EM TEMPOS DE AMADURECIMENTOS DE COMPORTAMENTOS
DEMOCRÁTICOS
Hesitei em escrever algo depois do episódio
vergonhoso da madrugada da ultima quinta-feira, o afastamento da presidenta
Dilma Rousseff, mesmo vergonhoso, torno a escrever, o episódio, espero que as
pessoas, contra ou a favor do impedimento, reflitam sobre ele e sobre o modo
como agem as instituições: A JUSTIÇA, O PARLAMENTO, e principalmente, OS MEIOS
DE COMUNICAÇÃO. Tentando analisar um de cada vez e como eles se imbricam em
seus propósitos, passo aos meus comentários analíticos. Detalhe importante:
escrevo esse texto ao som dos Novos Baianos (Baby, canta A menina dança), na reabertura
da Concha Acústica do Majestoso Teatro Castro Alves, da minha, da sua, da nossa
cidade da Bahia, a cidade de São Salvador, pelo sinal da TVE –
BAHIA, via TV BRASIL.
Os meios de comunicação, em particular as redes
de televisão, onde a maior parte da população adquire a informação, muito
particularmente. Lembrem que em 2013 a Rede Globo, concentro-me nela, somente,
convidava a todos irem para as ruas; lembrem-se que o inicio foi o movimento passe
livre, capitaneado por estudantes paulistanos e espalhado pelo país, dessa
maneira, já sem a ideia inicial. Veio 2014 e com ele as eleições e a Presidenta
reeleita, novamente tendo como seu vice, o sr. Michel Temer. A Polícia Federal,
livre e solta, agindo dentro dos limites constitucionais, com a Operação
Lava-jato, sob a batuta do sr. Sergio Moro. Cuja ação buscava desvendar o
desvio de milhões de dólares da Petrobrás.
Eis que 2015 e 2016 vieram e, com eles, a
intensificação das manifestações, dessa vez pedindo o impedimento da Presidenta
recentemente eleita e reempossada e das ações da P. Federal intimando,
prendendo na Lava-Jato. Lembremos que a presidenta não interferiu não atuação
da PF. Denuncias sobre diversos políticos e empresários aconteciam.
As passeatas
eram convocadas pelos telejornais da Rede Globo com seus jornalistas atuando ao
vivo. Por sua vez os defensores do mandato da Presidenta começaram a ter
tratamento semelhante, mas não eram denominados de POVO, mas ALIADOS DE DILMA E
LULA, em uma clara alusão de interesses pessoais por quem defendia e considerados
defensores do Brasil, quem estava a favor do impedimento.
O Parlamento, nosso terceiro elemento, com
ampla base favorável ao governo, tanto no Senado, quanto na Câmara, desde o
primeiro mandato começa a revelar outra faceta. A Câmara sob a liderança do
dep. Eduardo Cunha, que no auge da chamada Operação Lava-jato é citado em crime
financeiro, o que foi comprovado, mas que sequer teve seu posto de presidente da
Câmara abalado. A sua deposição, pela Justiça, deu-se somente após a Câmara ter
aprovado o impedimento da Presidenta. O Senado, com maioria governista ainda
maior que na outra casa legislativa, também começa a mostras sinais de
insatisfação. O resto da história, todos sabemos. Acompanhem a atuação do "novo" governo do sr. Michel Temer.
Mas o que a maioria não percebe é exatamente o
que tento identificar desde o inicio do texto: a maneira pela qual os meios de
comunicação dão tratamento aos fatos, isto é, o critério utilizado para este ou
aquele acontecimento. Por que um assunto ganha tanto destaque nesta ou naquela
emissora. Enfim, por que um episódio vira notícia e antes virar notícia, POR
QUE ELE ACONTECE?
Concluo o texto ao som de Moraes Moreira, um
dos Novos Baianos.
PS.O autor não é mais filiado ao PT desde o ano
de 2009, mas defende a Democracia e o respeito às leis.
De fato, todos os acontecimentos que são veiculados, quer sejam nas redes sociais, televisivos ou por outro meio, sempre levaremos em consideração o fato de particularizarem a notícia, "antecipar" ou até mesmo criam a pauta que desejarem para hoje, amanhã e, até mesmo direcionar o futuro, infelizmente é assim. Por vivermos num País dito democrático, o certo não é relativo, mas uma posição diferente que deve ser recebida, não aceita incondicionalmente.
ResponderExcluirComo seu texto foca, principalmente os episódios veiculados pela "Rede Esgoto", não poderíamos esperar outra coisa senão a parcialidade e direcionamento aos interesses da mesma, que convergem para a grande maioria de outros inúmeros....
Assim como a produção acadêmica envolve diversos cenários e pensamentos, da mesma forma a produção do conteúdo nacional também pode ser direcionado, assim, cabendo ao leitor atento trazer para si ou não, e deixar nas entrelinhas que, haja o que houver, tal leitor possui seu parecer próprio, independente da forma como o conteúdo é veiculado. O problema é que nem todas as pessoas possuem filtros e, mesmo as que possuem, podem se enganar ou não aceitar o que foi veiculado. O mais grave, e ai entra o seu texto nos termos democráticos, os resultados desfavoráveis à nossa visão afetam nossa posição no presente e no futuro, mas não nos movem das convicções do passado já formadas, criando assim um cenário novo que devemos aceitar. Se de lá, vergonhoso, de cá, nem um pouco, pois se fez necessário, ainda que não tenhamos perspectivas muito animadoras, mas uma esperança nova no ar.
Um abraço professor.
Seu texto é curto, mas profundo e muito interessante.
Depois, se houver tempo veja: www.meundo.com.br e www.rogermaxrjs.com.br
Atenciosamente, seu aluno nota 7,00. Sucesso no Blogger.
Enfim, Rangel, respondo ao seu comentário, destacando somente o detalhe sobre o que vem por aí. Sem desesperanças, o futuro construímos agora e sempre. Um abraço e até breve.
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirO texto ele diz muito sobre o que o Brasil tá vivendo e passando nos últimos tempos, além disso busca mostra os meios tecnológico de comunicação, e a maneira que eles mostra suas notícias para a população, muitas vezes mostrado o que não é, como algumas emissoras de televisão mostra ou redes sociais atribuído convicções que vão as favorecer, como a emissora Globo e algumas outras.Mas o principal ponto do texto é visar os meios de comunicações, e mostra o poder que ela atribui a sociedade no dia-à-dia.
ResponderExcluirÉ isso,Henrique. Seu prof demorou, mas respondeu. Abraços
ExcluirO texto ele mostra as causas que o Brasil tá passando, mostrando o que ele tá vivendo e o que já viveu nesses últimos tempos, associando tudo isso em questão política sendo passada pelas mídias seja por meio de telejornais ou redes sócias além disso mostra a questão democrática que o nosso país vive hoje.
ResponderExcluirDemorei, mas respondi, Jociely. É isso mesmo, capturaste a mensagem. Abraços e obrigado pela participação
ExcluirA resposta ao comentário Rael - Muito do que o cidadão pratica é em função do que a mídia televisiva determina, em particular a Rede Globo, que vem perdendo espaço para o Whats app e Facebook na disseminação de notícias falsas e assim constroem outras verdades. um abraço e obrigado pela participaçao.
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