e barato, ante o qual nenhum sertanejo se quedaria
diferente (p. 262).<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Esse trecho oferece a informação somente da persistência de
BA em continuar ativo, dessa feita, vendendo seus produtos oriundos das suas
visitas ao acampamento de Lampião.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">“Em Alagoas e Sergipe, os governadores Osman Loureiro e
Eronildes de Carvalho não somente são mantidos como galgam a blindagem da
interventoria federal em suas unidades” (p. 267).<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Nesse extrato da página 267, o autor informa os leitores
sobre a ação do Estado Novo e como ele se espalha pelas unidades federativas.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Os recortes a seguir estão no final do livro e apresenta o
registro do que entendeu Lampião em face das visitas que BA fizera ao
acampamento, fazendo fotos e filmes:<o:p></o:p></p>
<p class="CitaoDiretaLonga" style="margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 4.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt;">Em Sergipe, a postura de Lampião evoluíra nos últimos
meses para coincidir com o pensamento do militar e do chefe político quanto ao
árabe. Ao cangaceiro Candeeiro, um dos oito homens de sua guarda pessoal, <u>Virgulino
viria surpreender em conversa ao revelar que mataria Benjamin se o encontrasse.</u>
"Ele foi falso comigo, levando de mim para contar aos oficiais",
rosnava baixinho, riscando na areia as iniciais do agora desafeto. Lampião se
queixava ainda da massificação das fotografias por todo lugar, "fora do
que ficou combinado" (p. 269-270, grifo nosso)<o:p></o:p></p>
<p class="CitaoDiretaLonga" style="margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 4.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt;">A incursão mais recente do bando de cangaceiros, com Lampião
se dera no meado de 1937 ainda uma vez partindo de Sergipe, atravessando Alagoas
e chegando a cruzar a fronteira sul do Sertão pernambucano na <u>reprodução do
roteiro que apontamos acima</u>. Esse trecho grifado se refere a outro trecho
do livro que não reproduzimos aqui [...] (p. 269-270, grifo nosso)<o:p></o:p></p>
<p class="CitaoDiretaLonga" style="margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 4.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt;">No começo de 1938, logo a 11 de janeiro, O Diário de Notícias,
de Salvador, noticiava a morte em Sergipe do chefe supremo do cangaço, vencido
pela tuberculose. Balela. Barriga de imprensa. Mais uma nessa linha. Mas que
ganhará espaço até mesmo no New York Times de 13: " O fora da lei número
um morre em sua cama, no Brasil " [...] (p. 269-270)<o:p></o:p></p>
<p class="CitaoDiretaLonga" style="margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 4.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt;">Refeito, à frente de 17 cabras e duas mulheres, o
chefe de cangaço inicia o roteiro habitual de regresso a Sergipe, que inclui a
passagem pelo município de Águas Belas, a imprensa assanhada, registrando cada
surgimento ao longo da trajetória o seu tanto previsível. (p. 269-270)<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Na conclusão é realizado um comentário generalizante sobre o
livro ao tempo em que são apontados outros caminhos pós-leitura para o
enfrentamento das ideias e principalmente informações que o livro proporciona.
Na verdade, uma ótima e rica leitura que dialoga com outras fontes, além da
própria História.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">À guisa de resenha, algumas informações básicas serão dadas e
o devido atendimento ao que pede um texto do gênero. Eis o que Benjamin
Abrahão: entre anjos e cangaceiros, de Frederico Pernambucano de Mello, apresenta
e como isso é desempenhado, publicado pela Escrituras Editora, São Paulo, no
ano de 2012.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Com uma linguagem que aproxima o leitor, como, por exemplo, as
passagens que claramente dialogam com quem o lê, em outras, usa de palavras de
cunho popular. O texto permite o leitor viajar pelos caminhos, estradas, ruas;
embrenha-o pela catinga, aproximando-o do perigo das emboscadas, enfim, uma
aventura histórica no Nordeste Brasileiro dos anos 30, mas não exclusivamente,
do século XX.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Antes de adentrar à estrutura do livro, faço saber que outras
leituras são sugeridas como, por exemplo, a relação com o cinema e os filmes Baile
Perfumado (1997), de Paulo Caldas e Lírio Ferreira, pela relação direta do
sujeito histórico principal estar nesse filme. Também há uma íntima, mas não
direta, relação com Cinema, Aspirinas e Urubus (2005), de Marcelo Gomes, quanto
à presença da Bayer e da propaganda dessa empresa alemã nos rincões do Nordeste
Brasileiro. Por fim, mas não esgotando as relações, está presente o beato Lourenço
que sofreu o ataque do Exército Brasileiro e, tal qual Canudos, há 4 (quatro) décadas
atrás no sertão da Bahia, também sofreu por duas vezes a chacina de seus
seguidores. A sugestão sobre essa temática é o livro Pedra Bonita (1968), de
José Lins do Rego.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">A estrutura do livro apresenta-se em duas grandes partes
sendo a primeira e maior delas, os capítulos, que somam 12 (doze), enumerados
com títulos bastante sugestivos e que apresentam a abrangência que um livro de
História, mesmo localizado – a vida de um sujeito histórico, consolidado
tradicionalmente ou não, pontual – quando se refere a um determinado tempo
histórico, não deixa de identificar o seu momento histórico no universo maior,
para a obra, a História do Brasil. Logo, é um livro de História que parte do
singular, imerge no plural e ali permanece, emerge ao singular, ladeado com o
plural.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">A segunda parte da estrutura do livro diz respeito ao rico
acervo fotográfico que apresenta, o qual foi editado no final do livro, após o
último capítulo. Assim, quem o ler pode apreciar duas leituras em uma só: a
primeira sobre os textos propriamente ditos e consolidados, aqueles que
aparecem compostos por palavras e a segunda, com as fotos que também “contam” a
sua História sem deixar de ser a mesma da primeira parte. As notas ao final de
cada capítulo, como um honesto historiador, enriquecem a leitura, tornando-a
mais ampla.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">O livro ainda conta com Anexo, no qual constam documentos
oficiais, sendo um jurídico e outro jornalístico e o terceiro, do padre Cícero
Romão Batista, Fontes, divididas em bibliográfica, jornalística, arquivística e
de entrevistas e, por fim, um Índice Onomástico.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Portanto, o livro é por si uma fonte histórica que trata
sobre sujeitos e seus fatos históricos, uma obra essencial para quem quer
conhecer um pouco do Brasil. Sim, um pouco, porque nossa História é vasta e um
livro somente não é suficiente para nos conhecermos totalmente. Aliás não há um
livro com essa magnitude. O livro sobre a vida de Benjamin Abrahão é uma
leitura necessária.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal">Imagens :<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">À esquerda – Benjamin e Padre Cícero<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">À direita – Benjamin<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Ao centro – Frederico, o autor<o:p></o:p></p>marcossertaniohttp://www.blogger.com/profile/12821047707886947649noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5169292185752140372.post-54686469242114243232021-08-29T14:33:00.006-07:002021-08-29T16:27:04.297-07:00<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: right;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhO8QM246CGEGaBBDZ394BGofrgIVH52XIqSp2SPPuvXVPPJ6YoMy0OwzMmCRRpGHH4uwPZTnvbHORar-OoScCjwKbwCbLNjvlyn2K7-SVAc369v4MElClJflrdg098WzRNerR0G_JwwRd_/s264/memorias+sentimentais+2.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="264" data-original-width="191" height="264" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhO8QM246CGEGaBBDZ394BGofrgIVH52XIqSp2SPPuvXVPPJ6YoMy0OwzMmCRRpGHH4uwPZTnvbHORar-OoScCjwKbwCbLNjvlyn2K7-SVAc369v4MElClJflrdg098WzRNerR0G_JwwRd_/s0/memorias+sentimentais+2.jpg" width="191" /></a></div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7OHA5pPK-W-_Xde5x2DRmWeJ5xIPYSNJa5zE46tig2CMVSHjUyL_Dk1KnpX2AxwjbnpYGDPIBR6FmzR8DrAk4-ecnvT8F6JnhWlTrGgg0BlTK-Z4nXD5N-BkH1v0hNhpaV4f3cd8ILKkH/s259/oswald+de+andrade+1.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="259" data-original-width="194" height="259" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7OHA5pPK-W-_Xde5x2DRmWeJ5xIPYSNJa5zE46tig2CMVSHjUyL_Dk1KnpX2AxwjbnpYGDPIBR6FmzR8DrAk4-ecnvT8F6JnhWlTrGgg0BlTK-Z4nXD5N-BkH1v0hNhpaV4f3cd8ILKkH/s0/oswald+de+andrade+1.jpg" width="194" /></a></div><br /><p></p><blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px; text-align: left;"><p></p></blockquote><p style="text-align: left;"></p><div style="text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPk6KdlXGwXYwtBm5IGoVCGE72J2n6KeJ1eysOpE02AzvGv1dxpPZNZ0ui0Q5jfX79s1AsOcsHwpSVa2sOqwg-PS7u7cYbodJsm9Phd4gpj8vzjWCNGTVymlHeim9ZBZn1LCe_sYvfKoTI/s260/memorias+sentimentais+01.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="260" data-original-width="194" height="260" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPk6KdlXGwXYwtBm5IGoVCGE72J2n6KeJ1eysOpE02AzvGv1dxpPZNZ0ui0Q5jfX79s1AsOcsHwpSVa2sOqwg-PS7u7cYbodJsm9Phd4gpj8vzjWCNGTVymlHeim9ZBZn1LCe_sYvfKoTI/s0/memorias+sentimentais+01.jpg" width="194" /></a></div><div style="text-align: right;"><br /></div> <p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><i><span style="font-family: Algerian; font-size: 15pt; line-height: 107%;">No calor da hora, mesmo com chuva
breve – um ensaio, uma leitura inicial <o:p></o:p></span></i></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><i><span style="font-family: Algerian; font-size: 15pt; line-height: 107%;">de Memórias Sentimentais de João
Miramar, de Oswald de Andrade.<o:p></o:p></span></i></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Notas esparsas sobre Memórias
sentimentais de João Miramar, de Oswald de Andrade<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">O breve e presente ensaio que ora torno
público, feito sobre o livro Memórias sentimentais de João Miramar, de autoria de
Oswald de Andrade e publicado no ano de 1924, é uma das referências, um dos marcos do chamado Modernismo brasileiro cujo diferencial é a construção de
capítulos (por ora assim vamos considerar) bastante curtos e com pouca, mas muito
pouca relação entre todos eles.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">O que nos motivou a escrever esse
texto foi um trabalho apresentado aos estudantes da 3ª
série, do turno vespertino, do Colégio Estadual Paulo Freire aqui no município de
Fátima onde leciono desde o ano de 2001. Então a nossa pretensão é, na verdade, estabelecer um diálogo com esta obra da qual ouvia muito falar desde os tempos
da Universidade quando cursava Educação Física (já que eu era um estudante daquele curso fora dos padrões atléticos) e tinha muitas amizades com os estudantes de Letras, História, Pedagogia e Geografia, majoritariamente com os de Letras e desde então a
paixão pela leitura e pela literatura brasileira já fazia parte do meu
cotidiano. Desde aquela época, final dos anos de 1980, que eu ouvi muitos comentários, fiz algumas leituras
sobre ele - o livro aqui em tese - e no exercício profissional, na docência do Ensino Médio, com um
contato mais aproximado, entretanto a leitura do texto na totalidade nunca havia
feito, o que fiz agora no ano de 2021 já depois de diplomado em Letras também pela
Universidade federal de Sergipe e com meus quase 30 anos de trabalho.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">O arquivo que nós utilizamos está
disponível na internet, no banco de dados da Universidade de São Paulo, cuja referência exata colocaremos ao final, é um texto composto por 93 páginas e a
nossa primeira observação é feita a partir da página 32, onde começa o prefácio e seu sugestivo
título, à guisa do prefácio. Nele temos a apresentação do personagem que dá nome
ao romance, com a indicação de suposta ocupação profissional, o jornal impresso com o
termo imperialismo "João Miramar abandona momentaneamente o periodismo
para fazer a sua entrada de homem moderno na espinhosa carreira das
Letras"<i><o:p></o:p></i></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">VAMOS AO TEXTO</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Em “Gare do infinito”, nome dado
ao terceiro episódio-fragmento, isso mesmo, a narrativa não é dividida em
capítulos, o narrador noticia o falecimento do próprio pai o trecho é por
demais poético assim ele se pronuncia no jantar noturno a voz toda
preta de mamãe ia me buscar para a reza do anjo que carregou meu pai"</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Em “Perigo das armas” quinto
episódio-fragmento (doravante o numeral seguido de EF)lendo um livro sobre o
rei Carlos Magno o narrador provoca um acidente.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;">No
18º EF, de modo sutil(?) temos a “notícia” de que o narrador não é o personagem
que dá nome à narrativa, cujo título é “Informações”: <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">“Gustavo
Dalbert numa noite de cabelo e cigarro disse-me que a arte era tudo mas a vida
nada. Ele era músico e ia morar em Paris comigo, o amigo e jovem poeta João
Miramar.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Havia um
outro artista na vizinhança, o Bandeirinha barítono e outros poetas na cidade.”<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">O neologismo, uma das marcas
oswadianas, aparece em vários momentos, e esta nos chamou a atenção pela força
política que exerce, o que ocorre no 27º EF ao se referir a um personagem: “<span face="Times-Roman" style="mso-bidi-font-family: Times-Roman;">Pantico <b>norte-americava</b>.”</span><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Usando e abusando(esta no bom
sentido – rs), o narrador assim se expressa no 37º EF: <span face="Times-Roman" style="mso-bidi-font-family: Times-Roman;">37. </span>Vejam os destaques que
fiz.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span face="Times-Roman" style="mso-bidi-font-family: Times-Roman;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">“A MADÔ DO
COMEÇO<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Era <b>filha
puberdada</b> do dono do restaurante de olhos azuis.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">As pátrias
longínquas <b>cresciam no inverno da sala como legumes tardios</b>. E o escuro
da escada <b>subia quedas</b> ao sétimo andar.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Sonhamos um livro de viagens. “<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Em “A
calma descrita por Homero”, EF 53, vejam que delícia de sonoridade, tanto pelas
consoantes, quanto pelas vogais:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">“ Depois Almeria acordou a passagem do mar nas colunas que estreitam a
estreita entrada das terras mediterrâneas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">Na África Ceuta sepulcrava ao luar. E do outro lado a pedra
anglorochosa fincava a garra na Espanha.”<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">A onomatopeia se faz presente ao
trazer um grilo para a narrativa, no EP61, sob o título Casa da Patarroxa”: <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">“A noite<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">O sapo o
cachorro o galo e o grilo<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Triste
tris-tris-tris-te<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Uberaba
aba-aba<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Ataque e o
relógio taque-taque<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Saias gordas e cigarros”<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">Destaco
ainda o vanguardismo com a junção dos termos “pata” e “roxa” duplicando a letra
“erre” na junção deles para formar um só termo, o que foi oficializado muitas
décadas depois com o atual acordo ortográfica da Língua Portuguesa. Esse moço
era um danado, mesmo hein minha gente?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">Em Fausta,
EF 71, a ironia beira o sarcasmo ao se referir, o narrador, aos costumes
parisienses, e em meio a tantos neologismos, agora destaco um arcaísmo, para
nosso contexto, quando as fotos são chamadas de instantâneos. O poder econômico
do narrador( e do autor) também são apontados no EP 73, ao se referir ao bairro
Higienópolis, na cidade de São Paulo, tradicionalmente ocupado por fazendeiros
do café, industriais, etc. nesse mesmo EF, o narrado faz uma divertida alusão ao
que considerei dias de intensa preguiça: “Os domingos eram grávidos de sono.”<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">Mais uma riqueza de sonoridade está no EP 74, cujo título, enigmático
é “sol o may”: <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">“Um soldado só para policiar minha pátria inteira<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">E o gru-gru dos grilos grelam gaitas<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">E os sapos
sapeiam sapas sopas<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">Lampiões
lamparinas<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">Delenda
linda Salomé<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">A javá é uma polca porca com poeira azul<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">Mas o roxo
arroxa a procissão de cortinas cor-de-rosa”<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">Em um modo
divertido para se referir à própria paternidade, o narrador, elege para o momento,
a sogra, ao anunciar que ela será avó, no EP 75.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">Uma
referência histórica explícita aparece no EP 84, provavelmente a I Guerra
Mundial, uma vez que o livro fora publicado nos anos 1920. O narrador assim se
refere: <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">“Eu vou
logo para o Brasil quando os alemães deixarem. Já fui preso duas vezes. Depois
eu conto. A Alemanha vai ganhar nesta guerra.”<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">No EP 92, o autor faz uso da
metalinguagem mais uma vez ao traduzir em poema mais um fragmento da sua
narrativa: <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">“ESTELÁRIO<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">Coração esperançava esperançoso<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">Começo claro da noite cidadina<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">Retalhos grandes de nuvens<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">E duas
estrelas vivas<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">Trem rolava com minha estrela<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">Bordando a vida fabricadora<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">Do Brás à Luz<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">Rolah
estrelava o Hotel Suíço”<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">Com
presença da sonoridade já vista antes e destacada nesse texto, tanto com
consoantes, quando com vogais (não uso os nomes técnicos desses fenômenos
linguísticos para provocar nos possíveis leitores, a curiosidade). Também
outras referências à cidade de São Paulo estão presentes.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">O jogo do
bicho aparece no EP seguinte, para assim, configurar o posicionamento nada
convencional do autor, muito mais do que o do narrador.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">No 100º EP, cujo título lembra mais uma provocação, </span><span face=""Segoe UI",sans-serif" style="color: black; font-size: 10.5pt;">o
narrador confirma mais uma vez sua origem social e econômica com as viagens a
Paris, a compra de livros; neste caso temos a divulgação de obras literárias,
outro fator determinante de classe, a alfabetização e a aquisição de livros, o
uso de termos em francês, isto é, o autor do pedido, sabe(ou supostamente sabe)
falar o idioma como podemos constatar no parágrafo seguinte:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">“Não se esqueça de me trazer novos romances. Já acabei de ler o Primo
Basílio que muito me fez chorar. O Dr. Pepe Esborracha emprestou-me Les
civilisés e prometeu trazer outros livros quando ele vier. Veja se achas na
livraria Garraux a Arte de Bem Escrever do Padre Albalat e La garçonne que
dizem que é muito bonito e são as últimas novidades de Paris. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">Não se esqueça de todas as minhas outras encomendas e traga também um
par de sapatos de lona branca para Celiazinha.”</span><span style="font-size: 10.5pt; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span face=""Segoe UI",sans-serif" style="color: black; font-size: 10.5pt;">Um dos
poucos momentos em que há diálogos de modo explícito, com a presença dos sinais
gráficos como o travessão -<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>na
narrativa, ocorre no EP 103.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span face=""Segoe UI",sans-serif" style="color: black; font-size: 10.5pt;">O EP
117, O Emprestador de livro, traz novamente a referência aos livros com umm
vocabulário ácido, sarcástico, vejamos:</span><span style="color: black; font-size: 10.5pt; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">“Uma recaída do resfriado de Celiazinha pusera outra vez em evidência
a sabença calomelânica do Dr. Pepe Esborracha.”</span><span face=""Segoe UI",sans-serif" style="color: black; font-size: 10.5pt;"> Qualidade atribuída ao
doutor por causa da calomelano, Cloreto mercuroso, de qualidades purgativas. (<i>in
</i>Dicionário melhoramentos).</span><span face=""Segoe UI",sans-serif" style="font-size: 10.5pt;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">Mais uma atualidade oswaldiana – com o sarcasmo costumeiro - está
presente no EP 119 , “</span><span face="Times-Roman" style="mso-bidi-font-family: Times-Roman;">C</span><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">ompanhia Industrial e Segurista de <b>Imóveis Móveis</b> aceitara
o negocio depois do vesgo exame do grande advogado Bica-Bam-Buda.”<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span face=""Segoe UI",sans-serif" style="color: black; font-size: 10.5pt;">Agora, a
partir do EF 129, cujo título é </span><span face="Times-Roman" style="mso-bidi-font-family: Times-Roman;">ATO III. CENA I,</span><span face=""Segoe UI",sans-serif" style="color: black; font-size: 10.5pt;"> a
narrativa traz elementos do teatro, provavelmente para indicar que os
personagens encenam como atuarão perante os demais, numa associação com as
pessoas reais, isto é, que fazem de conta, representam seus sentimentos, suas
emoções assim quando querem. Também usados os termos<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="color: black; font-size: 10.5pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">“</span><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"> BASTIDORES”, EF</span><span face="Times-Roman" style="mso-bidi-font-family: Times-Roman;"> 133.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">No EP 135</span><span face="Times-Roman" style="mso-bidi-font-family: Times-Roman;"> </span><span face=""Segoe UI",sans-serif" style="color: black; font-size: 10.5pt;">O Poeta romano, nascido na França, o autor de Satiricon é citado; <i>in</i>
Wikipedia.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span face=""Segoe UI",sans-serif" style="color: black; font-size: 10.5pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span face=""Segoe UI",sans-serif" style="color: black; font-size: 10.5pt;">Em A
Denúncia, EF 139, o autor faz uma brincadeira com a onomatopeia do toque do
telefone com o termo composto, tim por tim, isto é, um modo de se referir a uma
narrativa contada nos mínimos detalhes.</span><span face=""Segoe UI",sans-serif" style="font-size: 10.5pt;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span face=""Segoe UI",sans-serif" style="font-size: 10.5pt;">No EF 140 dois
momentos de diversão para adultos são citados: ! ] com a frase, “</span><span style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">Tirei linha à vontade</span><span face=""Segoe UI",sans-serif" style="color: black; font-size: 10.5pt;"> “, possivelmente uma gíria da época cujo
significado não conheço; outras aparecem nesse mesmo espaço. 2º uma referencia
a um bar muito conhecido mais adiante em outra obra literária, o Bataclan: Preciso
identificar o significado desse termo, nome do prostíbulo de Gabriela, Jorge
Amado, inclusive saber por que está separado por sílabas.</span><span face=""Segoe UI",sans-serif" style="font-size: 10.5pt;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span face=""Segoe UI",sans-serif" style="font-size: 10.5pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span face=""Segoe UI",sans-serif" style="font-size: 10.5pt;">No EF seguinte, mais
duas pérolas de figuras de estilo e com as de linguagem são usadas:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">I - “Inventados inventários em maços de almaços” – aliteração com
ironia</span><span style="font-size: 10.5pt; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="font-size: 10.5pt; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">II – “</span><span style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">Um silêncio
ecoou a aparição do súbito homem célebre teso como um taco moreno.” </span><span face=""Segoe UI",sans-serif" style="color: black; font-size: 10.5pt;">Que
lindo paradoxo:<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><b>silêncio que ecoa.<o:p></o:p></b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="font-size: 10.5pt; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">Em EF 143, “</span><span face="Times-Roman" style="mso-bidi-font-family: Times-Roman;"> </span><span style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">E tia Gabriela sogra granadeira grasnou graves grosas de infâmias.”,
mais uma brincadeira sonora com um claro propósito de se dirigir a alguém que
não tenha caído no gosto do narrador.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span face=""Segoe UI",sans-serif" style="color: black; font-size: 10.5pt;">A
narrativa no fórum, EF 145, para os protestos contra o narrador, o título do
capítulo é uma referência ao discurso repetitivo que ouviam, pois eram muitas
as dívidas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span face=""Segoe UI",sans-serif" style="color: black; font-size: 10.5pt;">O EF, seguinte,
cujo título,</span><span face=""Arial",sans-serif" style="color: black; font-size: 8.5pt;"> </span><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 9pt;">VERBO
CRACKAR</span><span face=""Segoe UI",sans-serif" style="color: black; font-size: 10.5pt;"> é um Fantástico poema para ilustrar a quebradeira financeira:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span face=""Arial",sans-serif"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span face=""Arial",sans-serif">“Eu empobreço de repente<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span face=""Arial",sans-serif">Tu enriqueces por minha causa<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span face=""Arial",sans-serif">Ele azula para o sertão<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span face=""Arial",sans-serif">Nós entramos em concordata<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span face=""Arial",sans-serif">Vós protestais por preferência<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span face=""Arial",sans-serif">Eles escafedem a massa<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 212.4pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; margin: 0cm 0cm 0cm 212.4pt; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.4pt;"><span face=""Arial",sans-serif">Sê pirata<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 212.4pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; margin: 0cm 0cm 0cm 212.4pt; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.4pt;"><span face=""Arial",sans-serif">Sede trouxas<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span face=""Arial",sans-serif">Abrindo o pala<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span face=""Arial",sans-serif">Pessoal sarado.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span face=""Arial",sans-serif"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span face=""Arial",sans-serif">Oxalá que eu tivesse sabido que esse
verbo era irregular.”</span><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 10.5pt;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span face=""Segoe UI",sans-serif" style="font-size: 10.5pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="font-size: 10.5pt; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">No EF “</span><span style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">156. BATEM
SINOS POR D. CÉLIA” </span><span style="color: black; font-size: 10.5pt; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">Por
que o geógrafo se chama assim e com este sobrenome?, “o </span><span style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">eloqüente confrade e ilustre geógrafo, Dr. Pôncio Pilatos da Glória”.</span><span face="Times-Roman" style="mso-bidi-font-family: Times-Roman;"> Por que n</span><span face=""Segoe UI",sans-serif" style="color: black; font-size: 10.5pt;">ada fez
pela exploração das terras devolutas desse país? Mais um sarcasmo do autor.</span><span face=""Segoe UI",sans-serif" style="font-size: 10.5pt;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="font-size: 10.5pt; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span face=""Segoe UI",sans-serif" style="color: black; font-size: 10.5pt;">Em mais
um diálogo do narrador com o eu-lírico, ambos criação do autor e sua verve
inventiva e mais um poema nessa narrativa multi-gênero, o autor nos brinda com
deliciosos versos quando vai nos aproximando dos momentos finais dessa jornada:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">“158. RECREIO PINGUE-PONGUE<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">Miramar a vida é relativa<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">O acontecido não teria sido<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">Se nascesses só<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">Sem a mãe que te deixou virtudes caladas<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">O acontecido te ofertou<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">A filhinha de olhos claros<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">Abertos para os dias a vir<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">És o elo duma cadeia infinita<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">Abraça o Dr. Mandarim<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">E soma ele ao azul desta manhã<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">Louça”</span><span style="font-size: 10.5pt; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">“Nosso apartamento na casa art-nouveau de Madame Kolny, Praça<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>do Arouche frente ao pára-sol folhudo de D.
Flor Vermelha, tinha dois quartos quadrados e um jardim de invernais orquídeas
como saudades.”</span><span face=""Segoe UI",sans-serif" style="color: black; font-size: 10.5pt;"> Uma referência a Mario de Andrade no EF </span><span face="Times-Roman" style="mso-bidi-font-family: Times-Roman;">159. SERÃO DOS
CONFORMADOS</span><span face=""Segoe UI",sans-serif" style="color: black; font-size: 10.5pt;">?</span><span face=""Segoe UI",sans-serif" style="font-size: 10.5pt;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span face=""Segoe UI",sans-serif" style="font-size: 10.5pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">O EF160, um DISCURSO ANÁLOGO AO APAGAMENTO DA LUZ DURANTE O FOX-TROT
PELO DR. MANDARIM PEDROSO, u</span><span face=""Segoe UI",sans-serif" style="color: black; font-size: 10.5pt;">m capítulo que foge aos demais pela
extensão: devo rever e reler. Mas não sei quando.</span><span face=""Segoe UI",sans-serif" style="font-size: 10.5pt;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">A narrativa é encerrada com ENTREVISTA ENTREVISTA, assim mesmo,
repetido</span><span face="Times-Roman" style="mso-bidi-font-family: Times-Roman;">,
Episódio-Fragmento 163, </span><span face=""Segoe UI",sans-serif" style="color: black; font-size: 10.5pt;">Um diálogo conclusivo e também uma conversa com o leitor.</span><span face=""Segoe UI",sans-serif" style="font-size: 10.5pt;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span face=""Segoe UI",sans-serif" style="color: black; font-size: 10.5pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span face=""Segoe UI",sans-serif" style="color: black; font-size: 10.5pt;">Olha o
nome do hotel, quanta semelhança com o sobrenome do personagem que dá nome ao
título.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><i><span face="Times-Italic" style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Times-Italic;">Sestri
Levante </span></i><span face="Times-Roman" style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Times-Roman;">— </span><i><span face="Times-Italic" style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Times-Italic;">Hotel Miramare. </span></i><span face="Times-Roman" style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Times-Roman;">1923.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span face=""Segoe UI",sans-serif" style="font-size: 10.5pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;"><o:p> </o:p></span>O texto usado para este ensaio
foi o coletado no seguinte endereço, <a href="https://www.aedi.ufpa.br/parfor/letras/images/documentos/atividadesadistancia_jan2016/Francisco_ewerton/memorias_sentimentais_de_joao_miramar_-_%20oswald_%20de_andrade.pdf">https://www.aedi.ufpa.br/parfor/letras/images/documentos/atividadesadistancia_jan2016/Francisco_ewerton/memorias_sentimentais_de_joao_miramar_-_%20oswald_%20de_andrade.pdf</a>,
acessado às 11:33h, do dia 24 de julho de 2021.</p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;">ATENÇÃO - RSRSRS - O texto não foi revisado pelo autor.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>marcossertaniohttp://www.blogger.com/profile/12821047707886947649noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5169292185752140372.post-23541615549217733262021-03-30T05:25:00.002-07:002021-03-30T05:25:54.853-07:00<p></p><div style="text-align: justify;"> O texto abaixo, um resumo estendido, foi apresentado no IX Encontro de Sociolinguística, ocorrido na UFBA, U. F. da Bahia, nos dia 01 e 02 de agosto de 2019, cujo tema foi SOCIOLINGUÍSTICA : QUEBRANDO TABUS E INOVANDO NA ESCOLA. Torno público esse texto de apresentação somente agora porque o trabalho concorreu a uma vaga em publicação de uma revista científica dessa mesma Universidade.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8jh74JaMmkvnjRg9yN7yN7KG1VGJwq6oWWZofpp528DOS5ZXZk3zlQ-7be_mLgyJ9H0SNAQTP-_lONyeDIQniHeTTEaoL0FID9ny6DZe2zxzj_0vSAdRK5hDSO5Q1udaY2qiAoQh7428X/s960/ixencontro+de+sociolinguistica+ufba.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="440" data-original-width="960" height="197" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8jh74JaMmkvnjRg9yN7yN7KG1VGJwq6oWWZofpp528DOS5ZXZk3zlQ-7be_mLgyJ9H0SNAQTP-_lONyeDIQniHeTTEaoL0FID9ny6DZe2zxzj_0vSAdRK5hDSO5Q1udaY2qiAoQh7428X/w465-h197/ixencontro+de+sociolinguistica+ufba.png" width="465" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A VARIAÇÃO LINGUÍSTICA NO LIVRO
DIDÁTICO DE LÍNGUA PORTUGUESA DO ENSINO MÉDIO<o:p></o:p></span></b></p>
<p align="right" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: right;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Marcos
José de Souza*<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">RESUMO: Nossa
investigação tem como foco a presença da variação linguística como conteúdo de
estudo nos livros de Língua Portuguesa do Ensino Médio, utilizados no período
de 2001 a 2017, pelo autor desse trabalho como docente de Língua Portuguesa em
uma escola no município de Fátima-Bahia. O objetivo geral é verificar como o
tema deste trabalho aparece nos livros didáticos e o tratamento dado pelos autores
via textos e atividades para o estudo dele em sala de aula. Para tanto fizemos
a catalogação das 06(seis) coleções usadas naquele período, fazendo o
levantamento preliminar de todas as ocorrências e localizando o momento em que
o conteúdo aparece no livro didático (e quando aparece); em seguida analisamos
todas as ocorrências de cada coleção. A segunda fase da elaboração do artigo deu-se
com o cotejamento dos resultados da investigação daquela primeira fase, com
algumas das principais autoridades no tema da Sociolinguística e ainda com o
que dizem os documentos orientadores produzidos e divulgados pelo Ministério da
Educação para o ensino de Língua Portuguesa no Ensino Médio. Constatamos que o
tema Variação Linguística está presente em 05(cinco) das coleções usadas e em
todas as ocorrências, tanto os textos, quanto as atividades de compreensão e de
análise primam pelo conhecimento e pelo respeito à diversidade da Língua
Portuguesa. Entretanto, mesmo sob a égide combater o preconceito linguístico,
alguns estereótipos permanecem, o que pode ser configurado com preconceito
linguístico. São usados bons textos dos mais variados gêneros e tipos e de
diversos autores nacionais, de todos os cantos do Brasil, incluindo trechos
teóricos nos exercícios acima apontados. Este artigo tem uma relação direta com
o nosso trabalho cotidiano na docência de Língua Portuguesa, pois enfatizamos a
diversidade, inclusive com os exemplos do cotidiano dos nossos alunos, uma vez
que a maioria absoluta é residente na zona rural e mesmo em um pequeno
município como o nosso, a variação é presente, inclusive no meio em que os
alunos vivem, sendo essa variação marcadamente identificada pela faixa etária
dos sujeitos. Enquanto os jovens e as crianças frequentam a escola, os idosos
não frequentaram e entre os adultos o índice ainda é baixo. Por este e outros
motivos nossa sala de aula sempre foi um laboratório vivo, com diversidade
linguística e, por extensão, cultural.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">PALAVRAS-CHAVE: Variação
linguística; livro didático; Ensino Médio; Sociolinguística; língua portuguesa;
Diretrizes curriculares nacionais para o Ensino Médio<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>marcossertaniohttp://www.blogger.com/profile/12821047707886947649noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5169292185752140372.post-12824197022053104862020-12-31T10:54:00.001-08:002020-12-31T10:54:17.135-08:00<p> Há algumas semanas que venho tentando escrever esse último texto para 2020 que versa sobre o filme PACARRETE, de Allan Deberton, tendo com estrela e protagonista, a grande Marcélia Cartaxo.</p><blockquote style="border: none; margin: 0 0 0 40px; padding: 0px;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfKRdS8Pr7IlMx5C6D4nFHKwitkE8EiPXsCfAj0H2IwY-h7eZp-eoc_Q0wDeh2R2UVJA7icxOrgC4w3t5jydniIkmGusYkWzmMJtVB4TNPsCJQn5XQi313UIb6blGr7n0vbd9X9qWvS13y/s1024/pacarrete+cartaz+2.jpeg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="768" data-original-width="1024" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfKRdS8Pr7IlMx5C6D4nFHKwitkE8EiPXsCfAj0H2IwY-h7eZp-eoc_Q0wDeh2R2UVJA7icxOrgC4w3t5jydniIkmGusYkWzmMJtVB4TNPsCJQn5XQi313UIb6blGr7n0vbd9X9qWvS13y/s320/pacarrete+cartaz+2.jpeg" width="320" /></a></div></blockquote><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhr1Zl8_nWC0l1ppf7jal2Bu_QREfx_ErMYqzpXslXSGbSlZoaC5ooGltpO3WqZnjsif7CFyf8wnbl8LYPYqrz8yUaj7VO9wneMV_BIS7rmz7KrrE3kXDO1WJtQoeuBDAbAOLcnvySWP3aY/s960/pacarrete+cartaz.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="960" data-original-width="687" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhr1Zl8_nWC0l1ppf7jal2Bu_QREfx_ErMYqzpXslXSGbSlZoaC5ooGltpO3WqZnjsif7CFyf8wnbl8LYPYqrz8yUaj7VO9wneMV_BIS7rmz7KrrE3kXDO1WJtQoeuBDAbAOLcnvySWP3aY/s320/pacarrete+cartaz.jpg" /></a></div><br /><p><i>PACARRETE, ENTRE O RISO E CHORO DO ARTISTA...E DO TELESPECTADOR: A GARRA DE QUEM PRECISA DIZER, GRITAR, DANÇAR, PARA SER O QUE SEMPRE FOI</i></p><p>Esse filme foi visto na companhia do meu querido Ariel, meu filho mais novo, quando em Salvador estivemos para um breve passeio em alguns do ícones daquela cidade da Bahia. Visitamos a Igreja do Bonfim, almoçamos no Mercado Modelo, com vista para a Baia de Todos os Santos e fomos ao Espaço Itáu Cultural onde vimos e nos emocionamos com Marcélia Cartaxo, Pacarrete e o povo de Russas-CE, como figurantes.</p><p>O filme trata da vida de uma professora de <i>ballet</i>, que trabalhou em Fortaleza, mas sendo natural de Russas, após a aposentadoria, retorna à terra natal. Vive com a irmã, Chiquinha, e uma amiga, Maria, que faz as vezes de doméstica. A irmã está doente e vive em cadeira de rodas, sendo este o motivo, segundo a professora de <i>ballet </i>seu principal motivo para voltar a Russas. Vive um amor dito platônico, por Miguel, casado, dono de um bodega, com moradia próxima à da professora de <i>ballet. </i>A cidade vive às vésperas das comemorações do seu bicentenário e Pacarrete.......quer fazer parte dessa festa, pronto, a celeuma foi armada</p><p>O impacto inicial dá-se na primeira cena na qual Pacarrete, toda em um vestido colorido com o vermelho em destaque, mostra seus dotes artísticos ao lavar a calçada de sua casa, cantando com música cuja fonte de emissão do som não aparece em cena. E enquanto dança, lava, briga com os passantes que pisam sua calçada...</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOdOhX4PonpCoYrtDnU1uv4TyZj7C1as8oyQ3xtX2HCr57SvnI_pLRIdcaSKLBz79lvuAxw6P8jasvmzjcFgxRDv7mx1sov42O2tkIXxPvyaEp0Rt1A3G5F6aIwH-k_F3drkMOnNKlCNqT/s302/pacarrete+1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="167" data-original-width="302" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOdOhX4PonpCoYrtDnU1uv4TyZj7C1as8oyQ3xtX2HCr57SvnI_pLRIdcaSKLBz79lvuAxw6P8jasvmzjcFgxRDv7mx1sov42O2tkIXxPvyaEp0Rt1A3G5F6aIwH-k_F3drkMOnNKlCNqT/s0/pacarrete+1.jpg" /></a></div>Pense numa cena empolgante em que essa foto acima indica um pouco....<div>Mas a vida de um artista que quer e precisa ser reconhecido, a vida de um artista em fim de carreira que precisa mostrar que sabe o que soube fazer a vida inteira, a vida de um artista formado em escolas ditas como de alto nível artístico em meio à pestilência da indústria cultural e do empresariado atual, a vida de um artista...a vida de artista...</div><div>Em meio à vontade de mostrar para seu povo, o de Russas, que ela é uma artista do lugar, vai ao encontro do Prefeito, do Secretário de Cultura de Russas, mas não consegue</div><div>Pra piorar sua vida de moça de "casa", perde uma pessoa querida</div><div><br /></div><div>Pacarrete é um filme para rir e pra chorar...é um filme de artista para artista...é um filme de choque de gerações...é um filme que nos diz também: somos condenados à civilização. Duas das grandes cenas, dos grandes momentos da narrativa estão na foto abaixo, a outra, da morte de Chiquinha, fica para quem for ver o filme e curtir a emoção<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPfbSMZLbVO9vMAOfdauiwkBAlKFUn5Q53NMBRzbn5O2LjNznNm8ZEjtxDmPARU6eL2BlSYqzdjwbSRbZnATNzQLyPZt48zUaCGfzetGJnGGpn0NJlXAVqdBlwm9QscdjIy257bD7dg2Xv/s276/pacarrete+2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="183" data-original-width="276" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPfbSMZLbVO9vMAOfdauiwkBAlKFUn5Q53NMBRzbn5O2LjNznNm8ZEjtxDmPARU6eL2BlSYqzdjwbSRbZnATNzQLyPZt48zUaCGfzetGJnGGpn0NJlXAVqdBlwm9QscdjIy257bD7dg2Xv/s0/pacarrete+2.jpg" /></a></div><br /></div><div><br /></div><div>Com um encerramento brilhante Pacarrete me marcou profundamente...me emocionou muito e amei muito mais a partir das entrevistas do diretor, o Allan Deberton. Assistam...será um deleite ouvi-lo e, principalmente, ouvi-lo sobre Pacarrete, do filme e de vida dele</div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWuOVkpPjfwRbup2psgMZhYBbcy86II7C0EFRHEuFtYB0xdrVqHc6jb63gCHHafyjkPp4KuFMUsaqi_47mw-caAO_CGOoFCH11VF7uS3f6RWO1AsuJjykLUqQhO6c7Ew5Wmawyz8Rhvd_R/s940/pacarete+diretor.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="627" data-original-width="940" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWuOVkpPjfwRbup2psgMZhYBbcy86II7C0EFRHEuFtYB0xdrVqHc6jb63gCHHafyjkPp4KuFMUsaqi_47mw-caAO_CGOoFCH11VF7uS3f6RWO1AsuJjykLUqQhO6c7Ew5Wmawyz8Rhvd_R/s320/pacarete+diretor.jpg" width="320" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div>créditos das imagens, por ordem de exposição:</div><div>outraspalavras.net</div><div>adorocinema.com<br />adorocinema.com</div><div>cineset.com.br</div><div>oxereta.com</div><div><br /></div><div>PS. Texto não revisado pelo autor. bjs</div><div><br /></div><div><br /><div><br /><p><br /></p></div></div>marcossertaniohttp://www.blogger.com/profile/12821047707886947649noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5169292185752140372.post-53446102865028281712020-11-18T10:38:00.001-08:002020-11-25T13:46:29.384-08:00<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">Onde e o que pode uma
criança cega estudar? Experiências, aprendizagens, e ensinamentos<i> </i>em<i>
Vermelho como o céu.<o:p></o:p></i></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Rever Vermelho como o céu, ou <i>Rosso
come il cielo</i>, de Cristiano Bortone, de 2006, é sempre um
mergulho nas nossas possibilidades, das impossibilidades a nós impostas pela
escola, pela família, pela sociedade – é uma tríade por demais conhecida, um
chavão, mas que infelizmente ainda nos domina. Vermelho como céu pode ser um
filme sobre a infância, sobre escola para meninos ainda na transição da infância
para a adolescência, sobre escolas com regime de internato, sobre escolas religiosas,
sobre escola para meninos cegos, enfim. E é isso tudo e muito mais, pois além desses
“subgêneros” temos um filme em que a aprendizagem a partir dos sentidos em
pulsação ao extremo, o companheirismo, o amor, enfim está presente até do
início ao fim da narrativa.<o:p></o:p></p>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjG6SG5FVoeYS5SC9oj090Aloe45AZD96oY4rEbM7GaCPCAv5vhoBlDQxLg5xQK9wF1GK8IhgE_MJNiL5ULYAkZkMVWmE7lKKm4s99tA23TAwkAm0qFP_nSwFvKneuF3eGdLFuSxmkQLyp2/s1600/vermelho+com+o+c%25C3%25A9u%252C+cartaz.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="1060" data-original-width="1600" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjG6SG5FVoeYS5SC9oj090Aloe45AZD96oY4rEbM7GaCPCAv5vhoBlDQxLg5xQK9wF1GK8IhgE_MJNiL5ULYAkZkMVWmE7lKKm4s99tA23TAwkAm0qFP_nSwFvKneuF3eGdLFuSxmkQLyp2/s320/vermelho+com+o+c%25C3%25A9u%252C+cartaz.jpg" width="320" /></a><br />
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 6pt; line-height: 107%;">cinepedagogiace.blog.spot<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Mirco Balleri é um garoto comum
que brinca nas campinas da Toscana, mas após um acidente doméstico com arma de
fogo, teve sua vida modificada ainda mais: agora sem enxergar quase nada, teve
que estudar em uma escola para crianças cegas(meninos), em outra cidade, no
regime de internato. Isto é, agora sua vida estava restrita à convivência com
quem não enxergava – ou enxergava muito pouco – com os olhos.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">E é este detalhe que indico no
final do parágrafo anterior – e já visto em texto também anterior de nossa
autoria sobre o filme <i>Janela da alma</i> – o individuo é dotado de 5 sentidos,
por que não explorar todos? Na ausência de um deles, ainda teremos mais 4, é
esta, uma das mensagens que Mirco nos comunica. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">A amizade é um dos grandes trunfos do nosso protagonista, pois é com
ela que ele desenvolve seu potencial criativo, e com este potencial, despertar
no professor a coragem de agir politicamente dentro da instituição, em favor da
liberdade criativa dos estudantes. Adiante volto a este professor, também
padre, por ora, vamos nos concentrar na amizade. <o:p></o:p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-_fQ4ajKBtcW976n359KmTt6wio845o3gOMOz69ye0kQWqBY4dcdIUtdqtqoCsaBqNd1a-66TSOobF4AS2n18xHKYl3tQZSTsx3PzW66EnLITry1mMUEgrBNylwMvRHNvdswYwO0xM94A/s910/vermelho+com+o+c%25C3%25A9u+%25C3%25A1rvore.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="515" data-original-width="910" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-_fQ4ajKBtcW976n359KmTt6wio845o3gOMOz69ye0kQWqBY4dcdIUtdqtqoCsaBqNd1a-66TSOobF4AS2n18xHKYl3tQZSTsx3PzW66EnLITry1mMUEgrBNylwMvRHNvdswYwO0xM94A/s320/vermelho+com+o+c%25C3%25A9u+%25C3%25A1rvore.jpg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: 9.33333px; text-align: justify;">Cinemaescrito.com</span><span style="font-size: 7pt; text-align: justify;"> </span></div>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">Em suas primeiras semanas de internato os aprendizados e os ensinamentos
que nosso protagonista alcança são de encher nossos olhos, nossos corações,
nossa alma, sempre com a conquista de amizades, cuja primeira é com Felice, a
segunda, Francesca, não interna, até angariar uma legião de amigos admiradores.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">Aliás do início ao fim da narrativa fílmica temos muitas e suaves emoções,
cujo ponto alto é quando os estudantes fazem a festa de final de ano a ser
apresentada aos familiares. Na entrada todos e todas recebem uma fita preta. Ao
sentarem-se o padre e professor pede que todos usem a fita vendando os olhos, e
o que se vê é uma plateia alegre e feliz por ter “percebido” sentido o que viver
e poder viver sem “ver”, mas enxergando, sentindo...<o:p></o:p></p>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUmw-vYYxSqjnyGZtbjPNv-yWWUbJR9QlgtynE7_-t21anrWu9snNYyopo6PI7eYG9jgXKcTXFyG16nO6C9FOPM-eng-Z2who3mEr8EPK4YY86ClYx0DBJqGnMEaP_5vlhDTVP_wGVs9eI/s330/vermelho+com+o+c%25C3%25A9u+plateia.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="153" data-original-width="330" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUmw-vYYxSqjnyGZtbjPNv-yWWUbJR9QlgtynE7_-t21anrWu9snNYyopo6PI7eYG9jgXKcTXFyG16nO6C9FOPM-eng-Z2who3mEr8EPK4YY86ClYx0DBJqGnMEaP_5vlhDTVP_wGVs9eI/s320/vermelho+com+o+c%25C3%25A9u+plateia.jpg" width="320" /></a></div><span style="font-size: 10.6667px; text-align: justify;"> lounge.obviusmag.org</span><br /><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">A apresentação da classe é uma encenação de uma história criada por
Francesca, sua grande amiga.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4fZyP1CxMcLRCuzSZLacGWp1mRsvyaDO4qgZ8CFts9kcZXR3UxchckIjhz8Qymd4veVxCU7pbGYkTcI1exKE0TMoQz4BPUlE7AmBG94oD7Ea2wi2nPOO6XXkwqaSiegVsig1ThyBLSzCS/s300/vermelho+com+o+c%25C3%25A9u+Mirco+e+Francesca.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="168" data-original-width="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4fZyP1CxMcLRCuzSZLacGWp1mRsvyaDO4qgZ8CFts9kcZXR3UxchckIjhz8Qymd4veVxCU7pbGYkTcI1exKE0TMoQz4BPUlE7AmBG94oD7Ea2wi2nPOO6XXkwqaSiegVsig1ThyBLSzCS/s0/vermelho+com+o+c%25C3%25A9u+Mirco+e+Francesca.jpg" /></a></div><span> </span><span> </span><span> </span><span> </span><span> </span><span> </span><span> </span><span> </span><span> </span><span> </span><span> </span><span> </span><span> </span><span> </span><span> </span><span> </span><span style="font-size: 10.6667px; text-align: justify;">lounge.obviusmag.org</span><br /><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">Enquanto a peça é apresentada, imagens do internato são
intercaladas, com uma música uma belíssima, sob
a responsabilidade de Ezio Bosso e Stefano Campus e fotografia, de Vladan
Radovic. Vale ressaltar que ali e em diversos momentos, esse recurso e elemento
cinematográfico presenteiam os espectadores sempre de maneira sublime, outras
vezes, agressiva, mas sempre significativas, nunca incólumes.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Mas voltando ao episódio do padre
e professor, o Don Giulio, apesar desses títulos, era um homem que primava pela
<i>fantasia </i>dos seus alunos, como se diz imaginação em italiano, e que
tanto admirava a capacidade criativa dos seus meninos. E foi movido por esses “detalhes”
que juntou forças e enfrentou o diretor da escola o qual se orgulhava do século
de vida que ela alcançara, principalmente por que obedecia às regras. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Devido às criações, más criações
no olhar da direção da escola, Mirco foi expulso do internato pelo, mas o
professor enfrentou o chefe e exigiu a permanência do garoto e ainda que a festa
de final de ano seria, daquele ano em diante, seria organizada por ele, a pessoa
mais indicada, pois era com quem os meninos tinham contato diário como
professor-aluno. Mas em qual momento o padre e professor reuniu forças? Com uma
conversa que teve, em pleno corredor da escola, com a faxineira e faz tudo do
lugar, Concettina. Como pode um padre receber orientação de alguém subalterno? Parar
para ouvir alguém hierarquicamente inferior? Somente vendo <i>Rosso come il
cielo</i><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">É um filme para a família, mas
principalmente para os vizinhos, a comunidade ver....com todos os sentidos: ver
para ouvir, ver para cheirar, ver para degustar, ver para enxergar, ver para
sentir..... Somente vendo <i>Rosso come il cielo</i><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">E em meio aos debates a respeito
da legislação que trata da introdução do cinema nas escolas brasileiras, mais especificamente
do cinema brasileiro na educação básica, isso nos idos de 2014, com a lei 10.006.
São duas horas mensais mínimas de exibição de filmes nacionais. Por que essa
digressão? Somente vendo <i>Rosso come il cielo<o:p></o:p></i></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Em meio há mais uma estupidez do
atual governo federal que quer “incluir” crianças como Mirco e seus amigos de
internato, em escolas com crianças com suas necessidades, sugiro <i>Rosso come
il cielo....<o:p></o:p></i></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrZgV6dWrlTq2S2fAKzwB9rKQBxO0JJJhpvwUH6GaozkGdOn6c46AUJMK1V3jSc3kNjNeSsFkFrcm8Y4kzFSXsahS92Qw5nSFDJLlm4mxE2XVaev-LGq0N12K8NPrMO4LuUaJsutULiwPV/s160/vermelho+como+o+c%25C3%25A9u+diretor.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="160" data-original-width="119" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrZgV6dWrlTq2S2fAKzwB9rKQBxO0JJJhpvwUH6GaozkGdOn6c46AUJMK1V3jSc3kNjNeSsFkFrcm8Y4kzFSXsahS92Qw5nSFDJLlm4mxE2XVaev-LGq0N12K8NPrMO4LuUaJsutULiwPV/s0/vermelho+como+o+c%25C3%25A9u+diretor.jpg" /></a></div><br /><i><br /></i><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><i>Eis aqui um dos canais <a href="https://www.youtube.com/watch?v=yvd9R30hNqk&ab_channel=VanderleiMedeiros">https://www.youtube.com/watch?v=yvd9R30hNqk&ab_channel=VanderleiMedeiros</a><o:p></o:p></i></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br />marcossertaniohttp://www.blogger.com/profile/12821047707886947649noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5169292185752140372.post-23011569753333357092020-11-14T17:09:00.000-08:002020-11-14T17:09:00.650-08:00<blockquote style="border: none; margin: 0 0 0 40px; padding: 0px;"><p style="text-align: center;"><b><span style="font-size: xx-small;"> ver para enxergar - ou seria o contrário?, enxergar para ver?</span></b></p></blockquote><p><br /></p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNXOBPQYOwP6ZeYysmBiu1G4ohhbzAoIaYHe7vVoPgE_GL5tEWm5euSOJ3wKIrlqSdcd6-XgfAcPwPkNgNpDnNZdLb5rBJzUT-O_gcnMNQ_6DnE20kpuTuOSbZddeMq_Qbz1j_UM37jY6P/s607/janela+da+alma+pr%25C3%25AAmio.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="607" data-original-width="486" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNXOBPQYOwP6ZeYysmBiu1G4ohhbzAoIaYHe7vVoPgE_GL5tEWm5euSOJ3wKIrlqSdcd6-XgfAcPwPkNgNpDnNZdLb5rBJzUT-O_gcnMNQ_6DnE20kpuTuOSbZddeMq_Qbz1j_UM37jY6P/s320/janela+da+alma+pr%25C3%25AAmio.png" /></a> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHe_964DK1FZN5sbV9oQRNSoY5JYoWa4SQquZ-cep5Ik4PU8OpDsxx66HjWGXKbhs49UjXS6IpplsK5uIPMAaWE_EYNqBOkrM62aDuHokD5tYVwNF-ePxbcuKcY5SoaWR8OWf6g0v6Xj55/s940/janela+da+alma.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="940" data-original-width="640" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHe_964DK1FZN5sbV9oQRNSoY5JYoWa4SQquZ-cep5Ik4PU8OpDsxx66HjWGXKbhs49UjXS6IpplsK5uIPMAaWE_EYNqBOkrM62aDuHokD5tYVwNF-ePxbcuKcY5SoaWR8OWf6g0v6Xj55/s320/janela+da+alma.jpg" /></a></div></div><br /><br /> <p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Inicio meu texto informando
que ele foi produzido tão logo acabei de ver o filme <i>Janela da Alma,</i> de João
Jardim e Walter Carvalho, 2001, disponível em <a href="https://www.youtube.com/watch?v=4F87sHz6y4s&t=2s&ab_channel=Mir%C3%A1Filmes">https://www.youtube.com/watch?v=4F87sHz6y4s&t=2s&ab_channel=Mir%C3%A1Filmes</a>, </span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; text-align: left;">produzido pela Copacabana filmes e produções, </span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; text-align: left;">Ravina filmes e e Dueto filmes, </span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">acessado na noite de hoje, noite em que produzo esse brevíssimo ensaio/comentário.
Portanto é um texto produzido no calor da hora e, com os riscos de esquecer de
muitos dos detalhes e dos/das participantes, mas assim o quis fazer.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">O filme é um mosaico de depoimentos
que versam sobre o papel fundamental e profícuo da ausência da visão promovida
pelos olhos, isso mesmo que você leu, o filme traz em seu cerne, em suas
imagens, falas e cenas, a vantagem de não vermos, uma vez que já diz o velho
dito popular, o essencial é invisível aos olhos. Hoje tive mais uma vez essa comprovação
ao ver (ou rever?), <i>Janela da Alma. </i>Viram a minha dúvida? Vi, mas não
mais sei se o vi. Por que será que tenho essa dúvida?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Sei que nos áureos tempos da
TV BRASIL, denominada a tevê do Lula, vi em diversos programas, bons programas
por sinal, reportagens sobre esse filme, disso tenho certeza, viram agora a
minha certeza? Por que será que tenho esta convicção de ter visto reportagens
sobre o próprio, mas nenhuma se vi o próprio filme? Somente vendo <i>Janela da
Alma</i> para sabermos porque aqueles que não enxergam, com os olhos, afirmam
que não precisam dos olhos para ver. E por que não termos certeza de termos
visto algo mesmo sendo dotados da visão, isto é, de “enxergarmos com os olhos?”<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Com depoimentos de gente como
José Saramago, que dentre várias pérolas ditas (esta não me fugiu à memória):
estamos vivendo a caverna de Platão nos tempos atuais, o filme é de 2001,
portanto lançado há 19 anos e, continua o escritor português, viveremos ainda
mais esta caverna, mais adiante, afinal tudo é propaganda, tudo nos envolve
para um mundo que não nos pertence, que não é o mundo que imaginamos ser. Fiquei
perplexo com mais essa do gênio portuga. Dona Isabel de seu Porfírio adorava
essa palavra “perplexo” e eu amava essa paixão dela.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9yuSFcOhL-yO1FTDTI-dx16aG5fPS0jCqCx7KTTjbIyFdJf8flq4doyM9OWaw_0GzdBza6Tkg_ctOzwHyWIt8xBpcLWritB4IDUp5itVTBYjLl0rTyCadlVebz5H_6VNT0h7vijlXvLOD/s290/janela+da+alma+depoentes.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="290" data-original-width="215" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9yuSFcOhL-yO1FTDTI-dx16aG5fPS0jCqCx7KTTjbIyFdJf8flq4doyM9OWaw_0GzdBza6Tkg_ctOzwHyWIt8xBpcLWritB4IDUp5itVTBYjLl0rTyCadlVebz5H_6VNT0h7vijlXvLOD/s0/janela+da+alma+depoentes.jpg" /></a></div><br /><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><br /></span><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Mas temos muito mais: Manuel
de Barros, que com sua verve cômica, solta uma das dele; os cineastas Wim Wenders
e Agnes Varda -que contam histórias belíssimas, destaco aqui a dele: que até as
crianças ao pedirem que os contem uma história, estão, na verdade, querendo outro
mundo. O poeta Antonio Cícero, a atriz Marieta Severo. Outros que não consegui
memorizar o nome dão testemunhos maravilhosos, daqueles que nos deixam, mais
uma vez: perplexos, ou como se diz no sertão: de “bocaberta”, “bêstas”....<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Por fim destaco a primorosa
presença do panmúsico Hermeto Pascoal, do qual dentre as pérolas, destaco a seguinte:
ouvimos pela nuca e enxergamos pela testa, em um ponto entre os olhos e acima
um pouco deste, centralizadamente.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Quanto a algumas imagens, elas
são muito coloridas e se mexem feito uma cortina que foi balançada de leve;
entre um quadro e outro, a tela fica escura para que, aos poucos, as cores
comecem a aparecer, com pontos luminosos, numa tentativa de se aproximar ao que
dizem aqueles e aquelas que não enxergam conseguem “ver”. Atentem para os detalhes
dos locais onde cada um/uma fala, o som que aparece, desde a música a um ruído
qualquer!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Janela da Alma </span></i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">é um
filme que deve ser visto, várias vezes, inclusive com a tela escura em uma das sessões;
em grupo e isoladamente; e ainda em uma das exibições, serem anotadas as máximas
filosóficas ditas pelos participantes com seus testemunhos abissais!!!! Não deixem
de ver! Todos e todas – sem distinção.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><o:p> </o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAK0v5rxC2j3ax5T6J8YYMbIv4YWpE6FsWKFd0m1BFJvD6N5VRl5EmtZMIexSLtffhRVZzIDr284y2_kAebX9nv-c4hQJWm5Mnc9dDQo_xEbcgjrQQeeO5vLdQrT8Lx6aAh9kPjsH7bhMz/s1920/janela+da+alma+diretor2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1280" data-original-width="1920" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAK0v5rxC2j3ax5T6J8YYMbIv4YWpE6FsWKFd0m1BFJvD6N5VRl5EmtZMIexSLtffhRVZzIDr284y2_kAebX9nv-c4hQJWm5Mnc9dDQo_xEbcgjrQQeeO5vLdQrT8Lx6aAh9kPjsH7bhMz/s320/janela+da+alma+diretor2.jpg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">diretor João Jardim</div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqrUJXb67N6VhQaqVgM8umnEDpnF2rf47-0sLPzVxK9-KIb0xNXnuxeYRFJGYUyHamrTGipHVgQHVznCkE-CB1JN7cqh1fRvAGpWG_UReBaA6CnPKzz-J5-iCQePFF9UbLTAkwyNKrwLXD/s296/janela+da+alma+diretor1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="170" data-original-width="296" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqrUJXb67N6VhQaqVgM8umnEDpnF2rf47-0sLPzVxK9-KIb0xNXnuxeYRFJGYUyHamrTGipHVgQHVznCkE-CB1JN7cqh1fRvAGpWG_UReBaA6CnPKzz-J5-iCQePFF9UbLTAkwyNKrwLXD/s0/janela+da+alma+diretor1.jpg" /></a></div> diretor Walter Carvalho<p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><o:p> </o:p></span></p>marcossertaniohttp://www.blogger.com/profile/12821047707886947649noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5169292185752140372.post-82714168606565804272020-11-06T10:13:00.000-08:002020-11-06T10:13:02.201-08:00<p> </p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><i><b><span style="font-family: courier; font-size: large;">Zero de conduta, Jean Vigo,
1933, França.</span></b><o:p></o:p></i></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><i></i></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><i><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixNqDZIukzD8pLdMST8szALt6dPwUjPuwIDob2KwGHZNJeE3n-bw7EgpxFLpZXBzVPpPZKApHGB-Gej0l11bT5n32mNmn0zUcjuslA83MlAhJfoBVLezW1PO9xkMbEPZX7Dn5qbPdVZsUq/" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixNqDZIukzD8pLdMST8szALt6dPwUjPuwIDob2KwGHZNJeE3n-bw7EgpxFLpZXBzVPpPZKApHGB-Gej0l11bT5n32mNmn0zUcjuslA83MlAhJfoBVLezW1PO9xkMbEPZX7Dn5qbPdVZsUq/" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="241" data-original-width="210" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixNqDZIukzD8pLdMST8szALt6dPwUjPuwIDob2KwGHZNJeE3n-bw7EgpxFLpZXBzVPpPZKApHGB-Gej0l11bT5n32mNmn0zUcjuslA83MlAhJfoBVLezW1PO9xkMbEPZX7Dn5qbPdVZsUq/" width="209" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMYXJEHZVCbrJ60EuZeoI6dEMR42RvthTpLCjkNM0p7kiXmnFRM4j-RytkuBC7A3GfFR0I_GzTw_oFjHKsF-mWaHAK9TTHsDJwNitXSL1rsAD697kHSDjrfn9cWK1DNhzLweQpzjAExqX8/s261/zero+de+conduta+1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="261" data-original-width="193" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMYXJEHZVCbrJ60EuZeoI6dEMR42RvthTpLCjkNM0p7kiXmnFRM4j-RytkuBC7A3GfFR0I_GzTw_oFjHKsF-mWaHAK9TTHsDJwNitXSL1rsAD697kHSDjrfn9cWK1DNhzLweQpzjAExqX8/s0/zero+de+conduta+1.jpg" /></a><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /></i></div><div style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: right;"></div></div><i><br /><br /></i><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">A presença da Educação no cinema,
principalmente o cotidiano da sala de aula, ocorre desde o início da sétima
arte. Hoje nosso dialogo será com um filme produzido nos anos de 1930, mais
precisamente em 1933, portanto 40 anos depois do “surgimento” do cinema, numa
fase já consolidada com a marca de “escolas cinematográficas” em vários países,
trata-se de <i>Zero de Conduta, </i>dirigido pelo francês Jean Vigo. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Zero de conduta apresenta um internato
para meninos, destacando um quarteto desses garotos que sempre chamam a atenção
da direção do estabelecimento por não cumprirem as ordens da casa, as quais,
vamos conhecendo, são opressoras e, portanto, limitadoras das ações pertinentes
à infância e à adolescência. Na trama, os personagens estão às vésperas de uma comemoração
cujo nome não é revelado.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Na instituição de ensino constatamos
diversas agressões aos internos, em face da postura autoritária dos professores
e dos demais componentes da gestão escolar. À exceção de um deles, o qual com
sua postura, lembra algumas prerrogativas do professor Paulo Freire em seu
livro Pedagogia da Autonomia. Trata-se do prof Huguet, novo no estabelecimento,
e pela prática não autoritária, opressora, não é bem visto pela direção e inspeção
escolares. Este professor permite que os estudantes tenham autonomia, trabalha
com alegria, participa com eles e sabe ouvi-los. Em dos momentos, o prof Huguet
vê um aluno “plantar bananeira” em plena sala de aula e em seguida imita o
estudante.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">A narrativa proporciona a vitória
aos estudantes revoltosos, quando os dirigentes do internato estão em plena comemoração
organizada pela própria instituição, o que a nosso ver, não seria comum à
época, 1933: a vitória da revolta estudantil. E essa “vitória” começa na
véspera da festa, quando os líderes incitam aos demais colegas à não
participação na comemoração, ao promoveram “uma brincadeira” conhecida como
guerra de travesseiros. Um detalhe dessa sequência é que ao final dela temos
alguns segundos em câmera lenta: a alegria tomou conta de todos os meninos. Um instante
poético da narrativa criada pelo diretor, Jean Vigo.<o:p></o:p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgv5wuC6f_srLjug2VuRC9Yc0beLVGj3QAlk-0W2bwYaNe-if2w6IS5ryb4FTGFs-AZXLAbJGqvNxZoORuCbeaHPIRGGU7NE_4jsacq5eLIzqRodILPkkUojiVw2p01hrzy7nFkkvIkfIIK/s262/zero+de+conduta+2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="192" data-original-width="262" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgv5wuC6f_srLjug2VuRC9Yc0beLVGj3QAlk-0W2bwYaNe-if2w6IS5ryb4FTGFs-AZXLAbJGqvNxZoORuCbeaHPIRGGU7NE_4jsacq5eLIzqRodILPkkUojiVw2p01hrzy7nFkkvIkfIIK/s0/zero+de+conduta+2.jpg" /></a></div><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Outro detalhe é que enquanto o
inspetor, anão, fala ao professor Huguet, da necessidade da escola realizar uma
festa digna da presença do governador, imagens da guerra de travesseiros se
alternam à reunião. O fato de colocar um anão como inspetor e de ter
escancarado sua visão sobre os horrores de um internato, podem ter custado
muito caro ao diretor.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">No dia seguinte, dia da comemoração,
o quarteto dos líderes não aparece no momento da festa, pois todos estão
arquitetando ‘’o ataque”, o que ocorre ao jogarem do alto da escola, latas,
pedras e outros objetos. Alegres, os quatro meninos andam pelo teto onde está
uma bandeira “do movimento” por eles organizados, enquanto os colegas, em
baixo, comemoram, e as autoridades ficam confinadas no porão.<o:p></o:p></p><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhshEzhm7kj0jOlYadXtDQzjaWGial-x4HIKWhjEevQBdPtmBNNcOHmAy8tTMejc4_SeSzkYXkSsapyCQX9cSgJ_n2RNPJxxi3v1CBzUVUpew4wAVOhUFBJqE_umxof0ZLLdU1M54i-jIX6/s300/zero+de+conduta+3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="168" data-original-width="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhshEzhm7kj0jOlYadXtDQzjaWGial-x4HIKWhjEevQBdPtmBNNcOHmAy8tTMejc4_SeSzkYXkSsapyCQX9cSgJ_n2RNPJxxi3v1CBzUVUpew4wAVOhUFBJqE_umxof0ZLLdU1M54i-jIX6/s0/zero+de+conduta+3.jpg" /></a></div><br /><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br /></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">O filme não mostra uma nova forma
de narrativa, mas seu diferencial reside nessas novidades apontadas e serve
tanto como referencial fílmico de modo amplo, quanto temático. Destaco como
inovações político-estéticas o protagonismo juvenil, e não somente de um ator,
mas de 04(quatro) deles e ainda o uso de ambientes externos, inclusive a rua,
alternando com internos.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqCxX_NpIYkxeIHBaTuUbldcQXkQAJ4U3hW2j15A2hECcq_2Nusrm34FUhHm5pelPJ5PBH7o77f6Ij8MBnOxMVgz40pVVjwgCINtGPzeit_PIALHZBGkrXMqhSWUqhBv6hStBN01mzXqR4/" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="296" data-original-width="474" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqCxX_NpIYkxeIHBaTuUbldcQXkQAJ4U3hW2j15A2hECcq_2Nusrm34FUhHm5pelPJ5PBH7o77f6Ij8MBnOxMVgz40pVVjwgCINtGPzeit_PIALHZBGkrXMqhSWUqhBv6hStBN01mzXqR4/" width="320" /></a></div>as imagens foram retiradas dos sites,pela ordem:<o:p></o:p><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">radarconsultoria.com</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">adorocinema.com</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">bheventos.coom.br</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">velhaonda.com</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">cinefrance.com.br</p>marcossertaniohttp://www.blogger.com/profile/12821047707886947649noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5169292185752140372.post-19061443841964543972020-09-15T18:39:00.002-07:002020-09-15T18:39:44.081-07:00<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Cinema
e História</span></b><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; text-align: justify;">, Marc Ferro. Tradução Flávia Nascimento. Rio de Janeiro:
Paz e Terra. 1992.</span></div><p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKx88_LmMMEmjYhDBkS92kKWWdTXX3JPZvHwteHjcbPeJVKpXJh6JIucWJmcFQRyXlW4OA7t0J-wYmko18qTlmjP_Ghggc43jMP1F9Jr7cIPHpRYZhGaPyhLfnDplOUlA8NZOFfrpGVZD7/s263/cinema+e+hist%25C3%25B3ria2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="191" data-original-width="263" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKx88_LmMMEmjYhDBkS92kKWWdTXX3JPZvHwteHjcbPeJVKpXJh6JIucWJmcFQRyXlW4OA7t0J-wYmko18qTlmjP_Ghggc43jMP1F9Jr7cIPHpRYZhGaPyhLfnDplOUlA8NZOFfrpGVZD7/s0/cinema+e+hist%25C3%25B3ria2.jpg" /></a><img border="0" data-original-height="271" data-original-width="186" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8sW6qo8gYLgRjhcVyGV4JD_7To8MTaeMCD7P1QOZW2zxNSqh8Mrj_PMtsYVI7AVkB6yUny1Jf2Pk0eUR0ilW52Xijk1pnXitPkKTaW2wo8s5yo_GjDkXhIbQYkEIDP3IGHa07e_f42hVm/s0/marc+ferro.jpg" style="text-align: left;" /></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Ao
ser apresentado a este pequeno, fecundo e fundante livro – este último adjetivo
com destaque para o autor desse texto – pelo meu querido amigo e atualmente meu
professor da disciplina Cinema e História, o Prof. dr. Hamílcar Dantas, no
Mestrado Interdisciplinar em Cinema pela Universidade Federal de Sergipe, tive
a agradável surpresa de ler um dos mais leves textos teóricos, mas sem deixar a
profundidade de análise, que une o prazer do Cinema com o vasto campo do
conhecimento histórico. O objetivo do livro é mostrar como o Cinema pode, e
deve ser considerado, fonte histórica, independentemente se a produção é um documentário
ou uma ficção.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Dividido
em 14(catorze) capítulos de tamanhos e anos de produção diferentes, Marc Ferro
vai analisando filmes históricos, sem fazer menção a este adjetivo, produzidos
na URSS (alguns na Alemanha) cujo tempo cobre 05 anos de produção entre o
primeiro, de 1971, e os últimos, de 1976. No índice, o primeiro texto está entre
os mais novos, feito para apresentar o percurso metodológico e analítico cujo
titulo é <i>Coordenadas para uma pesquisa.</i> Nele o autor constroi algumas
teses, apresentadas pelo seguinte trecho: <i>Entre cinema e história, as inferências
são múltiplas, por exemplo: na confluência entre a História que se faz e a História
compreendida como relação de nosso tempo, como explicação do devir das
sociedades. Em todos esses pontos o cinema intervém.</i>(p. 13)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Esse
trecho de abertura dá a tônica do debate e da explanação que Marc Ferro constroi
nas suas 143 páginas. Cujas teses são as seguintes:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: 150%; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"><span style="mso-list: Ignore;">1.<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O
Cinema é agente da história;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"><span style="mso-list: Ignore;">2.<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Com
o seu modo próprio de expressar, da narrar, o Cinema opera um impacto no espectador,
pois este tem a sensação de estar vivendo o momento histórico abordado;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"><span style="mso-list: Ignore;">3.<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O
Cinema é um embate entre a sociedade que o produz e a sociedade que o recebe;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: 150%; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"><span style="mso-list: Ignore;">4.<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O
Cinema produz uma leitura histórica do passado e pode confrontar a tese do
historiador.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">No
que tange à ideologia predominante do Estado, às vezes o cineasta consegue ir além
da propaganda oficial e até expor lacunas desse patrão, o Estado, uma vez que
fazer cinema é fazer arte, e a subversividade é uma característica de toda e
qualquer arte.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Os
filmes produzidos a favor ou contra determinado país está de acordo com o momento
e, assim, ao sabor das novas relações entre os Estados Nacionais, isto é,
podemos assistir a filmes com visões diferentes sobre um mesmo país, feitos em
momentos distintos da História, e por diretores de uma mesma nacionalidade.</span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> <o:p></o:p></span><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhWOMUMlmOooSDAuAjYMzaa88LITcT9yKesipzGBrGl5-LhipYQCJoacT1YO4BFX23xXQp7vphk73BA8bfNLmA1ZzZUW5k6mAFYVfMwD0x3PkhO1y-BNrnlyKa0TuzMIlkx9U8FG4MJl96/s264/cinema+e+hist%25C3%25B3ria1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="264" data-original-width="191" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhWOMUMlmOooSDAuAjYMzaa88LITcT9yKesipzGBrGl5-LhipYQCJoacT1YO4BFX23xXQp7vphk73BA8bfNLmA1ZzZUW5k6mAFYVfMwD0x3PkhO1y-BNrnlyKa0TuzMIlkx9U8FG4MJl96/s0/cinema+e+hist%25C3%25B3ria1.jpg" /></a></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Ferro
em um dado momento de seu livro, na parte intitulada <i>Sociedade que produz Sociedade
que recebe, </i>analisa dois filmes que receberam críticas contrárias, mas que
fizeram muito sucesso de bilheteria, são eles: O Terceiro Homem, de Carol Reed
e A Grande ilusão, de Robert Rossen. Ambos puserem em cheque a capacidade das
sociedades hegemônicas da época, EUA e Reino Unido ao incluir temas como judeus,
homossexualidade e outros como passiveis de convivência social e dotados de
capacidade como qualquer ser humano.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Um
dos capítulos do livro é uma entrevista que o autor concedeu aos <i>Cahiers du
Cinéma, </i>em 1975, intitulado <i>Sobre três maneiras de escrever a história</i>,
no qual, novamente, sustenta a tese de ser o Cinema uma fonte histórica. Segundo
ele o Cinema foi desacreditado por algum tempo, mas após o primeiro grande conflito
mundial seu poder de registro – ficção ou não ficção – passou a ser respeitado,
inclusive os nazistas foram os que mais o utilizaram como veículo de propaganda
e disseminação desse mesmo poder, nazista. Por isso e por outros motivos, temos
uma grande fonte que faz história na História, como o próprio autor costuma
usar as iniciais minúscula e maiúscula para o mesmo termo em determinados
momentos do livro, numa clara provocação ao poder constituído, dessa vez, pelos
historiadores de formação, não diretores de cinema.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">No
seu maior capítulo, <i>O Filme: uma contra-análise da sociedade?</i>, o autor continua
a nos instigar a pensar esse objeto como fonte histórica para o historiador e
faz a seguinte ressalva metodológica. <i>O filme, aqui, não está sendo considerado
do ponto de vista semiológico. Também não se trata de estética ou de história
do cinema. Ele está sendo observado não como uma obra de arte, mas sim como um
produto, uma imagem-objeto, cujas significações não são somente cinematográficas.</i>(p.
87)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Ler
e estudar Cinema e História de Marc Ferro é um exercício dos mais agradáveis,
pois reúne ciência e arte e nos leva necessariamente também a ver os filmes analisados
pelo autor, ao tempo em que nos instiga a construir nossas teses para outros
filmes, inclusive os nacionais.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Por
marcos josé de souza<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">15
de Setembro de 2020<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>marcossertaniohttp://www.blogger.com/profile/12821047707886947649noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5169292185752140372.post-86978912751037693172020-08-01T15:06:00.000-07:002020-08-01T15:06:47.904-07:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1IdfRput9MwI-fMmuc5eG91oto7Gp7tQN8HRX9KXP8jpT7akb5ssb5aQ5yBvaJhAvMP-TT9d_deaRU4YFIo-MQMgQjC_nexnd-WF0Uf0dBakm6dGDnA2OAJ5BWjxC2VuEWf5a_rnq8jIG/s1600/guerra+de+canudos.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="168" data-original-width="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1IdfRput9MwI-fMmuc5eG91oto7Gp7tQN8HRX9KXP8jpT7akb5ssb5aQ5yBvaJhAvMP-TT9d_deaRU4YFIo-MQMgQjC_nexnd-WF0Uf0dBakm6dGDnA2OAJ5BWjxC2VuEWf5a_rnq8jIG/s1600/guerra+de+canudos.jpg" /></a></div>
<span style="font-size: 11pt; line-height: 107%;"><b><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></b></span>
<span style="font-size: 11pt; line-height: 107%;"><b><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O
diretor de cinema como historiador II</span></b></span><br />
<span style="font-size: 11pt; line-height: 107%;"></span><br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<i><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Historiadores
e Cinema, Cineastas e História: o Diretor como historiador II<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="xmsonormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="xmsonormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: #201f1e;">O
Cinema e a Literatura e o Cinema e a História há mais de um século vem
construindo olhares, dialogando saberes, criando arte. Revivendo, revisitando,
contestando, criando novos olhares, novas possibilidades de arte. É o que vem
nos propondo Sergio Rezende nestas duas semanas ao revisitar elaborando novas(?)
narrativas para fenômenos e pessoas historicamente situadas na História do
Brasil, oficial ou não, mas que marcaram seu tempo e seu lugar na vida desse
país. Mesmo atribuindo o substantivo “pessoa” sabemos que elas agiram dentro de
circunstâncias coletivas, direta e indiretamente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="xmsonormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: #201f1e;">As
pessoas às quais me referi acima são as mesmas que dão nomes aos filmes,
trata-se de Lamarca e Zuzu Angel (já analisada em momento anterior a este),
cujas vidas se entrelaçam movidas por interesses semelhantes e agora, temos um
episódio histórico, a guerra de Canudos, uma ofensiva do Governo da União, via
ação do Exército brasileiro, em terras brasileiras, que ocorreu no final do
século XIX, no Estado da Bahia, onde hoje se situa o município de Canudos.<span style="border: none windowtext 1.0pt; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;"> Outro diferencial desta película frente às duas primeiras é que o
diretor além de dialogar com a História, como ocorre com as demais, também
recorre à Literatura para produzir seu roteiro e sua obra, o filme, lançado em
1997, <i>Guerra de Canudos</i>.</span><o:p></o:p></span></div>
<div class="xmsonormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="border: none windowtext 1.0pt; color: #201f1e; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;">Para
tratar do tema – episódio histórico – Rezende faz uso direto de romances(?) de
dois autores consagrados pelos trabalhos realizados sobre este mesmo episódio,
a guerra de Canudos, a saber, <i>O Rei dos Jagunços</i>, de Manuel Benício
e <i>Os Sertões</i>, de Euclides da Cunha, sendo esta segunda consagrada
como obra prima nacional e internacional como análise explicativa deste
momento/episódio da nossa história. Vale ressaltar que foi publicado um livro
sobre a produção deste filme cuja autoria esteve a cargo da esposa dele, Nilza
Rezende, no qual afirma-se que a película tem como fontes de informação os
livros citados acima.</span><span style="color: #201f1e;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="xmsonormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="border: none windowtext 1.0pt; color: #201f1e; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;">A película
traz um diferencial, para quem conhecia a história do episódio, ao colocar como
protagonista um núcleo familiar e dentro, a filha mais velha, Luísa, assume a
liderança diegética. O diferencial, frente ao título do filme e ao conhecimento
do momento episódio, deve-se ao fato de que a guerra foi motivada pela
existência de um beato peregrino, Antonio Conselheiro que com seu séquito,
fundou uma cidade, o Belo Monte e lá construiu uma sociedade com tendências
igualitárias onde toda a produção era dividida para todos, possuindo códigos de
ética e de conduta próprios, enfim uma microssociedade brasileira alheia à
República recém instalada.</span><span style="color: #201f1e;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="xmsonormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="border: none windowtext 1.0pt; color: #201f1e; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;">Com
a cidade se desenvolvendo sua vida diferenciada e tornando-se conhecida pelas
imediações não tão próximas assim, foi conquistando ainda mais adeptos – cuja
conhecimento advém das andanças do líder, Antonio Conselheiro – e adversários,
dentre eles, o governo baiano, inicialmente, e depois o governo federal, que começam
a agir contra aquela população. Outro grande adversário que foi sendo
construído ao longo da caminhada de A. Conselheiro foi a Igreja Católica que
perdeu adeptos e força perante a população da região frente ao carisma do
líder que segundo consta, pregava e praticava boas obras e acolhia os
necessitados, se alimentando pouco, dormindo em situações precárias, até no
chão, diferentemente da Igreja que somente exercia poder e controle sobre os
fieis e usufruía dos beneplácitos das ofertas desses mesmos fieis.</span><span style="color: #201f1e;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="xmsonormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="border: none windowtext 1.0pt; color: #201f1e; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;">O
período histórico abordado pelo filme é de 04(quatro) anos, portanto um bom
tempo de vida para uma cidade construída à mão e em tempo também reduzido, haja
visto que a vida de peregrinação do seu líder começara no Ceará e, a pé, pelos
sertões de todos os Estados da atual região Nordeste, exceto o Maranhão, temos
praticamente uma década de vida</span><span style="color: #201f1e;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="xmsonormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="xmsonormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="border: none windowtext 1.0pt; color: #201f1e; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;">E
do que trata, então, a película? Partindo do próprio título <i>Guerra de
Canudos</i>, temos a ação do governo republicano e suas novas regras de
convivência e de subserviência, aliadas à intimidação e violência com a
investida do Exército contra o povo do Belo Monte e contra a própria
cidade, pois como vimos, ela foi incendiada, mesmo tendo sendo vencido o
conflito bélico. Internamente à ação desses atores temos outro núcleo gerador
da narrativa – a família de Zé Lucena -, citado acima, tendo como protagonista
desse núcleo o personagem Luísa. É ela quem faz o contraponto entre os
antípodas Belo Monte e Exército.</span><span style="color: #201f1e;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="xmsonormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="border: none windowtext 1.0pt; color: #201f1e; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;">O
filme vai intercalando o conflito com a vida de Luísa: inicialmente sua fuga de
casa, em pleno momento em que A. Conselheiro e seu séquito convidam a família
dela a seguirem juntos. Em seguida sua vida de prostituta, quando começa a
analisar a nova vida que surge no sertão, ao se envolver com um barão, a ouvir
relatos de soldados, da gente do lugar e até mesmo de quem participa da guerra,
nos campos de batalha. Daí, casa-se com um soldado desertor, o que lhe dará
mais informações e experiência de vida, inclusive morando no campo de batalha.</span><span style="color: #201f1e;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="xmsonormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="border: none windowtext 1.0pt; color: #201f1e; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;">Por fim, ao perder o marido
para a guerra, passa a conviver com um tenente, já nos momentos finais do
conflito, quando tem os últimos contato com a família – já sem o irmão – Luísa
vai entendendo que ao mesmo tempo que incompreendeu A. Conselheiro, o Exército
é exatamente o contrário do que apregoa, pois vê o atual companheiro lançar
bombas sobre as casas e também vê a própria mãe ser assassinada pelos soldados,
mesmo já sob o controle deles e com as mãos amarradas.</span><span style="color: #201f1e;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="xmsonormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="border: none windowtext 1.0pt; color: #201f1e; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;">Desse
modo e pelo exposto acima, temos em <i>Guerra de Canudos, </i>de Sergio
Rezende, uma obra de cunho histórico, fez história dando destaque,
visibilidade, a um episódio histórico importante para o povo brasileiro, mas
com pouca penetração no universo escolar e cultural deste país. Por esses
motivos consideramos ser o diretor um cineasta historiador e seu filme agente histórico,
uma vez que o tema é de pouco conhecimento popular e sua produção diminui esse
fosso, em face principalmente de que sua primeira versão foi uma minissérie
televisiva, portanto de forte apelo popular. Também o consideramos uma fonte
histórica haja visto essa popularização alcançada via televisão em tempos de
informação “<i>fast-food</i>” (rapidez no acesso, porém com difícil ou nenhuma absorção)
por meios eletrônicos e digitais, isto é, além dos livros e artigos e outros
fontes textuais que tratam do tema, temos a Guerra de Canudos em filme, uma
opção para os novos pesquisadores.</span><span style="color: #201f1e;"><o:p></o:p></span></div>
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span></b>marcossertaniohttp://www.blogger.com/profile/12821047707886947649noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5169292185752140372.post-46163925708667384212020-07-27T12:17:00.003-07:002020-07-27T12:17:18.184-07:00<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<i><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 106%;"><br /></span></i></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiB4vxTv2tBCBXt0ggimSSySa6LLXs_ilGd0p39AnKHii2T93KrKf62tAtQfzl9UMwiwUfDMK1u-XcwxH8MPZa66sIbUdKJhY1w3fmfkIur2x2oJqAVqFm7rV0iFZzetqUtr5Byqy2DEI5f/s1600/Lamarca.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="183" data-original-width="276" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiB4vxTv2tBCBXt0ggimSSySa6LLXs_ilGd0p39AnKHii2T93KrKf62tAtQfzl9UMwiwUfDMK1u-XcwxH8MPZa66sIbUdKJhY1w3fmfkIur2x2oJqAVqFm7rV0iFZzetqUtr5Byqy2DEI5f/s1600/Lamarca.jpg" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiaXj1baj6swlXnCD3VnKgn5xLlwPEgTfMdP8jUKmN70tOJMrTDcMb_6cLWdJR7Obvm6uxClGcX_fAXVpNqwtwA2sUbN7QF_IiEHy0KcBTw0zJC3OddHHaDQEYIXGD84GoJI6R31EOtKCNR/s1600/zuzu+angel.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="154" data-original-width="327" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiaXj1baj6swlXnCD3VnKgn5xLlwPEgTfMdP8jUKmN70tOJMrTDcMb_6cLWdJR7Obvm6uxClGcX_fAXVpNqwtwA2sUbN7QF_IiEHy0KcBTw0zJC3OddHHaDQEYIXGD84GoJI6R31EOtKCNR/s320/zuzu+angel.jpg" width="320" /></a></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<i><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 106%;"><br /></span></i></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<i><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 106%;"><br /></span></i></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<i><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 106%;">Historiadores</span>
</b></i><i><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 106%;"><b>e
Cinema, Cineastas e História: o Diretor como historiador I</b><o:p></o:p></span></i></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Em
que medida um cineasta historiografa um evento, um acontecimento, um episódio
um indivíduo, um grupo social? É possível que outro profissional (?) além do
Historiador, acadêmico ou não posso registrar um fato ou uma pessoa,
considerados históricos? Mas o que configura o status de histórico a qualquer
um dos “tipos” já citados aqui que sejam passíveis de entrarem para a História?
Por fim, por enquanto, em meio a tantas perguntas, mais uma delas: o que é
História?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Sem
a pretensão de dar respostas, em primeiro lugar por que não tenho as respostas
prontas e definitivas, em segundo lugar, as dimensões desse texto e a sua
natureza não permitem tanto espaço haja visto a imensidão que forma o universo
das possíveis respostas já formuladas ao longo de mais de 2 séculos de debates
sobre aquelas questões. No entanto atrevo-me a afirmar que é possível a
qualquer pessoa fazer, elaborar, historiografar um episódio ou a vida de
alguém, e se esta pessoa for um <b>cineasta</b>, ela terá muitas ferramentas e
conteúdo para construir a obra. Faço esta afirmação tendo em vista que o
Cinema, como arte múltipla pode registrar o cotidiano e, muito mais, revisá-lo,
reconfigurá-lo e contestá-lo. A partir destas ações o cotidiano deixa o
presente e começa a fazer parte do passado, desse modo o Cineasta, tal qual o
Historiador, de cátedra, isto é, de formação, também debruça-se sobre o ontem,
seja próximo, medianamente, distante ou muito distante.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A
partir dessas breves observações podemos afirmar que o cineasta Sérgio Rezende,
em Lamarca, 1994 e Zuzu Angel, 2006, construiu dois percursos individuais, mas
não isolados, desses dois personagens que entraram para a História do Brasil,
inicialmente somente no que é entendido como extra-oficial, isto é, a História
não assumida pelo Estado, sendo oficial quando este assume inclui nos registros
considerados oficiais, uma vez que o poder constituído “concedeu” o status de
ser estudado, lembrado, pela população, seja através de documentos, monumentos,
e até mesmo estudado nas escolas constante nos livros didáticos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O
percurso de vida dos personagens que dão título aos filmes não se cruzam, Lamarca
e Zuzu Angel, mas a motivação do segundo, a busca pelo paradeiro do próprio filho,
Stuart Angel – ou do corpo dele – faz esse cruzamento, portanto temos duas
películas que tratam de duas pessoas, contemporâneas e que estão em ação
conjuntamente, a reação contra o endurecimento do Regime Civil-Militar contra
seus opositores. Enquanto Lamarca constroi sua formação política no exercício
da vida militar, consolidada quando esteve a serviço das chamadas Forças de Paz
da ONU, no Canal de Suez, ao se deparar com a vida miserável dos beduínos.
Stuart Angel, filho de classe média(ou média alta), tem sua formação políticas
nos corredores e salas de aula da Universidade e, por extensão, Zuzu, a mãe, vai
forjando sua “formação” a partir dessa busca corajosa pelo corpo do filho, uma
vez que à medida que os dias, as semanas e os meses se passam ela vai se
certificando de que a busca somente poderá trazer de volta o corpo do, não mais
o próprio filho. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">E
é com esses indícios cruzamento de vidas, de registros episódicos de ambos os
personagens principais elaborados por Sergio Rezende e equipe, que podemos
afirmar que é possível ao cineasta produzir uma historiografia, ou um produto
da História. E no caso especifico de Rezende, seus filmes são frutos de
pesquisa – aqui inclusas as mais variadas fontes, principalmente para a
construção de Zuzu Angel – desde relatos pessoais de amigos, parentes, audição
de fitas cassete, leituras de livros. Quanto a Lamarca, segundo o próprio
Rezende, somente uma biografia foi consultada para a produção, o livro de
Emiliano José e Oldack Miranda, Lamarca, o capitão da guerrilha.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">São,
portanto, Lamarca e Zuzu Angel filmes de representação histórica que certamente
já foram transformados, por força das circunstâncias, o ineditismo dos temas,
em fontes e agentes da História desse país que ainda aspira a condição de
Nação.<o:p></o:p></span></div>
<br />marcossertaniohttp://www.blogger.com/profile/12821047707886947649noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5169292185752140372.post-16927581401034857102020-07-19T19:09:00.002-07:002020-07-19T19:09:25.295-07:00<br />
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 16.96px;"><span style="color: red; font-family: Courier New, Courier, monospace;"><b><i><span style="font-size: x-large;">AS RELAÇÕES DE </span><span style="font-size: large;">TRABALHO NO CINEMA, O OLHAR, O FAZER CINEMA DE LEON HIRSZMAN</span></i></b><i><span style="font-size: large;"><o:p></o:p></span></i></span></span></div>
<br />
<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman", serif; line-height: 16.96px;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 106%;"></span></div>
<br />
<br />
<div style="margin: 0px;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="line-height: 106%;"><span style="color: red; font-family: Courier New, Courier, monospace;"><b><i><span style="font-size: large;"><br /></span></i></b></span></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnxDoDM2u2fM8LDUdI3Ul1r1sTUXJ5By7a7iX9AYgPn1upqO_4-JrHGGOCibRk6g3WjG_cpEjuJmlEU9SutFHapyEDoNyoHrui8DoJ9hpsHINSUdDvebkoa2b6QpG6LSaJN7tAVXtlKZZL/s1600/abc+da+greve.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="220" data-original-width="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnxDoDM2u2fM8LDUdI3Ul1r1sTUXJ5By7a7iX9AYgPn1upqO_4-JrHGGOCibRk6g3WjG_cpEjuJmlEU9SutFHapyEDoNyoHrui8DoJ9hpsHINSUdDvebkoa2b6QpG6LSaJN7tAVXtlKZZL/s1600/abc+da+greve.JPG" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnxDoDM2u2fM8LDUdI3Ul1r1sTUXJ5By7a7iX9AYgPn1upqO_4-JrHGGOCibRk6g3WjG_cpEjuJmlEU9SutFHapyEDoNyoHrui8DoJ9hpsHINSUdDvebkoa2b6QpG6LSaJN7tAVXtlKZZL/s1600/abc+da+greve.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><br /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman", serif; line-height: 106%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; font-size: 12pt; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhljiKiPJt8q_1TNtWqRjJXHh3HQKsZsOhsr5i8fxT_j7DfgDFeU_6IhkFsJAEQ_aVNN3tm1cfOUrKIRsEJmq8reo7RaprALJuTW9KypsbYLEFb8lfehCJzQr2qdUbv69-MZffIWjMOTR73/s1600/Eles+N%25C3%25A3o+usam+Black-tie.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1061" data-original-width="1600" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhljiKiPJt8q_1TNtWqRjJXHh3HQKsZsOhsr5i8fxT_j7DfgDFeU_6IhkFsJAEQ_aVNN3tm1cfOUrKIRsEJmq8reo7RaprALJuTW9KypsbYLEFb8lfehCJzQr2qdUbv69-MZffIWjMOTR73/s320/Eles+N%25C3%25A3o+usam+Black-tie.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Nesta
quinzena fizemos uma imersão no Cinema que traz o Trabalho e a formação
brasileira, especificamente no trabalho de Leon Hirszman, especialmente nos
filmes ABC da Greve <i>e </i>Eles não usam Black-Tie, de 1979 e 1981,
respectivamente. Nesses trabalhos, que se complementam, ou melhor, dialogam
entre si, mas com total independência, vida própria, tratam do cotidiano dos
trabalhadores da região paulista denominada de ABC, centro da indústria
automotiva brasileira, – dentro e fora das linhas de produção - <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>incluindo nesse cotidiano, o do lar. Com
ênfase em “ABC...”, no primeiro aspecto, e no segundo, “Eles não usam...”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Esses
filmes, tratam explicitamente das relações de trabalho, incluindo nessa
expressão, o modus operandi do trabalhador em ação, isto é, trabalhando e
enfrentando os dissabores de um ambiente fabril periculoso e insalubre, sendo
mal remunerado, bem como o potencial de organização de classe frente a esses
problemas e outro, gerado pela reação àqueles problemas, a própria ação
sindical. Isto é, a organização dos trabalhadores brasileiros, naquele momento
histórico, também enfrentaram a possibilidade de organização quanto tiveram
suas associações de classe interrompidas pelo Estado Brasileiro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Como
se não bastasse, o cotidiano do lar, desde a moradia, a ausência de ações/políticas
públicas daquele mesmo Estado que intervinha na organização dos trabalhadores,
não intervém para a superação dos problemas de ordem social, isto é, ruas sem
calçamento e esgotamento sanitário, ausência também de áreas de lazer,
problemas familiares internos, que vão desde os conflitos ideológicos, passando
pelo de relacionamento em função de vícios, a perseguição aos povo negro – tal
qual o capitão do mato de outrora, etc fazem parte da trama de “Eles não
usam...”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">E
é naquele viés <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>histórico abordado no
final do segundo parágrafo que os filmes vistos também são lidos, uma vez que
Hirszman também <b>representa</b> a história, no segundo, e em ambos, são <b>agentes</b>
históricos e assim, se transformam em <b>fontes</b> históricas. Senão vejamos:
o filme <i>ABC da Greve </i>um documentário que “cobre” algumas paralisações
dos metalúrgicos da cidade de São Bernardo do Campo, SP, incluindo greve e
manifestações públicas, tanto numa praça da cidade, quanto em um estádio de
futebol. Portanto, o cineasta registrou fatos criados por trabalhadores, em
reação à ação nefasta dos empresários daquele setor. Os acordos entre
trabalhadores e patrões são fechados, mas a sensação de vitória não é total,
mas demonstrou a força da organização da categoria. Apesar e por isso, os trabalhadores
voltam à sua vida comum, insalubre e perigosa, dentro e fora da fábrica. Vê-se
ali a quase totalidade da força masculina, com baixa escolaridade e com pouca,
mas muito pouca presença do povo negro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A
representação histórica dá-se em <i>Eles não usam Black-Tie, </i>que mesmo
sendo uma obra de ficção traz indícios de um evento histórico<i> </i>– as
greves e movimentos socias daquele período e também tratados em ABC ... - cujo
roteiro é fruto de uma peça homônima de Gianfrancesco Guarnieri, que também
participa do filme. O enredo gira em torno de uma família composta por 04
membros, a mãe, o marido e dois filhos. E é entre o pai e o filho mais velho
que vemos as ideologias em choque, as mesmas vistas entre patrão e empregado em
<i>ABC</i> , quando o filho não coaduna com a postura do pai, já experiente na
luta por melhores condições de vida – trabalho, renda, moradia, lazer –
inclusive já tendo sido preso por essa postura. Acusa o pai de que a luta não
os levou a lugar, “além dessa merda de vida”, ao passo que o pai retruca
dizendo que sem luta a vida não faz sentido e que a postura do filho somente
fortalece o patrão que é o causador da situação pela qual ele, e milhões de
brasileiros continuam assujeitados.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">E
ambos, 40 anos depois, são vistos e revistos desde seus lançamentos,
contribuindo para a formação do pensamento político brasileiro no que tange
às<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>relações de trabalho de uma
determinada categoria de trabalhadores frente às lutas que forjaram, de um
tempo histórico – estávamos no limiar do ocaso de Ditadura civil-militar, em
uma determinada região do país, a mais rica, diante da ação arrocho salarial,
de quebra de direitos – políticos, sociais e trabalhistas – de uma classe
social que somente via e vê o próprio<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>lucro, com posicionamento idêntico ao dos escravocratas e dos
industriais britânicos do alvorecer da Industrialização.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Vale
ressaltar que o tema Trabalho no cinema brasileiro é pouco recorrente, mas não
é recente, cujos temas mais frequentes giram em torno da industrialização
brasileira alocada em São Paulo, incluindo nessas temáticas, tanto questões de
ordem coletiva, quanto individual, notadamente influenciada pela primeira. Isto
é, alguns filmes centram a trama em um indivíduo e seus conflitos pessoais, os
quais são determinados pelos problemas da coletividade. Outras tramas “focam” a
cidade<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>e seus desdobramentos sociais e
econômicos gerando conflitos individuais e coletivos, mas em todos vê-se a
perversa ação do capital frente coisificação do homem, para a obtenção do
lucro, do poder, da hegemonia de poucos, o patronato, frente à diminuição
recorrente do poder de compra, do nível social, econômico e cultural de muitos,
os trabalhadores.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Frente
a essas constatações, a essa realidade social, à exploração da classe
trabalhadora, o Cinema de Leon Hirszman, nestes filmes aqui vistos e em outros,
tem contribuído tanto para a denúncia, quanto para o esclarecimento do modus
operandi do capital nesta nossa periferia, o Brasil. O Cinema de Hirszman
inquieta, provoca, pelo visto, e de acordo com diversas pesquisas já realizadas
sobre seu modo de fazer Cinema, ao mesmo tempo que nos informa e entretece,
apesar do que se vê em suas películas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Mas a arte, e o Cinema é uma delas, tem vários
propósitos, conflitantes, às vezes, mas um deles é este: (in)formar. Ser
sujeito e atuante do seu tempo, sendo também ele próprio, o artista, um agente
da História, marcando nesta também, o seu lugar.<o:p></o:p></span></div>
<br />marcossertaniohttp://www.blogger.com/profile/12821047707886947649noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5169292185752140372.post-80354489433081087672020-07-11T06:39:00.005-07:002020-07-11T06:39:45.883-07:00<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiaWe3VVXanrBYkXQlU9KgWN4_QHppjeowqkGZAAjq4qxeRccQsaR0dEQrHj1MTUuNu0S-dRiB9JimzodkpvLpcqzVt8NU0sD5OPJ6MoiIo20u9wgaRTAZ-UF25RngFkEx1j4nOHfLCcakZ/s1600/batismo+de+sangue.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><br /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiaWe3VVXanrBYkXQlU9KgWN4_QHppjeowqkGZAAjq4qxeRccQsaR0dEQrHj1MTUuNu0S-dRiB9JimzodkpvLpcqzVt8NU0sD5OPJ6MoiIo20u9wgaRTAZ-UF25RngFkEx1j4nOHfLCcakZ/s1600/batismo+de+sangue.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><i style="color: black;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; line-height: 24px;"><b><span style="font-size: large;">Banalidade do mal e a tortura como marca do brasileiro</span></b></span></i></a></div>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixy8kDjUbrOBCSLI17RINADulxGuZZ_yzPN0182dd34umOq0l_2kneUJ7oAhScjjux3ZfwfcPm0F4B4i8oGSLQ9RC53Ajc7TgmVFEJ6gt8pDvS_5vuVwrQIRqKobrlFHtpe2-nRVw2tsUq/s1600/batismo+de+sangue.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="174" data-original-width="289" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixy8kDjUbrOBCSLI17RINADulxGuZZ_yzPN0182dd34umOq0l_2kneUJ7oAhScjjux3ZfwfcPm0F4B4i8oGSLQ9RC53Ajc7TgmVFEJ6gt8pDvS_5vuVwrQIRqKobrlFHtpe2-nRVw2tsUq/s1600/batismo+de+sangue.jpg" /></a><b><span style="font-size: large;"> </span></b><br />
<b><span style="font-size: large;"><br /></span></b>
<br />
<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="xmsonormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0ebmIIIc3TWRelozSYJumO3VlAC4Gk2O2YWWjVHuoQw7iOiHLl7VNEk_5SnvJR02IF4xjo6rFo3Rs9LXPWMaWpzYmhF4IElqOFYy5C9qBTG4lrr6WeCD459nmdB8QhW7rBBhvSVufRR9p/s1600/o+caso+dos+irm%25C3%25A3os+naves.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="194" data-original-width="259" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0ebmIIIc3TWRelozSYJumO3VlAC4Gk2O2YWWjVHuoQw7iOiHLl7VNEk_5SnvJR02IF4xjo6rFo3Rs9LXPWMaWpzYmhF4IElqOFYy5C9qBTG4lrr6WeCD459nmdB8QhW7rBBhvSVufRR9p/s1600/o+caso+dos+irm%25C3%25A3os+naves.jpg" /></a><span style="color: #201f1e;"><o:p> </o:p></span></div>
<div class="xmsonormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: #201f1e;">O
Cinema e a Literatura e o Cinema e a História há mais de um século vem
construindo olhares, dialogando saberes, criando arte. Revivendo, revisitando,
contestando, criando novos olhares, novas possibilidades de arte. É o que vem
nos propondo Sergio Rezende nestas duas semanas ao revisitar elaborando novas(?)
narrativas para fenômenos e pessoas historicamente situadas na História do
Brasil, oficial ou não, mas que marcaram seu tempo e seu lugar na vida desse
país. Mesmo atribuindo o substantivo “pessoa” sabemos que elas agiram dentro de
circunstâncias coletivas, direta e indiretamente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="xmsonormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: #201f1e;">As
pessoas às quais me referi acima são as mesmas que dão nomes aos filmes,
trata-se de Lamarca e Zuzu Angel (já analisada em momento anterior a este),
cujas vidas se entrelaçam movidas por interesses semelhantes e agora, temos um
episódio histórico, a guerra de Canudos, uma ofensiva do Governo da União, via
ação do Exército brasileiro, em terras brasileiras, que ocorreu no final do
século XIX, no Estado da Bahia, onde hoje se situa o município de Canudos.<span style="border: none windowtext 1.0pt; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;"> Outro diferencial desta película frente às duas primeiras é que o
diretor além de dialogar com a História, como ocorre com as demais, também
recorre à Literatura para produzir seu roteiro e sua obra, o filme, lançado em
1997, <i>Guerra de Canudos</i>.</span><o:p></o:p></span></div>
<div class="xmsonormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="border: none windowtext 1.0pt; color: #201f1e; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;">Para
tratar do tema – episódio histórico – Rezende faz uso direto de romances(?) de
dois autores consagrados pelos trabalhos realizados sobre este mesmo episódio,
a guerra de Canudos, a saber, <i>O Rei dos Jagunços</i>, de Manuel Benício
e <i>Os Sertões</i>, de Euclides da Cunha, sendo esta segunda consagrada
como obra prima nacional e internacional como análise explicativa deste
momento/episódio da nossa história. Vale ressaltar que foi publicado um livro
sobre a produção deste filme cuja autoria esteve a cargo da esposa dele, Nilza
Rezende, no qual afirma-se que a película tem como fontes de informação os
livros citados acima.</span><span style="color: #201f1e;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="xmsonormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="border: none windowtext 1.0pt; color: #201f1e; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;">A película
traz um diferencial, para quem conhecia a história do episódio, ao colocar como
protagonista um núcleo familiar e dentro, a filha mais velha, Luísa, assume a
liderança diegética. O diferencial, frente ao título do filme e ao conhecimento
do momento episódio, deve-se ao fato de que a guerra foi motivada pela
existência de um beato peregrino, Antonio Conselheiro que com seu séquito,
fundou uma cidade, o Belo Monte e lá construiu uma sociedade com tendências
igualitárias onde toda a produção era dividida para todos, possuindo códigos de
ética e de conduta próprios, enfim uma microssociedade brasileira alheia à
República recém instalada.</span><span style="color: #201f1e;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="xmsonormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="border: none windowtext 1.0pt; color: #201f1e; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;">Com
a cidade se desenvolvendo sua vida diferenciada e tornando-se conhecida pelas
imediações não tão próximas assim, foi conquistando ainda mais adeptos – cuja
conhecimento advém das andanças do líder, Antonio Conselheiro – e adversários,
dentre eles, o governo baiano, inicialmente, e depois o governo federal, que começam
a agir contra aquela população. Outro grande adversário que foi sendo
construído ao longo da caminhada de A. Conselheiro foi a Igreja Católica que
perdeu adeptos e força perante a população da região frente ao carisma do
líder que segundo consta, pregava e praticava boas obras e acolhia os
necessitados, se alimentando pouco, dormindo em situações precárias, até no
chão, diferentemente da Igreja que somente exercia poder e controle sobre os
fieis e usufruía dos beneplácitos das ofertas desses mesmos fieis.</span><span style="color: #201f1e;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="xmsonormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="border: none windowtext 1.0pt; color: #201f1e; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;">O
período histórico abordado pelo filme é de 04(quatro) anos, portanto um bom
tempo de vida para uma cidade construída à mão e em tempo também reduzido, haja
visto que a vida de peregrinação do seu líder começara no Ceará e, a pé, pelos
sertões de todos os Estados da atual região Nordeste, exceto o Maranhão, temos
praticamente uma década de vida</span><span style="color: #201f1e;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="xmsonormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="xmsonormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="border: none windowtext 1.0pt; color: #201f1e; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;">E
do que trata, então, a película? Partindo do próprio título <i>Guerra de
Canudos</i>, temos a ação do governo republicano e suas novas regras de
convivência e de subserviência, aliadas à intimidação e violência com a
investida do Exército contra o povo do Belo Monte e contra a própria
cidade, pois como vimos, ela foi incendiada, mesmo tendo sendo vencido o
conflito bélico. Internamente à ação desses atores temos outro núcleo gerador
da narrativa – a família de Zé Lucena -, citado acima, tendo como protagonista
desse núcleo o personagem Luísa. É ela quem faz o contraponto entre os
antípodas Belo Monte e Exército.</span><span style="color: #201f1e;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="xmsonormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="border: none windowtext 1.0pt; color: #201f1e; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;">O
filme vai intercalando o conflito com a vida de Luísa: inicialmente sua fuga de
casa, em pleno momento em que A. Conselheiro e seu séquito convidam a família
dela a seguirem juntos. Em seguida sua vida de prostituta, quando começa a
analisar a nova vida que surge no sertão, ao se envolver com um barão, a ouvir
relatos de soldados, da gente do lugar e até mesmo de quem participa da guerra,
nos campos de batalha. Daí, casa-se com um soldado desertor, o que lhe dará
mais informações e experiência de vida, inclusive morando no campo de batalha.</span><span style="color: #201f1e;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="xmsonormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="border: none windowtext 1.0pt; color: #201f1e; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;">Por fim, ao perder o marido
para a guerra, passa a conviver com um tenente, já nos momentos finais do
conflito, quando tem os últimos contato com a família – já sem o irmão – Luísa
vai entendendo que ao mesmo tempo que incompreendeu A. Conselheiro, o Exército
é exatamente o contrário do que apregoa, pois vê o atual companheiro lançar
bombas sobre as casas e também vê a própria mãe ser assassinada pelos soldados,
mesmo já sob o controle deles e com as mãos amarradas.</span><span style="color: #201f1e;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="xmsonormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="border: none windowtext 1.0pt; color: #201f1e; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;">Desse
modo e pelo exposto acima, temos em <i>Guerra de Canudos, </i>de Sergio
Rezende, uma obra de cunho histórico, fez história dando destaque,
visibilidade, a um episódio histórico importante para o povo brasileiro, mas
com pouca penetração no universo escolar e cultural deste país. Por esses
motivos consideramos ser o diretor um cineasta historiador e seu filme agente histórico,
uma vez que o tema é de pouco conhecimento popular e sua produção diminui esse
fosso, em face principalmente de que sua primeira versão foi uma minissérie
televisiva, portanto de forte apelo popular. Também o consideramos uma fonte
histórica haja visto essa popularização alcançada via televisão em tempos de
informação “<i>fast-food</i>” (rapidez no acesso, porém com difícil ou nenhuma absorção)
por meios eletrônicos e digitais, isto é, além dos livros e artigos e outros
fontes textuais que tratam do tema, temos a Guerra de Canudos em filme, uma
opção para os novos pesquisadores.</span><span style="color: #201f1e;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<br />marcossertaniohttp://www.blogger.com/profile/12821047707886947649noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5169292185752140372.post-66670330870154257782020-07-05T15:08:00.003-07:002020-07-05T15:08:43.329-07:00<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 106%;"><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><br /></span></span></div>
<h2 style="text-align: center;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;"><span style="background-color: white;">Cinema, Documentário e Ficção: qual a "fidelidade histórica?"</span></span></h2>
<div>
</div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 106%;">O
que é a história em O que é isso Companheiro? e em Hércules 56?<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 106%;"></span></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 106%;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZOY4lu63vJSaqCYG2cJRHvQAwyosfUrHqjq4M8kTwY3ci5jo2W1_nz-kkpltOCuGJCz5w3oo6lZLpHv09pxWJxwaljohc0OevTl9vTlfDAiLQMgaFya12wDYpFhmDvCI8oDvhOY40xVOx/s1600/o+que+%25C3%25A9+isso%252C+companheiro.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="805" data-original-width="1200" height="214" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZOY4lu63vJSaqCYG2cJRHvQAwyosfUrHqjq4M8kTwY3ci5jo2W1_nz-kkpltOCuGJCz5w3oo6lZLpHv09pxWJxwaljohc0OevTl9vTlfDAiLQMgaFya12wDYpFhmDvCI8oDvhOY40xVOx/s320/o+que+%25C3%25A9+isso%252C+companheiro.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5M6eUWN1DXfthqyG7a3TsPZ43VA43FdkB-MvQ1_GG7-QCE5IqaEt_VQeu1C-l3ONwaACskGvRr3ANKRuQ19YaRmZPm-3XTh0Z5ji8eXREHPGdT9COXFR9IlVuXMHiXU41cceOFFKaJuhyphenhyphen/s1600/hercules+56.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="186" data-original-width="270" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5M6eUWN1DXfthqyG7a3TsPZ43VA43FdkB-MvQ1_GG7-QCE5IqaEt_VQeu1C-l3ONwaACskGvRr3ANKRuQ19YaRmZPm-3XTh0Z5ji8eXREHPGdT9COXFR9IlVuXMHiXU41cceOFFKaJuhyphenhyphen/s1600/hercules+56.jpg" /></a></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 106%;">Com
essas perguntas simples pretendemos dissertar sobre os dois filmes lidos,
analisados e discutidos nesta semana que hoje se encerra, O que é isso,
companheiro, de Bruno Barreto, 1997 e Hércules 56, de Silvio Da-Rin, 2007.
Enquanto o primeiro propõe-se como um filme de ficção baseado em fatos,
portanto também em pessoas, instituições, entidades reais, o segundo, é um
documentário feito a partir e com os depoimentos de quase todos os
participantes do evento que deu origem a ambas as películas, a saber, a captura
do embaixador dos Estados Unidos, fato ocorrido em setembro de 1969.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 106%;">Pelo
exposto acima os filmes foram realizados com uma década de diferença entre
ambos e do próprio evento, 28 e 38, anos respectivamente, ao primeiro e segundo
filmes. Mas por que trago essas datas e limites temporais? Para nos lembrarmos
de que cada um responde ao seu momento histórico, ao contexto político em que
cada um foi criado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 106%;">O
filme de Bruno Barreto pertence ao pós abertura política, ocorrida nos anos de
1980, consolidando o renascimento da democracia no país e em pleno governo de
Fernando Henrique Cardoso, à época do episódio real, também fora vítima da
sanha ditatorial do governo brasileiro, portanto, alguém “sensível” à exposição,
mesmo que representativa, dos fatos históricos recentes do Brasil. Já o filme
de Da-Rin, pelas leituras realizadas, intrínsecas ou não à nossa disciplina
aqui, nos revelaram que ele aconteceu muito mais como resposta às reações
negativas ao filme de Barreto, feitas a partir de novos programas de incentivo
à produção cinematográfica brasileira, promovidas pelo Estado e suas Fundações
e Autarquias. Em ambas as produções a legislação estava sendo usada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 106%;">E
o que temos em O que é isso companheiro?: um filme de aventura promovida esta
ação por um grupo de jovens que entraram na luta armada contra a Ditadura
civil-militar implantada no Brasil há cinco anos. São membros de duas entidades
políticas organizadas com o fim de tomarem o poder e dentre suas ações promovem
a captura do embaixador dos Estados Unidos para usarem como moeda de troca por
prisioneiros políticos das mais variadas “tendências” políticas de esquerda.
Ideia concretizada em pleno sete de setembro, isto é, a soltura do capturado e
os companheiros soltos e exilados no México.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 106%;">À
época o filme teve boa aceitação de público, mas a crítica e principalmente os
participantes do evento, não viram com bons olhos a obra e sobre ela teceram
severos comentários como, por exemplo, a crítica: o filme é um melodrama
hollywoodiano e o personagem principal é o embaixador. Já os participantes
rechaçam a liderança de Fernando Gabeira (autor de um livro de memória sobre o
episódio homônimo ao filme sobre o qual Barreto se baseou) e outros detalhes do
processo de captura do embaixador. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 106%;">Por
sua vez Da-rin promove uma releitura histórica e constroi seu filme a partir de
depoimentos, divididos em dois grupos de participantes: o primeiro, reunido em
torno de uma mesa, cinco pessoas e o diretor, numa sala com pouca iluminação,
tal qual uma mesa de bar e ao mesmo tempo uma sala de depoimentos à polícia.
Todos falam sobre o pré, durante e pós episódio; o segundo, individual, isto é,
cada entrevistado em sua própria casa, incluindo dentre esses Agonalto Pacheco,
em Aracaju. A ideia que tive desse exposição e modus operandi de depoimentos
foi o de que o primeiro grupo estava livre, mas havia a sombra da
clandestinidade e das prisões, enquanto o segundo, a liberdade no sentido
estrito, em sua própria casa, em seu lar. Outro detalhe do grupo em torno da
mesa foi o de que as ideias diferentes foram postas “à mesa”, incluindo
questões reveladas durante a realização do filme, isto é, houve espaço para o
debate, para o contraditório.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 106%;">Entretanto
o que se abstrai dessa querela é a verdade histórica sobre um episódio
importante da recente história política do Brasil. Enquanto Barreto se propôs a
fazer uma leitura particular, sobre um episódio e baseado em uma obra
literária, Da-rin propôs-se a construir um documento histórico via depoimento.
Em ambas as situações temos duas visões limitadas, uma vez que aquilo que passa
na tela é parte de uma paisagem, portanto não é a verdade absoluta. Enquanto o
primeiro passou de cinema como fonte histórica a cinema como representação
histórica, o segundo é majoritariamente cinema como fonte histórica, pois fora
construído com os participantes de um evento real e elaborado como resposta ao
primeiro. Como agentes históricos somente o tempo posterior a este nosso irá
dizer, o que até o momento não temos informação dessa força de ambas como
produtores de história para além da própria cinematográfica.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<br />marcossertaniohttp://www.blogger.com/profile/12821047707886947649noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5169292185752140372.post-36467238445849738142020-06-29T11:34:00.000-07:002020-06-29T11:34:03.995-07:00<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><b><i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Cinema como agente histórico II: utopias, distopias contemporâneas</span></i></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<b><i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilU2j4BrnSQ9cg7Hucb-6VYKyjir-6x8uDb6jSsU088ySicg91C6zUBS406mRgGY4XoBTWfrmXnWGAidMeDefC19_8s1hhggAvzdMwvWOANO-cPCqEFAdBKYBLTdzFZ7TlrFiKbded8duf/s1600/o+som+ao+redor.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="198" data-original-width="255" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilU2j4BrnSQ9cg7Hucb-6VYKyjir-6x8uDb6jSsU088ySicg91C6zUBS406mRgGY4XoBTWfrmXnWGAidMeDefC19_8s1hhggAvzdMwvWOANO-cPCqEFAdBKYBLTdzFZ7TlrFiKbded8duf/s1600/o+som+ao+redor.jpg" /></a></span></i></b></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<b><i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhinNAfQ5_U5W-zG8tclH-kzbxBFPFIugTWABc0hvqTEfcIf7kguV6NgZR0qUII47JpkLE6MBBk1-eNisElMq01IbA52z2TQFuCvnMWj7oUCd2lUG5N9CydobS6XjpG3wxZSluLlB7Nm-p5/s1600/o+invasor.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="821" data-original-width="1200" height="218" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhinNAfQ5_U5W-zG8tclH-kzbxBFPFIugTWABc0hvqTEfcIf7kguV6NgZR0qUII47JpkLE6MBBk1-eNisElMq01IbA52z2TQFuCvnMWj7oUCd2lUG5N9CydobS6XjpG3wxZSluLlB7Nm-p5/s320/o+invasor.jpg" width="320" /></a></span></i></b></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Nesta
semana fomos brindados e presenteados com dois exemplos, bons, de filmes
antípodas, mas que se retroalimentam o tempo inteiro para tratar de dois tempos
humanos quanto à sua vivência e convivência, qual seja, a utopia e não utopia –
redundante? – ou seja, a distopia. Aproveito o ensejo para felicitar nosso
professor da disciplina pela feliz indicação de leituras fílmicas e na
sequencia sugerida para assistirmos. São eles, <i>O Invasor, de Beto Brant </i>e
<i>O Som ao Redor, de Kleber Mendonça Filho.<o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Se
no primeiro filme somos conduzidos, arrastados, atropelados pela invasão não concedida,
tendo em vista o convite feito por uma das partes, ao ser protocolado um<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>negócio, o qual vamos ver que se desdobra e
redobra para dentro de si; no outro, temos o lugar “sossegado” de uma gente que
pensa estar imune ao que a rodeia, apesar do “som” permanente, diário. Essa
sequência de exibição é que vai provocar ainda mais no
estudante/leitor/pesquisador uma ansiedade não saciada de lugar em constante
ebulição, mesmo que esta efervescência seja perceptível, ou não.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Buscando
nossos referencias filosóficos quanto aos termos destacados na semana, vimos no
dicionário de Nicola Abbagnano e também explorada pelo nosso professor, que utopia
trata-se de um nome dado a uma ilha pelo escritor Thomas Morus, na qual a vida
beirava à perfeição. Entretanto, muito antes dele, o filósofo Platão também
“criaria” um modo de vida na cidade, mesmo sem nomear como utopia, mas que
preconizava uma sociedade nos moldes estabelecidos séculos após por Morus.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Quanto
ao termo Distopia, não é encontrado em Abbagnano, e seu surgimento ocorreu
séculos depois de Morus criar seu romance político, exatamente para designar
uma vida contrária à vista ali em A Utopia, isto é, a vida distópica passou a
ser aquela em que a elaboração humana não conseguia promover o bem estar de
toda a sociedade, principalmente pela força da opressão do poder contra a
população, simplificadamente falando.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Beto
Brant nos traz a “vida” da nossa metrópole, São Paulo, no microcosmo da empresa
de Ivan, Gilberto e o terceiro sócio, vítima da ação nefasta daqueles dois, cuja
narrativa não nos esclarece a razão por que os dois o mandam matar. Deduz-se
pela diegese que o sócio assassinado descobrira “algo de podre no reino da
Dinamarca” daquela sociedade empresarial. A vida cheia dos <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>prazeres e das benesses que as famílias dos
sócios dispunham, advindas do trabalho e das relações políticas da empresa, criavam
uma aura de vida perene para além da normalidade, ou como dizem por aí, uma
vida para além daquelas vividas pelos simples mortais. Entretanto o nosso
ímpeto não disciplinado, domesticado, pode criar uma ou mais situações que desmoronam
qualquer construção, por mais alicerce que ela tenha. Eis que a vida normal é
atropelada, é invadida.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A
câmera em O Invasor era rasteira, horizontal, valorizando o olho no olho, a
rua, o movimento dela, que mesmo sendo em São Paulo não tivemos tempo para os arranha-céu,
para as buzinas dos automóveis e seus intermináveis congestionamentos. Vimos e
ouvimos cores fortes, misturadas, vimos e ouvimos músicas da periferia,
diegeticamente ou não. Destaco duas cenas que ilustram a invasão e que
desencadeia a distopia, simultaneamente: o momento em que Anísio, o matador,
adentra o escritório da empresa pela primeira vez, não mais para receber ordens
para matar outra pessoa, mas para ser o novo sócio, à maneira dele, daquele
escritório. O segundo momento é quando Ivan, o sócio arrependido, mandante do
crime, que ao se entregar à polícia tivera a sensação momentânea de estar a
salvo, mas descobre que fora devolvido aos agora algozes, antes parceiros dos
crimes do próprio sócio.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Mas
o passado te condena. Foi assim com um “ilustre” morador e “dono” de uma rua da
cidade do Recife vai nos revelando/descortinando aos poucos, mas a dica foi
deixada no início da película quando fotos do canavial e sua gente que manda e
também que trabalha, são expostas. Até mesmo o ilustre Gilberto Freyre(ou é
alguém bem parecido?) dá o ar da graça nessas fotografias, aliás, signo de
poder em tempos não muito remotos, o de ter fotografias em casa: político e
econômico.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Nada
mais desejado para grande parte da população o de viver em tranquilidade, mas nada
que está posto é garantia de suavidade, de perenidade...é o que vemos e vimos
em O Som ao redor. O cotidiano nos rondando, sorrateiramente, sendo parte da
casa, da rua, da rotina. Os sinais do passado reaparecendo, insistindo em
aparecer, forçando a porta, delicadamente, mas forçando.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Ali
no chão do Recife, parafraseando o poeta da musica pernambucana, com referencia
moscovita, o Lenine, a vida pulsa, mesmo que de modo transverso, estando o
passado também ali. E por isso, devagar, sem ser monótono, Kleber Mendonça
Filho nos apresenta um passado presente e, delicada e discretamente, temos um,
dos dois filhos de Antonio, também assassinado a mando, por Francisco, a olhar
para o quadro exposto na parede da sala. Um olhar à sua direita, por sobre o
ombro, mas percebido pelo permanente usineiro, grileiro de terras de massapê.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Nesta
oportunidade, a empresa não existiu, mas os interesses espúrios de um,
representante de uma família poder, destruiu a vida simples de uma família que
vivia o seu mundo simples, a qual teve a infelicidade de fazer-se cruzar a vida
de um latifundiário e usineiro, dono, dono, dono.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">As
cadeiras caem e no festim da família remediada, ao lado, os cães fogem e eles
sorriem...por que o som ao redor os incomoda.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">À
guisa de conclusão e de analogia temos dois mundos possíveis no cinema nacional
contemporâneo, sendo um representante do eixo político e econômico que perdura
há 03 (três) séculos, tratando de um lugar comum, estes poderes naquele lugar.
O outro, um locus que “desponta” para o poder, fazendo uso de uma paisagem
fílmica também não comum. Desse modo, e a partir do exposto, apesar de que me faltam
maiores e mais aprofundados elementos, momentaneamente, mas faltam-me,
parafraseando uma das nossas interlocutoras, a pesquisadora Lúcia Nagib, considero
que o cinema brasileiro alcançou o seu projeto utópico, esteticamente falando. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<br />marcossertaniohttp://www.blogger.com/profile/12821047707886947649noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-5169292185752140372.post-6494715781977471072020-06-21T06:19:00.003-07:002020-06-21T06:19:42.288-07:00<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="line-height: 150%;"><i><b><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">O
CINEMA COMO AGENTE HISTÓRICO DE SEU TEMPO À LUZ DE TEORIAS TAMBÉM LOCALIZADAS
EM SEU TEMPO HISTÓRICO<o:p></o:p></span></b></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlBunSiglZ3NKERxaZjM8-3lO8HprZ5PIquLTX2MQe74AqA0PKrHFKtEVbiKDtbuuKbr3oglAVcq_wzC0vo4Sf5adOd0eKdhQrM3dO4FtXr_wy2iL0PgcTcEbEzyeZNxdL3KDl7JkuqYD1/s1600/rio+40+graus+2.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="889" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlBunSiglZ3NKERxaZjM8-3lO8HprZ5PIquLTX2MQe74AqA0PKrHFKtEVbiKDtbuuKbr3oglAVcq_wzC0vo4Sf5adOd0eKdhQrM3dO4FtXr_wy2iL0PgcTcEbEzyeZNxdL3KDl7JkuqYD1/s320/rio+40+graus+2.jpg" width="236" /></a> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijAPUdukSMrKyyaE5jd9smDgY9JxGMJqlefXOKM_xVANaRXw_ntOWMDYV3aa_u053KzCmcfSycGH746B2-DEckeSw3F_AEe4jXhkqCJlTG_ONTwAFV4xtTuu3ZeUL5samW2EZ8UlKpR6fc/s1600/cidade+de+deus.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="168" data-original-width="300" height="177" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijAPUdukSMrKyyaE5jd9smDgY9JxGMJqlefXOKM_xVANaRXw_ntOWMDYV3aa_u053KzCmcfSycGH746B2-DEckeSw3F_AEe4jXhkqCJlTG_ONTwAFV4xtTuu3ZeUL5samW2EZ8UlKpR6fc/s320/cidade+de+deus.jpg" width="320" /></a><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p><br /></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O
cinema, a partir de sua multimaterialidade artística, transformou-se em Fonte,
em Tecnologia, em Sujeito e Meio de interferência na e para a História e nesta
última, podendo ser agente histórico, quando nela interfere, direta ou
indiretamente; fonte histórica quando “funciona” como exemplo, espelho ou até
parâmetro para identificar-se determinado momento histórico e ainda pode, o
Cinema, ser Representação histórica à medida que a ficção e dados históricos se
fundem, com a supremacia de um – a ficção, ou de outro – os dados, para a
confecção da obra cinematográfica.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Neste
momento daremos ênfase ao cinema como agente histórico, a partir dos filmes
vistos, a saber, <i>Rio 40 graus (</i>R4G), de Nelson Pereira dos Santos, lançado
em 1955 e <i>Cidade de Deus (CD), </i>de Fernando Meirelles e Katia Lund,
lançado em 2002, portanto 47 anos de diferença entre as obras. Mas por que faço
essa referência? Pelo fato de ambos terem a cidade do Rio de Janeiro como
espaço geográfico real, mas historicamente separados por quase 05(cinco)
décadas de transformações sob muitos aspectos, mas nem tanto no campo das diferenças
sócio-econômicas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Entretanto
a Estética vista nas duas películas nos permitem vislumbrar dois modos de
exibição da cidade, enquanto em R4G vemos uma nova geografia humana dominar a
tela, quando um grupo de garotos negros, com ausência de família tradicional, vive
de vender amendoim em alguns pontos turísticos da cidade, dentre os vários ali
existentes. Nelson Pereira nos convida a passear por uma cidade que ao mesmo
tempo vibra com o gol no Maracanã, também “assiste” a um dos garotos, quando,
em pleno exercício do seu trabalho é atropelado e morto – estava sendo
perseguido por um adulto, branco que explorava outras crianças. Em R4G o morro,
endereço do povo negro e pobre, faz parte da paisagem e das relações sociais,
mesmo que nas condições ali apresentadas: de um fosso sócio-econômico que o
separa do asfalto, da praia, dos pontos turísticos. Esta é a “paisagem” urbana
e humana que ele nos apresenta e expõe ao mundo, o que levou sua produção a ser
censurada pelos motivos mais fúteis, como por exemplo, o de que naquela cidade
a temperatura era mais baixa que a indicada no título.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">É
este novo modo de representar a vida de uma cidade que já era denominada
maravilhosa que o diretor impõe ao seu filme a dimensão, o papel de agente da
história. É ele, considerado o precursor do que veio a ser considerado como
Cinema Novo, grupo de cineastas responsáveis por um novo modo de “mostrar” o
Brasil aos brasileiros e para o mundo, sem tornar sua cultura e sua gente, seu
espaço geográfico, peça de souvenir, de atração turística, de enfeite. O cinema
a serviço da emancipação social, política, cultural.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Mas
anteriormente nosso texto afirma que o nosso segundo filme, <i>Cidade de Deus</i>,
tem a cidade do Rio de Janeiro como espaço geográfico real e o que diferencia –
se é que há diferença - com R4G? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O
que faz movimentar CD, isto é, o timoneiro de sua narrativa é a vida de
Buscapé, um aspirante a fotógrafo, em meio às transformações do conjunto
habitacional onde mora, a Cidade de Deus – ironia, ou sarcasmo do poder público
em dar este nome ao lugar? -para onde o governo do Estado aloca diversas
famílias, antes moradoras de regiões de interesse de outros sujeitos,
provavelmente, detentores do poder constituído oficialmente, ou não. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Em
duas horas o espectador “vive” 3 décadas da vida daquela gente, isso mesmo,
somente daqueles indivíduos, cujo principal meio de subsistência é o tráfico de
drogas. A “impressão” que se tem é esta, a de que aquele <i>locus</i> não possui
ligação com outras partes da cidade, com moradores de outros segmentos sociais.
O povo negro e sua violência gratuita, desenfreada, seu autogerenciamento, são as
células que compõem aquele organismo quase saltando da tela para o colo, para a
cara do espectador.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O
filme ganhou prêmios nacionais e internacionais, da mesma forma que R4G,
entretanto cada um a seu modo e à sua intenção: o primeiro de revelar o quadro
mais complexo possível de uma geografia, o segundo, o de atingir um público,
mais amplo – vide o novo tempo em que foi feito e exibido, início do século XXI
– cujo fruto é o lucro financeiro. Para alguns, CD, é produto da Cosmética,
pois “representa” um dado tempo histórico, explorando os já explorados,
tornando-os sujeitos, participes de sua exploração e deglutindo-se entre si,
uma espécie de auto-flagelo, ou auto-destruição. E apesar disso e por isso, fez
história.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Parafraseando
Walter Benjamin, em seu texto <i>A Obra de arte na era de sua reprodutibilidade
técnica, </i>ao se referir à potencialidade do Cinema frente à apresentação da
realidade, vemos que com a técnica cinematográfica temos<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>a possibilidade de não sermos manipulados
pela técnica da arte, pois a realidade nos é mostrada com a ajuda da técnica.
Diante desse aparente paradoxo e fazendo uma analogia sobre dois filmes
“cariocas”, separados por 4 décadas, com duas intenções artísticas, nos
perguntamos onde e como o filosofo alemão nos ajuda a compreender os valores
estéticos e éticos de cada um dos seus autores.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Essa
indagação indireta tem seu valor principalmente por que um elemento dessa
relação: produtor-produto, não foi abordado nesse texto, o espectador, afinal a
arte é para ser vivida em sua plenitude, isto é para alguém ver, sentir,
apalpar, se emocionar. E tecer maiores comentários, por falta de elementos do
autor desse texto, deixaremos em aberto esse elemento da relação
produtor-obra-espectador. E ao seu modo tivemos dois filmes como grandes
agentes históricos, imbuídos de sua Estética intencional, em seus tempos
respectivos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<br />marcossertaniohttp://www.blogger.com/profile/12821047707886947649noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5169292185752140372.post-78984678710666897872020-06-14T04:49:00.003-07:002020-06-14T04:49:36.448-07:00<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhD8A7ijaGweZxNSYKB-GCmNwsGtr8nOJfy3ejgZCfgMOqZ9PsJaglYPx-rP78JAMu9OkMQdfqfAuGqNoENKK6cyyL8V8dytvTZeLASccq_ZcLjdIZeFArjIOD-YRiwTB7xvJG31ucV8c3O/s1600/cabra+marcado.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhD8A7ijaGweZxNSYKB-GCmNwsGtr8nOJfy3ejgZCfgMOqZ9PsJaglYPx-rP78JAMu9OkMQdfqfAuGqNoENKK6cyyL8V8dytvTZeLASccq_ZcLjdIZeFArjIOD-YRiwTB7xvJG31ucV8c3O/s320/cabra+marcado.jpg" width="320" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-lZYXU8CmsZR6GuyqX6UGAjKpth-pOsqq96YJ-JY2Gg2j7ur3nX_L7bbloW22NOIsosU0xEvvrdyaQP1F4MbvbSLrQ4-pR0WKgKIqHdZoPnGG2eSs8DUZ0eTztx4XJw87JwkEAXjUCEKO/s1600/Eternamente_Pagu.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="334" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-lZYXU8CmsZR6GuyqX6UGAjKpth-pOsqq96YJ-JY2Gg2j7ur3nX_L7bbloW22NOIsosU0xEvvrdyaQP1F4MbvbSLrQ4-pR0WKgKIqHdZoPnGG2eSs8DUZ0eTztx4XJw87JwkEAXjUCEKO/s320/Eternamente_Pagu.jpg" width="213" /></a><br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgry8qjXgqR3FIhGq8MKd0lbz08v4xWALn74BCJ_60NLWdlhuXi7bXaOYTvgvHyZnkzWQ_69whRBxLZjBoPCukcDDJAigXTfHfRrdliNSfcmW-rRN1ZMy5vEpkBm5YsXRbHUMWzHIYlebKI/s1600/Parayhba+mulher+macho.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="187" data-original-width="270" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgry8qjXgqR3FIhGq8MKd0lbz08v4xWALn74BCJ_60NLWdlhuXi7bXaOYTvgvHyZnkzWQ_69whRBxLZjBoPCukcDDJAigXTfHfRrdliNSfcmW-rRN1ZMy5vEpkBm5YsXRbHUMWzHIYlebKI/s1600/Parayhba+mulher+macho.jpg" /></a></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman", serif; line-height: 150%;"><b><span style="font-size: large;">Qual
a representação da mulher no Cinema Nacional em <i>Parahyba Mulher Macho,
Eternamente Pagu </i>e <i>Cabra Carcado para Morrer</i>?<o:p></o:p></span></b></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A
cultura, em seu sentido amplo, sempre guiada pelo homem branco, e com o Cinema
não foi diferente, o que se constata, tanto por Alômia Abrantes da Silva<span style="color: red;"> </span>em capítulo de sua tese, intitulado, <i>Anayde Beiriz
e a (re)invenção da “mulher macho”, </i>como em outras diversas pesquisas e até
mesmo pelo contato que temos com as produções como em uma simples leitura da
ficha técnica dos filmes. A hegemonia branca masculina na produção, direção e
atuação, do Cinema em todo o mundo, particularmente no Brasil, como me referi
acima, confirma essa maioria que destaca somente o quantitativo de diretoras,
03(três), frente a um universo de 87(oitenta e sete) diretores, como podemos
ver na referência indicada acima neste parágrafo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A
partir desse minúsculo exemplo outra pergunta surge, <i>é possível fazer a
representação da mulher no Cinema já que ela não existe?</i> Assim nos provoca
nosso interlocutor e professor Hamílcar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Se
consideramos a segunda pergunta dentro o que vimos nos filmes vistos e destacados
aqui, sem pestanejar, nossa resposta é afirmativa. Primeiro pelo título – temos
dois termos femininos no primeiro e um substantivo próprio no segundo. O
terceiro derruba nossa tese, mas ela é reerguida a partir da sinopse, cujo
destaque, cento da narrativa, é uma mulher. O fortalecimento para nossa tese
afirmativa também se confirma quando temos nos dois primeiros, na direção, uma
mulher.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O
que une as três películas é a centralidade do debate, da narrativa, em torno da
liberdade feminina, do ser mulher no mundo, dominado pelos homens brancos. Algumas
outras identidades unem duas películas em torno de um outro elemento, a saber:
o primeiro, EP e PMM, as protagonistas são contemporâneas entre si, escritoras
e livres do ponto de vista sexual e do relacionamento amoroso e social; em PMM
e CMM, ocorrem no Estado da Paraíba e ambas protagonistas envolvidas com a
Política. Entretanto eis que elas demonstram seus protagonismos, com um
diferencial, o mote para a realização do terceiro filme, daqui em diante CMM, é
o da documentação da vida de um líder camponês no interior da Paraíba, mas com
o assassinato dele, a viúva ganha o destaque e ascende como mulher e não
somente como viúva.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A
seguir alguns comentários particulares para cada filme:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Em
<b>EP</b>, mesmo sendo desconhecida do público, inclusive o dito intelectual, vê-se
problemas que foram causados pelos próprios atores, afinal estamos vendo um
filme sobre uma pessoa que viveu intensamente seu tempo de modo atemporal,
sendo mulher em um mundo masculino. Uma pessoa que produziu intelectualmente,
amou livremente, atuou politicamente, portanto, marcou o seu lugar no tempo e
na História, com suas histórias, com seus papeis, reais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Começando
pela atriz principal que interpreta a protagonista, uma personagem que não
correspondia ao histórico, nem da interpretada, muito menos da figura real. Seu
semblante era praticamente o mesmo, inclusive em momento que alternava dor e
alegria. Este foi o maior responsável pelo fracasso do filme, fato do qual não
era merecedora a diretora, antes uma das maiores atrizes do Brasil e do mundo,
mas acabou escolhendo mal “sua Pagu”. O saldo positivo foram as atrizes que
interpretam Tarsila do Amaral e a irmã de Pagu, Sidéria. Esta atriz é quem
deveria ser a protagonista, dentre aquelas que aparecem na película, afinal é
despojada e quando ri, chora, entristece, alegra-se, marca com profundidade
cada destes sentimentos como requer uma “interpretação”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Já
<b>PMM</b> tivemos um ambiente contrário ao de EP, atores e atrizes despojados,
“encarnando” seus personagens, sendo seus sujeitos históricos, isto é,
emocionando a plateia com suas performances. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Se
o que sabemos, pouco do mesmo modo que Pagu, a respeito de Anayde Beiriz,
tivemos uma atriz que personificou uma mulher livre, independente e produtiva. Cuja
coragem e destemor ficaram latentes em cada momento da narrativa fílmica. Nos
mesmos filmes também tivemos homens que gravitavam em torno da protagonista, atuando
diretamente ou não às mulheres, nos fizeram viver aquele tempo histórico via
representação. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Anayde
foi estudante, Anayde foi mulher, Anayde foi escritora, Anayde foi amante,
Anayde foi trabalhadora, Anayde foi professora. Mas Anayde não foi filha,
Anayde não foi vizinha, “circunstâncias” que mereciam algum destaque na
narrativa em face de seu comportamento atípico, historicamente falando.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">E
o que temos e o que vivemos em <b>CMM</b>? Diferentemente dos dois filmes
anteriores, sobre a motivação e os modos da produção, temos um documentário que
nasceu inicialmente pelo acaso, em seguida, na sua elaboração, interrompido
pelo Estado Brasileiro, e retomado 17(dezessete) anos após a sua interrupção. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Como
apontado inicialmente acima, o documentário teve como primeira motivação o
registro da vida de João Pedro Teixeira, líder de lavradores e da politização
desses mesmos atores sociais, no município de Sapé, zona da mata paraibana. Por
que o acaso levou o documentarista a registrar esta situação? Ele e sua equipe
estavam em caravana com lideranças culturais da UNE a fim de implantar núcleos
dessa entidade em diversos pontos, quando souberam do assassinato do líder dos
trabalhadores rurais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Ao
tomarem conhecimento do histórico das lutas daquele povo, e das circunstâncias
do assassinato, 03 (três) anos depois com nova equipe aportou no interior da
Paraíba a fim de iniciar as filmagens do documentário. Eduardo Coutinho aporta
na Fazenda Galileia para registrar o cotidiano daquele povo e, principalmente,
reconstruir representativamente a história de João Teixeira e os
sindicalizados. É nesse contexto que surge a força de uma mulher, uma mulher de
fibra, mesmo que em fuga dos seus algozes, a senhora Elisabete Teixeira, viúva
do nosso cabra marcado, o João Teixeira.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Por
que a fuga? Com o golpe civil-militar no qual todos esses atores sociais
estavam envolvidos contemporaneamente, qualquer pessoa poderia ser considerada
inimiga do novo governo e aqueles e aquelas que se organizavam em sindicatos e
afins, eram definitivamente inimigos da pátria. Desse modo, ou a prisão, quase
sempre seguida de morte nos porões da Ditadura, ou a fuga. Esta segunda opção
foi abraçada por Elisabete, deixando para trás 09(nove)filhos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Localizada
por Coutinho 17(dezessete) anos depois, temos não mais a viúva, somente, mas
uma líder comunitária, mesmo com outras ações, tornara-se professora em sua
própria casa. Com a entrevista foram sendo reveladas suas facetas de
companheira daquele líder, não somente esposa, mas parceira de luta. Rebelde
com a família, pois casara-se a contragosto do pai. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Em
todos os momentos sua fala revelava sua fortaleza e esclarecimento sempre em
ascensão, a despeito de ter somente o 2º ano primário. Não agradeceu ao
Presidente da República pelo início da abertura política, afinal sempre
destacou que a luta precisava continuar, pois os motivos ainda continuavam:
opressão, analfabetismo, latifúndio e todos os males que as diferenças sociais
causaram e ainda causam à Nação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Retomando
as inquietações provocativas dos questionamentos do início do texto, podemos
observar nos filmes vistos nesta semana que tivemos mulheres representadas no
sentido de pessoas sujeitas de sua própria história, a despeito da sociedade
masculina em todas as narrativas, mulheres em seus mais diversos papeis
sociais: poeta, agitadora cultural, professora, líder sindical. Entretanto no
conjunto fílmico desta nossa jornada, a mulher não existe, uma vez que o olhar
é masculino e branco, escolarizado ou não, na maioria absoluta das películas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<br />marcossertaniohttp://www.blogger.com/profile/12821047707886947649noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5169292185752140372.post-32645656019004201332020-06-06T17:01:00.000-07:002020-06-06T17:03:10.151-07:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUg2C-uKm3-tbFFKz1z2Zz2Ol02HVrpV8yiD0ZZIMnwcVNrTrlQCTS5S56hEgSyq3ArmhXyx7XpgSyuWMb6zZliGSJ4I24YJoOpYfpYqvYbZo8f8ZxGYga_lrWvXogkOW9Sz6LY52L3wb3/s1600/ganga+zumba.webp" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="184" data-original-width="273" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUg2C-uKm3-tbFFKz1z2Zz2Ol02HVrpV8yiD0ZZIMnwcVNrTrlQCTS5S56hEgSyq3ArmhXyx7XpgSyuWMb6zZliGSJ4I24YJoOpYfpYqvYbZo8f8ZxGYga_lrWvXogkOW9Sz6LY52L3wb3/s1600/ganga+zumba.webp" /></a></div>
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<b style="text-align: center;"><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;"><i>Cinema como construção da História a contrapelo? Crônicas históricas da escravidão no Brasil por Cacá Diegues</i></span></b></div>
<br />
<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0mZ-ZDDoCfSi9f6KG50q73LPYwPOWK2LdUVYyeamUMYnrz6IrOkJomREQfvlGm26XzRxuAgDt8i4KTEpo3hA0CikoegqA9mdVfQNnLYcnH00krPDtm9mcxqGTOxl6thCTW1ho7_0SPa9o/s1600/chica+da+silva.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="831" data-original-width="1200" height="221" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0mZ-ZDDoCfSi9f6KG50q73LPYwPOWK2LdUVYyeamUMYnrz6IrOkJomREQfvlGm26XzRxuAgDt8i4KTEpo3hA0CikoegqA9mdVfQNnLYcnH00krPDtm9mcxqGTOxl6thCTW1ho7_0SPa9o/s320/chica+da+silva.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeTZgtsCokclZFzBIFewxPyGZ7hjtdBuJF6o5Z1GWv6knsyvwxy_X9XydpydsGPnpN_jhroGsIGXVl9YfugU2TqWbRlgOpTxvhDjlo_ysKG4NG7SKrs5p36nxgin7bL30VyNqj4kC2TM_K/s1600/quilombo.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="480" data-original-width="830" height="185" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeTZgtsCokclZFzBIFewxPyGZ7hjtdBuJF6o5Z1GWv6knsyvwxy_X9XydpydsGPnpN_jhroGsIGXVl9YfugU2TqWbRlgOpTxvhDjlo_ysKG4NG7SKrs5p36nxgin7bL30VyNqj4kC2TM_K/s320/quilombo.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 106%;">Nesta última semana nos voltamos
para um episódio, longo episódio da História do Brasil, a escravidão de povos
africanos. Apesar da temática, as narrativas trouxeram momentos de luta pela
liberdade, de organização popular, de resistência e de capacidade tanto de
sobrevivência, quanto de luta e principalmente, capacidade de vivência.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 106%;">Nosso desafio posterior
ao debate, que foi alimentado pelos filmes Ganga Zumba, Xica da Silva e
Quilombo, todos de Cacá Diegues, por textos sobre os filmes e um texto teórico
sobre História e Conhecimento Histórico, foi o de pensar em que medida esses
filmes podem oportunizar um debate contemporâneo, historicamente falando.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 106%;">O presente registro das
nossas impressões dar-se-á somente com a tentativa de fomentar leituras e análises
das teses formuladas por Walter Benjamim, em seu texto <i>Sobre o conceito de
História</i>, o qual é estruturado em teses pequenas, registradas aqui somente
aquelas indicadas por nosso professor da disciplina, dentre as quais acrescento
somente uma, a de número 12.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 106%;">T6 - A existência da
tradição – por que ela existe em nossa Nação? A escravidão e seu reflexo com a
divisão social ainda presente no cotidiano brasileiro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 106%;">T7 – Rever a História, um
dado momento histórico, é preciso esquecer a posterioridade desse dado instante
e rever o contrário do que o discurso oficial estabeleceu, por isso Palmares,
como representante maior da luta e da vida do povo negro brasileiro, é outro
com Cacá Diegues, nos dá outra perspectiva de representação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 106%;">T8 – O conhecimento
histórico e o acontecimento são a regra. Os filmes de Cacá Diegues, mesmo sendo
uma obra de arte, isto é, saber humano muito mais suscetível ao olhar/ao pensar
de quem o faz e ser carregado do elemento poético na sua elaboração, nos revela
que há outras regras possíveis para o conhecimento histórico e para a História.
Dentre os filmes destaco nesta tese Xica da Silva, produzido em plena Ditadura
civil-militar, no qual a narrativa nos traz uma escrava dotada de coragem para
falar, para ser e agir como uma afro-brasileira, no sentido mais amplo desta
palavra.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 106%;">T9 – Estamos condenados à
Civilização. Essa é a máxima com a qual Euclides da Cunha, em Os Sertões,
impunha à catástrofe anunciada para e pelo século XX. A tempestade “natural”
impulsiona o progresso que destroi a História, isto é, a própria Humanidade e
dela não podemos escapar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 106%;">T12 – O que a História e
o conhecimento histórico permitem a longa vida, a posteridade, é aquilo e
aquele que não possibilita a subversão, a derrubada/tomada do poder. Desse modo
Cacá Diegues nos alenta que outros líderes, outro <i>locus </i>(e outros locais)
de resistência, de luta e de liberdade existiram com feições próprias, ou de
modo mais amplo, com sua própria cultura. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 106%;">T13 - Assim como estamos
condenados à Civilização, vide T9, temos o Progresso como entidade autônoma,
substantiva e necessária, mas Humanidade e Progresso não podem se dissociar
como querem os social-democratas, como vê-se em Quilombo, e antes em Ganga
Zumba, nos quais as transformações, para melhor, na vida, era restrita a uma
ínfima parcela da população.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 106%;">T17 –O Historicismo não
dialoga, não analisa, não subverte, não confronta o conhecimento histórico.
Entretanto o conhecimento histórico e a História são germinais. A vida e o
tempo nos legam novas possibilidades de conhecimento e de existência.<o:p></o:p></span></div>
<br />marcossertaniohttp://www.blogger.com/profile/12821047707886947649noreply@blogger.com4