Mais uma vez retorno com minhas postagens, tanto para dar vida a esse veículo, quanto para socializar minhas produções nesse tempo de produção em série que a Universidade Brasileira vem se comportando (vale e sabe quem produz e publica em revista acadêmica e tem seu currículo lattes acumulado de produções , isto mesmo,é acumulação). Como sou avesso a esse tipo de comportamento, resolvi alimentar meu blog, que é nosso, com minhas produções, mesmo tendo a intenção de retornar à academia e fazer meu Doutoramento.
Abaixo dois pequenos trabalhos que fiz durante esta minha segunda graduação, em Letras Vernáculas, pela Universidade Federal de Sergipe, na modalidade à distância. uma dívida pessoal recentemente paga (fui diplomado no mês de junho deste ano). Isso mesmo, apesar de já ter consolidado minha carreira profissional como professor de Língua Portuguesa, eu não era diplomado.
Em outro momento postarei outros textos frutos dos trabalhos
Conceito de Literatura. Literatura de viagem. Brasil
colônia
O ser humano sempre desenvolveu o fascínio pelo
desconhecido e a literatura foi um dos meios pelos quais essa curiosidade
ganhou corpo, forma, cor, cheiro, vida. Estou me referindo ao que se convencionou
denominar por Literatura de viagem, esses escritos que desde a Antiguidade
Clássica vêm divertindo, surpreendendo, emocionando, informando a todos e todas
que mantém contanto com
esse “tipo” de produção escrita.
Dialogando com Cesar Palma Santos em tese sobre esse
“gênero”, em um pequeno trecho do seu trabalho constatamos que a Literatura de
viagem é um campo recente de estudos, mas sua produção é vasta ,mas podem ser
consideradas como suas algumas das seguintes características: são narrativas reais
sobre o encontro com o “outro”, cujo ambiente e cultura são diferentes daqueles
de quem narra, narradas em primeira pessoa, entre outras.
No Brasil, temos alguns exemplos de narrativas de
viagem, elencadas como, dentre outras denominações, Literatura de viagem, A
Carta de Achamento do Brasil, a primeira do gênero, que relata e descreve os
primeiros instantes do encontro entre os futuros, colonizador e colonizado,
escrita por Pero Vaz de Caminha.
A personagem Macabea é apresentada
como uma pessoa frágil, desprovida de desejos e de anseios. Entretanto o
desenrolar dos fatos vão despertando e revelando anseios, curiosidades e o novo
se descortinam diante de seus olhos. É uma mulher contida, mas em contínuo
desabrochar (sem perder o que chamamos de ingenuidade, como são reveladas
atitudes tomadas a partir de “sugestões de outros personagens próximos”). São
essas características vistas em Macabea as quais se traduzem em “comportamentos
reais”, seja no trabalho, e suas atitudes de subserviência, seja na vida
familiar, que ganha existência na pensão onde mora e, principalmente, na
relacionamento amoroso e muito conturbado com Olímpico. Macabea é órfã e
sente-se sozinha, incapaz, mas admira as pessoas livres. E é essa admiração que
a impulsiona, põe-na adiante, mesmo com o fim trágico ao qual fora destinado.
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