domingo, 15 de maio de 2016

EM TEMPOS DE AMADURECIMENTOS DE COMPORTAMENTOS DEMOCRÁTICOS


Hesitei em escrever algo depois do episódio vergonhoso da madrugada da ultima quinta-feira, o afastamento da presidenta Dilma Rousseff, mesmo vergonhoso, torno a escrever, o episódio, espero que as pessoas, contra ou a favor do impedimento, reflitam sobre ele e sobre o modo como agem as instituições: A JUSTIÇA, O PARLAMENTO, e principalmente, OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO. Tentando analisar um de cada vez e como eles se imbricam em seus propósitos, passo aos meus comentários analíticos. Detalhe importante: escrevo esse texto ao som dos Novos Baianos (Baby, canta A menina dança), na reabertura da Concha Acústica do Majestoso Teatro Castro Alves, da minha, da sua, da nossa cidade da Bahia, a   cidade de São Salvador, pelo sinal da TVE – BAHIA, via TV BRASIL.

Os meios de comunicação, em particular as redes de televisão, onde a maior parte da população adquire a informação, muito particularmente. Lembrem que em 2013 a Rede Globo, concentro-me nela, somente, convidava a todos irem para as ruas; lembrem-se que o inicio foi o movimento passe livre, capitaneado por estudantes paulistanos e espalhado pelo país, dessa maneira, já sem a ideia inicial. Veio 2014 e com ele as eleições e a Presidenta reeleita, novamente tendo como seu vice, o sr. Michel Temer. A Polícia Federal, livre e solta, agindo dentro dos limites constitucionais, com a Operação Lava-jato, sob a batuta do sr. Sergio Moro. Cuja ação buscava desvendar o desvio de milhões de dólares da Petrobrás.

Eis que 2015 e 2016 vieram e, com eles, a intensificação das manifestações, dessa vez pedindo o impedimento da Presidenta recentemente eleita e reempossada e das ações da P. Federal intimando, prendendo na Lava-Jato. Lembremos que a presidenta não interferiu não atuação da PF. Denuncias sobre diversos políticos e empresários aconteciam.

As passeatas eram convocadas pelos telejornais da Rede Globo com seus jornalistas atuando ao vivo. Por sua vez os defensores do mandato da Presidenta começaram a ter tratamento semelhante, mas não eram denominados de POVO, mas ALIADOS DE DILMA E LULA, em uma clara alusão de interesses pessoais por quem defendia e considerados defensores do Brasil, quem estava a favor do impedimento.

O Parlamento, nosso terceiro elemento, com ampla base favorável ao governo, tanto no Senado, quanto na Câmara, desde o primeiro mandato começa a revelar outra faceta. A Câmara sob a liderança do dep. Eduardo Cunha, que no auge da chamada Operação Lava-jato é citado em crime financeiro, o que foi comprovado, mas que sequer teve seu posto de presidente da Câmara abalado. A sua deposição, pela Justiça, deu-se somente após a Câmara ter aprovado o impedimento da Presidenta. O Senado, com maioria governista ainda maior que na outra casa legislativa, também começa a mostras sinais de insatisfação. O resto da história, todos sabemos. Acompanhem a atuação do "novo" governo do sr. Michel Temer.

Mas o que a maioria não percebe é exatamente o que tento identificar desde o inicio do texto: a maneira pela qual os meios de comunicação dão tratamento aos fatos, isto é, o critério utilizado para este ou aquele acontecimento. Por que um assunto ganha tanto destaque nesta ou naquela emissora. Enfim, por que um episódio vira notícia e antes virar notícia, POR QUE ELE ACONTECE?

Concluo o texto ao som de Moraes Moreira, um dos Novos Baianos.


PS.O autor não é mais filiado ao PT desde o ano de 2009, mas defende a Democracia e o respeito às leis.

8 comentários:

  1. De fato, todos os acontecimentos que são veiculados, quer sejam nas redes sociais, televisivos ou por outro meio, sempre levaremos em consideração o fato de particularizarem a notícia, "antecipar" ou até mesmo criam a pauta que desejarem para hoje, amanhã e, até mesmo direcionar o futuro, infelizmente é assim. Por vivermos num País dito democrático, o certo não é relativo, mas uma posição diferente que deve ser recebida, não aceita incondicionalmente.

    Como seu texto foca, principalmente os episódios veiculados pela "Rede Esgoto", não poderíamos esperar outra coisa senão a parcialidade e direcionamento aos interesses da mesma, que convergem para a grande maioria de outros inúmeros....

    Assim como a produção acadêmica envolve diversos cenários e pensamentos, da mesma forma a produção do conteúdo nacional também pode ser direcionado, assim, cabendo ao leitor atento trazer para si ou não, e deixar nas entrelinhas que, haja o que houver, tal leitor possui seu parecer próprio, independente da forma como o conteúdo é veiculado. O problema é que nem todas as pessoas possuem filtros e, mesmo as que possuem, podem se enganar ou não aceitar o que foi veiculado. O mais grave, e ai entra o seu texto nos termos democráticos, os resultados desfavoráveis à nossa visão afetam nossa posição no presente e no futuro, mas não nos movem das convicções do passado já formadas, criando assim um cenário novo que devemos aceitar. Se de lá, vergonhoso, de cá, nem um pouco, pois se fez necessário, ainda que não tenhamos perspectivas muito animadoras, mas uma esperança nova no ar.

    Um abraço professor.
    Seu texto é curto, mas profundo e muito interessante.
    Depois, se houver tempo veja: www.meundo.com.br e www.rogermaxrjs.com.br

    Atenciosamente, seu aluno nota 7,00. Sucesso no Blogger.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Enfim, Rangel, respondo ao seu comentário, destacando somente o detalhe sobre o que vem por aí. Sem desesperanças, o futuro construímos agora e sempre. Um abraço e até breve.

      Excluir
  2. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  3. O texto ele diz muito sobre o que o Brasil tá vivendo e passando nos últimos tempos, além disso busca mostra os meios tecnológico de comunicação, e a maneira que eles mostra suas notícias para a população, muitas vezes mostrado o que não é, como algumas emissoras de televisão mostra ou redes sociais atribuído convicções que vão as favorecer, como a emissora Globo e algumas outras.Mas o principal ponto do texto é visar os meios de comunicações, e mostra o poder que ela atribui a sociedade no dia-à-dia.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. É isso,Henrique. Seu prof demorou, mas respondeu. Abraços

      Excluir
  4. O texto ele mostra as causas que o Brasil tá passando, mostrando o que ele tá vivendo e o que já viveu nesses últimos tempos, associando tudo isso em questão política sendo passada pelas mídias seja por meio de telejornais ou redes sócias além disso mostra a questão democrática que o nosso país vive hoje.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Demorei, mas respondi, Jociely. É isso mesmo, capturaste a mensagem. Abraços e obrigado pela participação

      Excluir
  5. A resposta ao comentário Rael - Muito do que o cidadão pratica é em função do que a mídia televisiva determina, em particular a Rede Globo, que vem perdendo espaço para o Whats app e Facebook na disseminação de notícias falsas e assim constroem outras verdades. um abraço e obrigado pela participaçao.

    ResponderExcluir